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Desabafos da Mula

Desabafos do quotidiano, por vezes irritados, por vezes enfadonhos, mas sempre desabafos.

Desabafos da Mula

Would You Stay?*

Gosto de olhar pela janela da vida e ver os que por ela passam. Com isso, dou por mim a olhar para a vida dos outros e a pensar na minha vida. Coisas tontas às vezes, coisas sérias por vezes.

 

Veio aqui à loja um casal de turistas, onde ela, vítima de um qualquer acidente ficou inválida, numa cadeira de rodas, com atraso na linguagem inclusive. Ou seja, um qualquer acidente que a tornou total ou parcialmente dependente dele - ou de outrem. Totalmente dependente, ponto. Ele não desistiu dela. Ele viaja com ela. Eram brasileiros, imaginam as horas e horas de voo? Admiro o amor, ou seja lá o que for, que une estas pessoas.

 

Dei por mim a pensar "e se fosse eu?" e senti uma vontade enorme de chorar. Não sei porquê, mas senti uma angústia inexplicável.

 

E se a minha vida desse uma volta de 180 graus e ficasse de pernas para o ar? E se a minha vida mudasse de tal maneira que eu precisasse de ficar totalmente dependente do meu marido?

 

Não lhe conseguiria pedir que ficasse, ainda que o desejasse. Espero, sinceramente espero, nunca vir a saber o que isso é, mas creio não existir situação mais injusta para os dois, seja qual for a escolha: partir ou ficar.

 

Quem somos nós para pedir a alguém que abdique da sua vida, da sua felicidade para que o outro se sinta menos mal, menos miserável? Nenhuma felicidade é mais importante que outra.

 

Eu não quereria que a pessoa que mais amo na vida, me visse de tal forma permanentemente debilitada, que ficasse comigo por algum tipo de piedade, ainda que também não quisesse, obviamente, ficar só. Se por um lado é injusto para o "doente" ficar sozinho e perder quem ama, é ainda mais injusto para o outro deixar de viver, para passar a viver em função de outrem. Não consigo condenar nenhuma das opções: partir ou ficar.

 

Quando penso no contrário, a resposta parece-me simples. Sem saber o que verdadeiramente me esperaria, eu ficaria. Não por piedade, não por compaixão, mas por amor. Porque apesar de não ter ouvido a lengalenga do "na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza, todos os dias da nossa vida, até que [o divórcio] nos separe"  a verdade é que acredito piamente em tais palavras. E não seria nunca capaz de abandonar a pessoa que amo no momento que ela mais precisasse de mim. Mas... até que ponto uma relação sobrevive a este tipo de provações? Até que ponto estes condicionalismos prejudicam as relações ao ponto de já não serem marido e mulher verdadeiramente? Até que ponto é que alguém consegue carregar o outro como uma espécie de fardo, quase penitência? Até quando se aguenta verdadeiramente, sem traições, sem mentiras, sem se criarem vidas paralelas uma vida indesejada à qual se pode fugir?...

 

Sinceramente, não sei, e espero nunca vir a saber...

 

 

* Traynor: Will you stay?

Lou Clark: For as long as you want me to.

 

                                                                     In Me Before You 

 

Curiosamente no filme Viver Depois de Ti, nunca pensei muito no lado dela, pensei sempre mais do lado dele, e por isso torci para que eles ficassem juntos e felizes. Mas provavelmente o Will Traynor tinha razão, isso não seria possível. Porque nem sempre, infelizmente, conseguimos cumprir o que prometemos, o que desejamos, o que gostaríamos... Por falta de vontade, por cansaço, por desespero ou simplesmente porque desistimos...

 

E tu? Ficarias ou partirias?

Para as comemorações do Dia Internacional do Idoso

O Dia Internacional dos Idosos festeja-se no dia 1 de Outubro, no entanto as comemorações do mesmo já começaram. Por isso (re)publico, em jeito de memória e homenagem um conto que escrevi e que publiquei há uns meses, por altura do dia dos namorados, sobre o amor na terceira idade. 

 

Vamos então falar de amor, na terceira idade? 

 

Pequeno conto.jpg

 

José acordou atordoado, e até meio agoniado sem saber porquê. Levantou-se, vestiu-se e foi ao café de sempre, tomar o pequeno-almoço de sempre, na mesma mesa e lugar de sempre. Fora sempre assim desde que Ana o deixara naquela tarde de Verão. Desde então o olhar de José ficara vazio e distante, companheiro do seu sorriso menos caloroso, menos feliz.

