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Desabafos da Mula

Desabafos do quotidiano, por vezes irritados, por vezes enfadonhos, mas sempre desabafos.

Desabafos da Mula

Uma espécie de Review de alguém que não percebe nada disto: A Montanha Entre Nós

Por altura do Natal gosto de ir ao cinema. Sou das que costuma ir no dia 25 ou no dia 1, mas a verdade é que desta vez fui antes. Temia que a sala fosse estar cheia, mas a verdade é que as pessoas pareciam mais preocupadas com as últimas compras do que com o cinema. Gosto de cinemas tranquilos.

 

Fomos ver, por exclusão de partes, e porque era o único que estava quase a começar dentro do nosso estilo, A Montanha Entre Nós. Posso já adiantar-vos que gostei, não é o melhor filme do ano - nem por lá perto - mas gostei.

 

 

A montanha entre nós relata a história de dois estranhos que se conhecessem no aeroporto devido aos seus voos terem sido cancelados devido ao mau tempo. O destino dos dois é o mesmo, o motivo da pressa bastante diferente: Alex é uma jornalista que se casa no dia seguinte, e Ben é um neurocirurgião necessário para uma operação importante. Não conformada com o cancelamento do seu voo e querendo chegar ao dia do seu casamento Alex convence Ben a alugarem um pequeno avião para alcançarem o seu destino. Os dois levantam voo e a viagem parece correr bem, mas o mau tempo aproxima-se e o piloto sofre um ataque cardíaco fazendo a aeronave despenhar-se. Com o impacto, o piloto morre mas Alex e Ben sobrevivem assim como o cão do piloto: um labrador que vai acompanhar Alex e Ben ao longo da sobrevivência destes. Alex e Ben têm que enfrentar uma vasta montanha, mas também um inverno muito rigoroso. Será que vão conseguir sobreviver?

 

Este é mais um filme que relata a sobrevivência humana. A força sobrenatural que possuímos quando somos postos à prova. É também um filme romanceado. À medida que vão seguindo o seu caminho vamos descobrindo as suas fraquezas, os seus medos, os seus bloqueios, e vamos conhecendo a vida que têm para além das montanhas.

 

O que o filme tem de mais belo é a imagem: A paisagem é incrível. É daqueles filmes que vale a pena ver no cinema essencialmente pela imagem.

 

De um modo geral é um bom filme, mas os mais atentos vão encontrar grandes falhas: As fogueiras ardem eternamente, apesar de as fazerem na neve, de estar a nevar, e de não existir propriamente lenha. Alex apesar de estar toda partida e com uma tala na perna consegue subir e descer a montanha sem grandes dificuldades, com algum sofrimento no rosto é verdade, mas anda que se farta.

 

Estas e outras razões tornam este filme de sobrevivência em mais um romance - mas não vou explanar mais porque não quero ser spoiler - e fazem com o que o filme perca um pouco a ação e faça com que possamos sentir algum tédio. Ao longo do filme verificamos também que a trama central deixa de ser a sua sobrevivência mas a relação entre os intervenientes o que pode causar um pouco de desilusão a quem possa procurar algo diferente.

 

No entanto, eu romântica convicta, gostei do filme, confesso que imaginava algo diferente, mas gostei do resultado.

 

Quem é que já viu? Opiniões?

Marcas, respeito e outras coisas do género

 

Longe vai o tempo em que o cliente tinha sempre razão - ainda que não a tivesse realmente. Longe vai o tempo em que as marcas moviam mundos e fundos para agradar um cliente. Belos tempos esses, mas agora já não é assim.

 

Acredito que pague o justo pelo pecador, que muita gente se aproveitou dessa fonte esgotável de amor pelo cliente, mas sinto os tempos a mudarem. E obviamente não é para melhor.

 

Obviamente o objetivo sempre foi o lucro, ainda o é e sempre assim o será até porque as marcas não são - nem têm de o ser - a Santa Casa da Misericórdia, e têm um propósito, que é fazer dinheiro à custa da dependência dos seus clientes. Até aqui nada de errado, sinceramente. Mas no meio de todo este esfregar de mãos há atualmente uma grande diferença, é que antigamente para além do objetivo final - fazer dinheiro - tentava-se a todo o custo a fidelização do cliente, quer através de um atendimento atencioso, quer através de um sistema de pós-venda competente capaz de nos apaziguar a alma. Já não é assim.

 

Exemplificando.

