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Desabafos da Mula

Desabafos do quotidiano, por vezes irritados, por vezes enfadonhos, mas sempre desabafos.

Desabafos da Mula

Ainda sobre o amor que a Mula sente pelo halloween

 

Não entendo... Não consigo entender!

 

Não acham que já importamos coisas demais? Qual é a piada de importar um conceito que na nossa cultura não faz sentido? Pior! Qual é a piada de no dia de halloween vermos fadas, princesas e afins?

 

É que realmente a malta não perde uma oportunidade para se mascarar.... Como já não se mascarassem diariamente!

 

 

P.s: Não tarda também celebraremos o Dia de Ação de Graças não? E que tal vestirmo-nos também todos de verde no Saint Patrick's Day . Não! Já sei, já sei: Saiamos todos à rua no dia 4 de Julho de vermelho branco e azul!

 

Vemos demasiados filmes americanos não é?

Livro: O Bibliotecário de Paris de Mark Pryor

Ofereci o livro O Bibliotecário de Paris de Mark Pryor a um amigo mas a verdade é que fiquei tão curiosa, mas tão curiosa - como sabem, adoro a temática da Segunda Guerra Mundial - que tive mesmo de o ler. Não quero já ser desmancha prazeres mas... Foi um livro que me dececionou.

 

 

Quem leu O Livreiro, já conhece as personagens - não li mas sei que o Tom e Hugo estão de volta - e no caso d'O Bibliotecário de Paris a história inicia-se com a morte de Paul Rogers, diretor da Biblioteca Americana de Paris, aparentemente devido a causas naturais, apesar do seu amigo Hugo Marston - responsável pela segurança da Embaixada dos EUA em Paris - achar a morte de Paul estranha. Tudo apontava para uma falha cardíaca, mas quando a viúva também aparece morta na banheira de sua casa, aparentemente por suicídio, a trama complica-se e é aberta uma investigação. Por esta altura, duas amigas e jornalistas de Martson chegam a Paris para investigar uma ex-atriz famosa dos anos 40 que julgam ter sido espia durante a II Guerra Mundial a favor da resistência e havia relatos de que tinha morto um oficial da Gestapo com um punhal. Hugo Marston acredita que as duas histórias podem estar relacionadas e inicia uma busca incansável para descobrir quem matou o amigo e porquê.

 

Antes de mais dizer-vos o motivo da minha desilusão: É só um policial e não é, de todo, um livro sobre a II Guerra Mundial.

 

Spoiler alert!!!!!!!!!!

As duas histórias estão longe de se relacionarem, e o final é tão fora de contexto que não percebi a ideia do autor. Basicamente há duas histórias paralelas, uma que se entende, que no final tem uma explicação, e outra - a que fala sobre a atriz que pode ter sido espia - que afinal não nos leva a lado nenhum e é só para entreter e confundir o leitor.

 

O livro lê-se muito bem, li-o em duas noites, mas não me cativou tendo em conta que esperava um livro sobre a II Guerra Mundial e tal não se verificou. Ao longo do livro encontramos muitos diálogos despropositados, tem muita palha para encher chouriços muitas frases e diálogos para encher páginas que nada têm que ver com a história em si - e isso enerva-me, ó se me enerva - e o assassino é - pelo menos para mim foi - óbvio desde o início, apesar do motivo ser totalmente surpreendente. 

 

É um bom policial, não digo que não o é, mas é só isso. Não é um livro histórico - ainda que tenham tentado sem sucesso que o fosse - não é um livro de crimes de guerra - apesar de terem tentado sem sucesso que o fosse - nem é um livro sobre livros - ainda que tenham tentado sem sucesso que o fosse. É certo que se passa numa biblioteca, é certo que o Paul estava a escrever um livro - de ficção científica, é que até este elemento nada tem que ver com a história - e é certo que se fala de uma coleção de livros que pode conter uma coleção secreta de crimes de guerra - mas que nunca se verifica e que acaba por se perder no vazio. É por isso só um livro sobre um crime, e sobre o desvendar desse crime, e aí não é mau.

 

O que me revolta no livro é que o considero de publicidade enganosa. Não é um livro sobre o que diz ser. À parte disso, não é mau, é um livro que se lê bem, que entretém, que não maça. Mas no entanto, acho que a trama tinha todos os elementos para ser um grande livro e tem uma capa lindíssima que atrai, mas que no fim, na minha opinião claro, acabou por ser muito mal concretizado, para além de que - e isso o autor não tem culpa mas revolta-se-me as entranhas todas - a tradução/edição estava cheia de erros ortográficos.

 

Fiquei zangada, confesso! Eu que até tinha alguma curiosidade com O Livreiro agora acho que não o irei ler.

 

Boas leituras.

Semana 43 - Desafio 365 Fotos

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Foto 1- Começar a semana com uma refeição ligeira, já que na quinta-feira foi dia de nutricionista.

 

Foto 2- Manicura, um pouco diferente do habitual, decidi arriscar em algo alegre e veraneante para celebrar estes últimos (será?) dias de calor.

 

Foto 3- Descobri um pecado pouco pecaminoso: café (com adoçante, quase não tem calorias) + 1 macaron (que de acordo com o FatSecret tem apenas 65 calorias).