 

**

 

Não existia um único dia que José não recordasse Ana. As recordações preenchiam-lhe o coração, faziam-no sorrir, ainda que com alguma amargura. Sentia saudades. Saudades dela, do que outrora foram, dos momentos que passaram juntos. Recordava essencialmente as últimas férias que tinham passado. Lembrava-se do desejo que Ana tinha de ir aos Açores e do quão feliz ela ficou quando ele a surpreendeu com as viagens de avião, a boca de Ana era pequena demais para conseguir sorrir o suficiente que o seu coração sentia. Foram verdadeiramente felizes nos Açores, nessas últimas férias que passaram juntos. Depois Ana deixou-o... Sem aviso prévio, sem que nada o fizesse prever e José nunca mais fora o mesmo.

 

José recorda bem esse dia e essas recordações fazem-no chorar... queria ao menos ter-se despedido, queria ao menos ter sido preparado, mas Ana preferiu não o fazer. Sempre respeitou a sua decisão, ainda que nunca a tivesse compreendido realmente. José recorda bem esse fatídico dia, que chegou a casa e Ana não estava lá, sentada no sofá como sempre à sua espera. Lembra-se bem do toque do telefone às 18h daquele dia. Lembra-se bem do seu coração ter parado, sentindo que algo não estava bem, estranhando a ausência da sua amada.

 

José foi ao hospital, mas já era tarde demais. Ana já tinha partido, o cancro que ocultara de todos, de si, dos seus filhos, tinha-a levado e José sentiu-se tão estúpido, tão perdido. José odiou até um bocadinho Ana naquele dia, porque não compreendia o seu egoísmo, não compreendia como tinha sido ela capaz de lhe ter ocultado a sua doença. "Ana sofria de cancro do pâncreas, e lutava contra ele já há 6 meses..." explicou a José, a médica que desde essa altura a acompanhava. Recorda bem as palavras da médica a explicar-lhe que Ana nunca quis contar à família porque não queria que a olhassem de modo diferente. Não queria que a olhassem com medo, com pena, e recusara a quimioterapia, para não se denunciar. "No entanto fizemos tudo o que estava ao nosso alcance Sr. José".

 

Ana nunca deixara de sorrir, nunca houve um só momento de desconfiança. José nunca lhe vira uma única lágrima, nunca a vira abatida, nunca a vira em sofrimento. Lentamente deixou de a odiar, e o ódio deu lugar a um orgulho desmesurável: Ana tinha sofrido 6 meses sozinha, em silêncio e nunca existiu um único dia que não tivesse cuidado de José. Quando José se viu sozinho, de um dia para o outro, percebeu que teria de continuar a história de modo mais solitário. Os filhos ainda lhe propuseram que se mudasse para uma das casas deles, mas José não quis. Saberia que Ana desaprovaria que ele desistisse da sua independência e passasse a viver sob outro tecto que não fosse o seu. E José também não queria deixar a casa que outrora fora cheia de gargalhadas ruidosas de Ana, e carregada do seu perfume com travo a alfazema. Com o tempo fora criando novas rotinas e encontrara novas formas de ocupar o tempo. As refeições foram uma das rotinas que se alteraram. Era-lhe menos penoso sentar-se à mesa de um café ou restaurante, em vez de se sentar à mesa que outrora Ana também se tinha sentado, com os seus deliciosos cozinhados. Mas aos poucos, José foi compreendendo que a ideia não era esquecer Ana, mas aprender a viver com a ausência física desta, mas com a sua presença constante em pensamento. Já cozinhava, já se sentava à mesa para jantar, para almoçar... Só o pequeno-almoço ainda era tomado fora de casa, porque era a altura do dia que mais lhe custava. Era de manhã, quando acordava, que se lembrava que Ana já não o acompanhava, essencialmente quando essas manhãs eram precedidas de sonhos fantásticos a dois.

 

**

 

"O mesmo de sempre, Sr. José?" pergunta a menina do café. "O mesmo de sempre, menina!" Só que desta vez, sorriu mais que o habitual. Ver o café redecorado de vermelho e corações pendurados fê-lo sorrir.

 

- Que dia é hoje, menina? - pergunta desconfiado.

- Hoje é dia 14 de Fevereiro, Sr. José... - Diz, a menina com algum receio de o entristecer.

