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Desabafos da Mula

Desabafos do quotidiano, por vezes irritados, por vezes enfadonhos, mas sempre desabafos.

Desabafos da Mula

Semana 5 - Desafio 365 Fotos

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A semana começou como uma semana como qualquer outra. Foi dia de trabalho. O engraçado neste desafio, é pegar no nosso dia, banalíssimo, e olhar para ele de uma forma diferente, de uma forma fotografável. Decidi por isso fotografar edifícios que fazem parte da minha rotina. Não passo aqui todos os dias... mas passo quase todos os dias, e às vezes mais do que uma vez por dia. 

 

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Terça-feira estive de folga, e que lindo dia esteve. Como souberam aqui, foi dia de ir ao SPA, e fazer uma massagem de pedras quentes. Eu confesso, tenho um problema com sair de casa nos dias de folga, gosto de ficar em casa, de a limpar, de ficar no sofá, de ficar ao computador ou a ver televisão. Mas na terça-feira é inegável que esteve um dia convidativo para passear, com o sol a brilhar lá fora, lá fui eu, feliz e contente!

 

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Quarta-feira foi dia de ficar em casa, foi dia de limpezas. E quando termino as limpezas e me sento no sofá para ver um pouco de televisão, eis que o gato quer brincadeira! Quando não correspondo às brincadeiras dele, decide colocar-se à frente da televisão para chamar a minha atenção. Claro que chamou e... 'bora lá brincar.

 

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E... a minha raiz já berrava e pedia socorro! E pronto, quinta-feira, foi dia de corrigir esse pequeno problema - não tão pequeno assim. Desde que comecei a pintar o cabelo em casa, que descobri a quantidade de dinheiro que posso poupar, e como posso poupar o meu cabelo. Os cabeleireiros nem sempre faziam o que eu pedia - ora pedia para aclarear e elas escureciam-me, ora pedia para escurecer, ora aclareavam-me - e agora invisto, com o dinheiro que poupo na ida ao cabeleireiro, em produtos de qualidade e o meu cabelo anda bastante mais saudável. Só falta aprender a cortar as pontas, e está perfeito.

 

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Na terça-feira, vim tão bem disposta do SPA que fiz uma tarte e folhados para o jantar, e na sexta-feira, foi dia de repetir os folhados. E fiz um tabuleiro deles... tãooo bons!

 

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Acho que é inegável que esta semana, estou a passar por uma fase altamente gulosa. E sábado, apesar de ter ido lanchar fruta, senti uma ansiedade enorme... e uma vontade enorme por comer waffles, e... contra vontades não há argumentos, lá fui eu à Casa dos Waffles no Porto, satisfazer a minha gula.

 

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E hoje, Domingo, foi dia de ir de carro para o trabalho. Não gosto muito de conduzir, e então com chuva muito menos, mas apeteceu-me ficar mais alguns minutos na cama, e como há poucos comboios ao fim-de-semana, e o parque ao Domingo é grátis, lá vim eu de carro, que também preciso de praticar se não um dia ainda me esqueço de como se conduz e a carta foi cara e sofrida!

 

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Bom fim-de-semana!

Pintado de fresco

 

A propósito da curta de hoje...

 

O movimento aqui na loja está fraco, muito fraco por sinal, e temos passado as manhãs a olhar uns para os outros, porque não há efectivamente trabalho. A loja está limpa, o material reposto, os papeis organizados, os e-mails lidos, e clientes que é bom... nada.

 

Ontem trabalhei sozinha de manhã, e como estava aborrecida, e como de manhã nunca se tem clientes - ou não é normal ter - porque está frio, e as ruas estão ainda despidas de gente, e como precisava de arranjar as minhas unhas, decidi que dessa manhã não passava.

 

Tal como previa, consegui pintar as minhas unhas sem problemas, entre duas demãos e uma terceira de efeito gel, não entrou qualquer cliente. O problema foi depois, apesar de nunca ter clientes de manhã, ontem, quando as minhas unhas precisavam de repouso, foi diferente. Tive alguns clientes, o que é óptimo, até porque sem eles o tempo efectivamente não passa, e sempre dou duas de conversa, entre um e outro. Só que... não foram simples clientes, eram clientes indecisos, que pediram embrulhos, que pediam para desembrulhar porque afinal tinham mudado de ideias, e por isso eram etiquetas atrás de etiquetas para arrancar e até agrafos para substituir.