 

Comprei um portátil novo, visto que o meu anterior já tinha muitos anos e o bicho precisava mesmo da reforma. Comprei uma marca que nunca tinha utilizado, um Lenovo. Gostei das características, pareceu-me uma boa relação qualidade-preço e trouxe o bicho para casa. Eis que chego a casa e o cabo do carregador é... como vos dizer: minúsculo! É simplesmente minúsculo. Posso dizer-vos que já tive um carregador de telemóvel mais comprido que este carregador de computador.

 

Tratei de ligar para a Lenovo para verificar a possibilidade de alterar este pormenor horrível sobre a minha compra - eu já tive tantos computadores, todos eles com cabos de tamanho normal que nunca imaginei que isto podia existir - e tentar que me efetuassem a troca por um cabo de tamanho regular - é que nem estou a pedir mais, só estou a pedir o normal - eis que me disseram que nada podiam fazer. Insisto, indico que de outra forma terei de proceder à devolução do computador e eis que acrescentam, e passo a citar "lamentamos que o nosso produto não tenha ido de encontro às suas expectativas" e por outras palavras bonitas disseram que se estavam a borrifar para mim e para o meu problema.

 

E é assim que uma marca simplesmente se arrisca a perder um cliente, apenas por um pormenor de um cabo. Preferem perder muito dinheiro em troca de um valor pequeno. Atenção que nem me propuseram adquirir um cabo mais comprido, nada, apenas que não poderia fazer nada, porque não haveria nada a fazer.

 

Fiquei chocada. Fui ao portal da queixa e verifiquei que a taxa de resposta da Lenovo no portal da queixa é quase 0. Assim como a taxa de resposta da HP, assim como a taxa de resposta de tantas outras marcas de tecnologia.

 

Percebi assim, que contrariamente ao que acontecia anteriormente que as marcas se estão totalmente a borrifar para o cliente. Acredito que tenham percebido que conseguem manter os lucros mesmo diminuindo nos custos do pós-venda. O mesmo já tinha percebido com a MEO e agora olho à minha volta e percebo que agora raras são as empresas que se preocupam realmente com as necessidades dos seus clientes...

 

E esta hein?

Mais um...

Mais um Natal se passou, mais um ano, e tudo tão diferente e tão igual.

 

Por esta altura, há um ano estava desempregada, com um marido doente em casa acabadinho de operar um joelho. Por esta altura estava a lutar no tribunal por uma indemnização justa e a contar os tostões para que esticasse até que recomeçasse a trabalhar, nunca saberíamos quando é que isso iria acontecer.

 

Há um ano estava desempregada, e há 10 meses que recomecei uma nova atividade profissional.

 

É incrível como o tempo voa. Pode parecer cliché mas o tempo voa mesmo.

 

Este ano foi completamente doido. 2016 acabou de forma muito triste, de forma dolorosa. 2017 trouxe um novo alento e rapidamente voou. Estamos quase em 2018... Nem dei pelo tempo passar. Felizmente um ano passou a voar e muita coisa mudou. Encontrei um trabalho onde me sinto bem, conheci muita gente nova e ganhei novas pessoas na minha vida a quem posso chamar amigos. É verdade que já não tenho o tempo que tinha, que a minha vida é vivida a correr, mas são os efeitos colaterais da mudança.

 

É incrível como foram dois Natais estruturalmente tão diferentes e tão iguais. As mesmas pessoas, o mesmo prato, as mesmas gulodices. Parece que quando o Natal chega o tempo para e não há anos. Não é 2015 ou 2017. É apenas Natal. 

 

Por esta altura, no ano passado também era Natal e apesar de as circunstâncias serem diferentes, muito diferentes, a verdade é que vivi o Natal esquecendo-me de tudo o que estava a passar. Porque o Natal faz-me esquecer o mundo. Dizem que o Natal é paz e para mim é paz! Dizem que o Natal é amor, e para mim tem mesmo de existir amor.

 

Já vos disse que adoro o Natal?

 

Até para o ano. Porque sei que para o ano, aconteça o que acontecer o Natal traz sempre esperança de um futuro mais feliz!

Desafio de Natal | Natal dos Passáros #25

 

#25

Abriste os presentes ontem à meia-noite ou hoje de manhã?

 

Qual meia noite? Acho que nunca abri os presentes à meia noite, nem quando era miúda... Normalmente depois de jantar, depois de quase rebolarmos entalados com uma rabanada, abrimos os presentes para distrair a digestão.

 

E vocês? Espero que o vosso Natal tenha sido bom!

 

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Vê quando é que os restantes pássaros abriram os presentes: MagdaJust_SmileAlexandraSilent Man e Caracol.

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Desabafos do quotidiano, por vezes irritados, por vezes enfadonhos, mas sempre desabafos. Mais do que um blog, são pedaços de uma vida.