- Hoje é portanto, o que vocês jovens chamam de o Dia dos Namorados... não é? - reforça.

- É sim... para quem tem namorado. Para quem não tem é só mais um dia Sr. José. - Diz-lhe piscando-lhe o olho.

 

José recorda que Ana sempre o atormentava com o dia dos namorados, que ele nunca recordava. Sempre fora péssimo com datas, e achava que a mimava diariamente sem qualquer necessidade de a mimar em algum dia especial. No entanto, Ana, desde a juventude muito romântica, sempre reclamara que queria algo especial neste dia e José nada mais que fazia, se não levar Ana a jantar fora, por insistência desta. 

 

Decidiu que este ano iria ser diferente, decidiu este ano festejar o dia dos namorados com a sua iniciativa, como forma de homenagear a mulher que tanto amava. Fez um jantar especial. José aprendera a cozinhar à pouco tempo com as suas noras e filhos e já lhe elogiavam os cozinhados. Convidou assim, os seus filhos, a jantar em sua casa, estes ajudaram-no a encher a casa de corações, para deleite dos netos, e jantaram animadamente à luz das velas, com uma bela música clássica em fundo. Viram depois um dos filmes preferidos do casal. José percebeu assim que "namorada" é só um título para alguém que se ama, que este dia, não é nada mais que uma ode ao amor, e como a sua eterna namorada não o poderia acompanhar fisicamente, passou a noite com quem verdadeiramente amava: a sua família. Os filhos, para o surpreenderem, trocaram presentes. Um presente especial fizeram cair as lágrimas de José. José iria voltar aos Açores e reviver os locais onde outrora fora feliz. José, que agora sentira capaz de viver sozinho, aceitando a ausência da sua amada.

 

Partiu assim no dia seguinte para os Açores, sem viagem de volta. Arranjou uma casa pequena, onde decidiu recomeçar a sua nova vida, onde se sentia mais perto das suas recordações. Ali, José foi feliz!

 

 

Feliz dia dos Idosos a todos os idosos do mundo! 

Eu já... #22

Eu já fui para a cozinha fazer sobremesas, só porque me apetecia comer leite condensado à colher! 

 

Aiiii espelho meu,  espelho meu... Há alguém mais guloso do que eu? Vêm quando eu vos digo que sou gordinha, mas que até nem sou tão gorda quanto os disparates que faço? É isto... Às vezes não dá para mais. 

Passatempo: Selfita-te com um Stick

Muitos de vocês pensavam que eu estava a brincar, mas não estava. Bem... Até estava, não vou sortear as dores, que essas foram-me roubadas pela Xô Dona Maria Lopes e pronto, fiquei sem dores para oferecer. Mas... Ainda tenho os dois Selfie Sticks para oferecer que estão a ocupar-me espaço em casa e a minha casa é pequena. Vamos lá colaborar com a arrumação do meu pequeno curral, sim? Mesmo que não os queiram para vocês, talvez os queiram oferecer a alguém - o Natal está perto... -, olhem que os ditos são super versáteis e têm um montão de utilidades. E eu como sou uma Mula preocupada, não quero que vos falte nada.

 

Ora bem, o coise que vos quero oferecer é igual a este, apenas o azul é um pouco mais escuro, mas a forma de conexão é igual. Ambos foram testados no meu Huawei P8 Lite e funcionam sem dificuldades. O que eu tenho, tem inclusive sido bastante útil para chegar às mercearias que se encontram na prateleira superior da cozinha, sem ter de recorrer à cadeira de serviço. A verdadeira loucura!

 

 

 

 

Ora então vejamos como se podem habilitar a ganhar um fantástico selfie stick aqui da Mula:

 

Regras de Participação (Sorteio):

  1. Sigam a página do Facebook dos Desabafos da Mula;
  2. Preencham o formulário que se encontra mais abaixo, até ao dia 30 de Outubro;
  3. O sorteio será realizado no dia 31 de Outubro e os resultados divulgados no próprio dia.

  

 

ACEDAM AO FORMULÁRIO AQUI

 

 

Notas gerais:

  • Envios realizados apenas para Portugal - continente e ilhas;
  • Assumo o valor dos portes de envio em correio normal;
  • Não me responsabilizo por qualquer extravio ou não funcionamento do stick.
  • A divulgação dos vencedores ocorrerá no dia 31 de Outubro, ou noutra data posterior oportuna.
  • Os participantes podem participar apenas uma vez.
  • Os dois selfie sticks serão entregues a duas pessoas distintas, por isso ocorrerão dois sorteios.
  • A não resposta dos vencedores no prazo de uma semana a contar com a data de envio do e-mail, originará atribuição do selfie stick a outro participante.