 

Passei, então, a manhã cheia de peneiras, quem me visse pensava com certeza "olha, esta está com medo de estragar as unhas!" e o pior é que estava mesmo, não porque padeço desse problema, mas porque o verniz estava efectivamente fresco e não tinha tão pouco acetona para corrigir o problema, caso existisse tal calamidade que seria esmurrar o verniz! Passei assim a manhã com mãos esquisitas, mais parecendo saída ali da Foz do Douro, o que originou alguns sorrisos entredentes, até porque o meu sorriso e simpatia não eram, e não são, condizentes com as minhas unhas.

 

No fim, venci!!! Zero unhas estragadas e pude prosseguir feliz e vitoriosa o resto do dia!

 

 

Homens independentes?

Claro que sim... até entrarem na cozinha. Aí acaba-se a independência.

 

Ontem foi dia de pintar o cabelo, e era também o dia do Mulo cozinhar. No entanto, como cheguei mais cedo a casa, e era dia de lasanha, comecei a estufar a carne para a dita. Entretanto o Mulo chega a casa e peço-lhe que tome conta da carne, acedeu e lá fui eu pintar o cabelo.

 

Entretanto, decidi fazer para entrada umas bolinhas de alheira que tinha no frigorífico a terminar a validade, e como ia precisar do forno, foi uma boa altura para as cozinhar. Coloco as bolinhas no forno, monto a lasanha e dou uma instrução relativamente clara:

 

"As bolinhas de Alheira ficam no forno por cerca de 20 minutos, e assim que o forno apitar, só tens de tirar e colocar a lasanha no forno."

 

Instruções dadas, hora de ir para o banho. Entro na banheira e 5 minutos depois está a bater à porta: 

 

- Chega aqui rápido!

- Estou no Banho!

- Mas as bolas estão se a desfazer!

- Ainda não passaram os 20 minutos, deixa-as estar!

- Mas as bolas estão moles!

- Que entendes por moles?

 

E já não obtive resposta. Termino de tomar banho rapidamente, e vou a correr para a cozinha para perceber o que se passava, e vejo-o todo a atrapalhado a fazer a troca do forno...

 

- O que é se passa? - pergunto.

- Nada, podes ir...

 

E lá fui eu, acabar o meu ritual de beleza. 

 

Em suma... acabou por resolver tudo sozinho, mas antes sequer de tentar, foi ver se eu estava disponível... E se eu estivesse disponível teria sido eu a pensar e a perceber o que é que se fazia a seguir.

 

Homens independentes? Sim... Mas até entrarem na cozinha, ou serem obrigados a tomar decisões culinárias!

 

 

(Falta de) Civismo

Hoje logo de manhã activaram o mau feitio da Mula!

 

Venho tão tranquila no comboio, venho com as vistas animadas, venho de rabinho alapado a ler o meu livro do momento... e... eis que chego ao metro!...

 

O metro à pinha, cheio... cheiinho até ao topo, pessoas a ficarem nas estações por não existir espaço para elas... e... e... e... há gente sentada nos topos dos metros. Sim, sim, naqueles lugares que têm um aviso:

 

"não utilize estes assentos se o veículo esteja cheio".

 

Para mim o aviso é claro, claríssimo. E por isso pergunto-me, o que esta gente entende por "veículo cheio"? É quando as pessoas forem às cavalitas umas das outras? Pois não sei...

 

Pior... uma moça, vendo que as senhoras que estavam ao seu lado continuavam sentadas e ela não tinha sequer como se agarrar diz: "olhe o veículo está cheio, vocês não se vão levantar?" até que se ouve um redondo "não!" pronto, caiu-me tudo ao chão...

 

Admito que as senhoras poderiam considerar que o metro não estava efectivamente cheio, apesar de estar toda a gente espalmada contra a porta, admito que esta coisa do grande, pequeno, cheio, vazio, pressupõe sempre um termo de comparação... mas admito que me admiro - ainda, e não sei como - com o descaramento das pessoas... Claro que, depois a outra senhora que estava em pé, quase que se sentou ao colo de uma, e a outra não teve sequer outra hipótese, se não engolir em seco o seu "não" e levantar o rabo do banquinho onde estava!

 

Já vos disse alguma vez que odeio pessoas? Se não... Digo-vos agora!

 

 

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Desabafos do quotidiano, por vezes irritados, por vezes enfadonhos, mas sempre desabafos. Mais do que um blog, são pedaços de uma vida.