 

Foto 4- Descobri um restaurante de sushi perto do local de trabalho. Fiquei fã.

 

Foto 5- Uma recordação dos Açores. Acho que resume bem S. Miguel: Mar, verde e animais.

 

Foto 6- Numa cabine telefónica convertida em biblioteca, encontrei esta lista de benefícios da leitura: Qual é o benefício que mais têm em conta? Por aqui usa-se os livros para tirar as nódoas da alma e colocar pirilampos a escuridão.

 

Foto 7- Porque ainda é verão. Uma flor que encontrei pelo caminho.

 

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Uma espécie de Review de alguém que não percebe nada disto: It

Regressei ao cinema, desta vez para ver o It. Conhecia o It de 1990 lembro-me de o ter visto há muitos anos e de o achar um dos filmes mais assustadores que já tinha visto, por isso tinha umas expectativas elevadas, mas posso já adiantar-vos que não superou as expectativas, nem um pouco.

 

 

A história começa com o desaparecimento de Georgie, que devido ao seu barquinho de papel cair num boeiro, é abduzido pelo palhaço Pennywise. Depois de Georgie outras crianças começaram a desaparecer da cidade e é então que o irmão de Georgie e os seus amigos - todos eles hipersexuados, conhecidos por "falhados", todos eles com um historial de abandono/abuso familiar - decidem investigar o desaparecimento das crianças que parece estar relacionado com o sistema de esgotos da vila.

 

Assim começam a ser aterrorizados pelo palhaço que se alimenta dos seus medos para ter força para continuar a aterrorizar outras crianças. Assim Pennywise não é sempre um palhaço, pois assume as diversas personagens que cada criança teme: uma figura de um quadro, os pais, e ele próprio já que é muito comum as crianças terem medo de palhaços. Pennywise tem uma vantagem, como se alimenta do medo das crianças só as crianças o podem ver, não existindo possibilidade de os adultos intervirem. Se não houver medo, não há Pennywise, como se irá verificar ao longo do filme.

 

Quando descobrem onde Pennywise habita, as sete crianças decidem tentar terminar com o pesadelo que de 27 em 27 anos aterroriza a vila. Será que vão conseguir?

 

O filme tinha tudo para ser altamente assustador. Um escritor que é o verdadeiro mestre do terror, um palhaço com uma caracterização incrivelmente arrepiante - digo-o eu vá, que tenho pavor de palhaços - e um cenário bastante realista. Mas não o é. As cenas são previsíveis. Não há espaço para o espetador se assustar. Podemos não saber exatamente o que vai acontecer, mas sabemos sempre quando vai acontecer algo e isso tira todo o encanto do filme. Não há terror, só há horror... O filme é muito nojento. Todo o filme é feito à base sangue e outros fluidos, zero sustos, e olhem que eu sou bastante suscetível, sou o que se chama de.... Muito medricas e há filmes que tenho de ver com a luz acesa, digo-vos que a primeira vez que vi o Shinnig, vi-o com a televisão sem som, e mesmo da segunda vez que o vi, estremecia sempre nas cenas mais arrepiantes. Neste filme somei zero sustos, zero terrores. No entanto é um filme que diverte, é no fundo uma aventura juvenil com algum horror à mistura.

 

Esta versão do filme parece-me muito pouco realista, ao ponto da sala de cinema se rir em uníssono em algumas cenas. Os miúdos têm discursos muito pouco coerentes tendo em conta o terror que estavam a viver.

 

No entanto a história em si é incrível: Retrata a forma como o medo nos pode paralisar, seja medo de um palhaço assustador, ou o medo de um pai abusador, ou o medo de um bully. É o medo que nos faz fraquejar e somos muito mais fortes, invencíveis até, quando não temos medo, porque sem medo enfrentamos os problemas verdadeiramente.

 

A história retrata também de forma assustadora - por ser real, não por meter medo - de como os nossos pais, a nossa infância influenciam aquilo que nós somos e tantas vezes de forma negativa. Um dos miúdos cujo pai era violento e que o humilhava constantemente tornou-se num criminoso, num assassino. A miúda cujo pai abusava dela, tornou-a demasiado confortável com os rapazes dando-lhe a fama de oferecida, apesar de não ser verdade. O miúdo que tinha uma mãe demasiado possessiva tornou-se hipocondríaco. Entre outros estereótipos familiares.

 

O filme passa uma mensagem brutal, e demonstra a violência entre pares, a ausência e total desresponsabilização educacional dos pais entre outras situações, mas se estão à espera de um verdadeiro filme de terror, daqueles que vos colam à cadeira e vos fazer apertar e arranhar o braço ao lado, baterão à porta errada. Numa das cenas, em casa do Pennywise tem três portas: uma que diz: "Nada assustador"; outra que diz "Muito assustador" e outra que diz "mesmo muito assustador" e pegando nestas três portas, identifico este filme como nada assustador. Acho que é um bom filme de aventura, um mau filme de terror, mas é sem dúvida um filme que entretém. Deitasse Stanley Kubrick as mãozinhas a este roteiro que o filme seria terrorífico, assim é só mais um.

 

E daqui: Quem já viu o filme o que achou?

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Desabafos do quotidiano, por vezes irritados, por vezes enfadonhos, mas sempre desabafos. Mais do que um blog, são pedaços de uma vida.