 

No formulário é-vos pedido que indiquem outra utilidade do selfie stick. Não é obrigatório, mas se quiserem colaborar, a Mula agradece. De futuro, reunirei todas as sugestões dadas e criarei um post com as mesmas.

 

Boa sorte!

 

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edit: nova data do sorteio: 17/10/2016

A xô dona caloira Mula.

Está oficialmente aberta a época do caloiro, e os cânticos já se ouvem rua acima e rua abaixo e parvoíces como esta já se ouvem aqui e ali... 

 

Tenho um misto de sentimentos pela praxe. Não sei se ache piada ou se odeie.

 

Não fui caloira, bem... Fui, mas sou fraquinha e só aguentei uma semana - vês Sofia como sou fraquinha?. Acho que a intolerância de seres estranhos a berrarem comigo, aliada a um curso que não foi a minha primeira opção, foi uma combinação explosiva anti praxe - que não sou, efetivamente. Sim, se calhar não consegui vestir a camisola porque não consegui acreditar totalmente no curso que ia tirar. Sim, se calhar não consegui berrar com toda a energia e convicção as canções do curso porque não acreditava verdadeiramente nas letras. Sim, eu queria desesperadamente sentir-me encaixada em algum grupo e por isso decidi inscrever-me uma semana depois das aulas terem começado e depois de perceber que isso me fazia demasiado infeliz cancelei a inscrição uma semana depois. Fodeu-se tudo... Disseram-me, antes de me inscrever, que eu não iria conseguir seguir a praxe, que eu não tinha perfil que se encaixasse no perfil do caloiro, e eu dei-lhes razão... Odeio dar razão às pessoas quando isso implica perder a minha.

 

A faculdade foi uma das minhas grandes paixões, quando consegui finalmente entrar no curso que queria - minimamente, e dentro de determinados parâmetros - foi uma grande alegria e ia para as aulas com toda a vontade. A verdade é que a partir do momento em que passei a ter de entrar na faculdade com as orelhas de burro - ou já seriam orelhas de Mula? - deixei de querer ir às aulas e passei a faltar. Passavam a vida a perguntar-me por que é que eu não ia às festas - como se trabalhadora-estudante tivesse tempo para andar em festas - e a insistirem comigo para estar mais presente nas praxes. Berravam comigo, impediam-me de os olhar nos olhos e tratavam-me mal, sem se quer me conhecerem. Se saía a meio de uma aula para ir à casa-de-banho era incomodada, se queria ir ao bar comer era incomodada, se queria simplesmente mandar tudo para o ar, era incomodada. Assim é a praxe, pelo menos na minha antiga faculdade. Como haveria de aguentar isto tudo durante um ano? É que as praxes no Porto são anuais, não duram apenas durante a receção ao caloiro como em muitas faculdades de outros pontos do país. Digo à boca cheia nas entrevistas de trabalho que tenho uma ótima capacidade de resistência ao stress e a pressões. Não tenho efetivamente. Não tenho. Odeio que me berrem, odeio que me deem ordens e que me contrariem. Odeio que me apressem. Não gosto, pronto. Não gosto.

 

Por isso, hoje quando olho pela porta da loja e vejo caloiros de sorriso no rosto e serem humilhados com convicção e vontade, questiono-me como é que é possível? Sim, acredito que seja uma questão de espírito. Que é um bocadinho como nisto dos blogs, não podemos levar a sério... Mas eu levava. Eu já tinha 23 anos anos, não estava ali para estar a brincar. Tinha contas para pagar, uma bolsa para manter, notas altas para tirar. No entanto ao olhar para a camisola de caloira que guardo religiosamente, bate-me uma saudade e fico com um sorriso no rosto. Não me arrependo de ter desistido ainda assim, assim como não me arrependo de me ter inscrito. Simplesmente aquele mundo não é o meu, mas tentei.

 

Quando desisti da praxe fiquei com algum receio que a minha turma me pegasse de ponta - olha a enjoadinha... - mas curiosamente aconteceu o contrário. Não tentei convencer ninguém de nada, não vendi o meu peixe, como se costuma dizer, mas originei de certa forma - ainda que acho que de modo inconsciente - uma onda de bate-pés, e várias pessoas desistiram quase logo a seguir a mim. Percebi que não era um bicho assim tão raro por olhar as praxes de lado e as humilhações que lá se praticavam.

 

Sou contra qualquer tipo de humilhação. Toda. Seja a brincar, seja a sério. Seja na vida real, seja atrás de um computador. Sou contra. Nunca sofri propriamente de bullying. Sofri tentativas de me fazerem de bobo da corte, mas felizmente, sempre falhadas. No entanto vi várias pessoas à minha volta a sofrerem com isso. Por isso o bullying sempre me enojou e para mim a praxe é uma forma de bullying. Chamem-me exagerada e de radical, mas é o que eu acho. Cresci com a fama de mau feitio e talvez por isso sempre me dei bem com toda a gente: com os bacanos e com os grunhos. Com os nerds e com as pseudo miss mundo. Sempre tive um grupo limitado de gente com que me dava verdadeiramente, mas sempre me relacionei com os restantes sem grandes dificuldades. Na faculdade não foi diferente, e a minha grande amiga da faculdade seguiu a praxe até ao fim, e ainda assim desfilou comigo no cortejo e não com o grupo de trajados como ela. Eu de cartola orgulhosa, ela de traje a rigor. Percebi que a minha turma estava no curso certo. Que era uma turma que integrava fechando os olhos a quem. Que não segregava. E os trajados seguiram com os não trajados e foi lindo.

 

Bem, mas retomando a questão do bullying e da praxe. Apesar de considerar a praxe uma forma de bullying não sou contra a praxe, porque a meu ver, só lá está quem quer - ou quem não tem tomates para desistir é certo - mas a verdade é que a partir do momento em que é opcional acho que deve existir porque sou a favor de nichos. Agora, é como algumas práticas sexuais... Não condeno mas nem por isso tenho de compreender e querer fazer igual... E eu não consigo, definitivamente, compreender como é que alguém é feliz a ser insultado, a menos que seja praticamente de sado-maso e aí, 'bora lá, até eu ajudo.

 

No fundo, a praxe é só uma forma de manter a ordem social das coisas estável: uns mandam, outros obedecem, vai ser assim quando os caloiros entrarem no mercado de trabalho já homenzinhos e mulherzinhas, mas depois vão continuar a serem amestrados com uns - enquanto estiverem no andar de baixo - e selvagens com outros - quando tiverem algum tipo de promoção e tiverem funcionários a cargo - porque na realidade o sistema não ensina um meio termo, um equilíbrio. Talvez por isso haja chefes tão intragáveis.

 

Para mim a praxe deveria servir como processo de integração e de interajuda entre os mais velhos e os recém-chegados - ou não fosse eu Mula de educação social - mas a praxe nada tem que ver com isto... E a boa praxe para alguns é apenas copos, festas e ... tudo o resto que possam imaginar. Hmmm... Não. Passo. Obrigada.

Coisas que se ouvem por cá... #15

E são estes seres tão inteligentes que serão os futuros cérebros deste país? Pois, como os mercados estão provavelmente não e sejamos sinceros, em alguns casos... Ainda bem. Ora vejamos esta fantástica conversa entre pseudo-doutores e caloiros:

 

Doutor: Vocês perceberam a letra?

Caloiros: Sim!!! - gritavam os pobres coitados.

Doutor: Então o que é que ela diz?

Caloiro: A mensagem da letra é... - começa o pobre caloiro e logo é interrompido.

Doutor: Eu não perguntei qual era a mensagem! Perguntei o que é que ela diz!

 

 

A sério?! A sério?! Mesmo?! Foi mesmo de verdade?!

Sim ouvi bem!... Vá, não sejam misericordiosos comigo, cortem-me os pulsos, já!

Curtas do dia #410

Um minuto de silêncio por todos os blogs que se transformaram em autênticas páginas de Facebook, qual é o elevado número de peças de roupa suja que são lavadas para todos os seus seguidores assistirem.

 

Em modo vlog é que era, sempre poderíamos aprender mais qualquer coisa sobre aclaramento de roupa, remoção de nódoas difíceis e o evitamento do borboto, esse malvado. #sóquenão

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Desabafos do quotidiano, por vezes irritados, por vezes enfadonhos, mas sempre desabafos. Mais do que um blog, são pedaços de uma vida.