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Desabafos da Mula

Desabafos do quotidiano, por vezes irritados, por vezes enfadonhos, mas sempre desabafos.

Desabafos da Mula

Curtas do dia #953

Adoro gente solidária...

 

Pessoa 1: Ai vai-me saber mesmo bem este fim-de-semana prolongado! 

Pessoa 2: Pois eu cá vou trabalhar sexta, sábado e domingo... (suspira)

Pessoa 1: Ah trabalha que te faz bem que eu também já trabalhei muito!

 

Porque será que as pessoas têm tanta dificuldade em sentir empatia? E não... Não foi uma pessoa a falar com alguém mais jovem como poderia ser de prever. Eram duas pessoas praticamente da mesma idade.

 

Eu cá percebo bem a dor da pessoa 2... Até porque hoje e amanhã são dias de trabalho  e segunda também o é!

 

Bom feriado! 

Novas tecnologias, ambiente e poupanças

 

Vivemos numa era tecnológica. Apesar de ser altamente tecnodependente sou contra um mundo tão dependente dos computadores e dos telemóveis. Acho que quanto mais nos aproximamos dos aparelhos, mais nos afastamos das pessoas e eu sou uma pessoa de pessoas. 

 

No entanto, sou a favor de que as tecnologias devem ser utilizadas a nosso favor. Sou por isso a favor das tecnologias como forma de proteção do ambiente. Tudo o que puder ser enviado por e-mail assim prefiro. Extratos, contas, publicidade. Poupamos papel, recursos e tudo e tudo e tudo. Claro que, compreendo que poderá ser o fim dos correios na sua essência e com isso acarretar mais desemprego, mas acredito que sempre existirão coisas para enviar e coisas para receber e por isso acredito que os correios sempre serão necessários. Mas da mesma forma que não vamos deitar mais lixo para o chão para aumentarmos os postos de trabalho dos lixeiros, não acho que devamos desperdiçar papel para proteger os postos de trabalho dos trabalhadores dos correios.

 

Acho que nos dias que correm, tendo em conta que já percebemos que os recursos se podem - e se irão provavelmente - esgotar, acreditei que existia uma outra consciencialização no que toca ao desperdício, quando totalmente acessório, quando totalmente desnecessário. A entrega do IRS online passou a ser obrigatória. As empresas passaram a beneficiar quem ativa débitos diretos e extratos eletrónicos, entre outras burocracias que passaram a ser menos burocráticas com as online-alternativas.

 

Esta semana liguei para o meu centro de saúde a pedir uma consulta de rotina. Disseram-me que a administrativa que fazia as marcações não estava e pediram-me o e-mail e o contacto telefónico para procederem ao agendamento. "Vai ser contactada para este número de telefone, ou então receberá um e-mail com a marcação." Até aqui nada errado. Aliás, até aqui tudo certo. Mas passou-se um dia, dois, três... E passou-se uma semana e nunca recebi qualquer contacto nem e-mail. Estranhei. "Esqueceram-se!" pensei. Eis que uma semana e meia depois recebo em casa uma carta, com duas páginas. A primeira página a indicar o conteúdo da carta, e a segunda página a carta em si... E por carta entenda-se a marcação da consulta.

 

Numa era altamente tecnológica enviam-se ainda cartas para marcar consultas com médicos de família.

 

Sei que é habitual as consultas nos hospitais serem enviadas por carta. Certo, tudo bem, é algo extremamente importante, não conhecem o paciente e muitas das vezes não dispõe da informação - aka endereços eletrónicos - para poderem utilizar outras vias, para além de que por vezes demoram tanto a marcar consultas que a probabilidade de o cliente já não possuir aquele contacto telefónico e/ou e-mail é muito grande e aí corria-se o risco da mensagem não ser entregue. Vamos acreditar que as pessoas mudam  mais depressa de contacto telefónico e de e-mail do que de casa... Agora quando eu ligo para receber uma informação por telefone, dizem-me que me enviam por e-mail, ou até por telefone e depois enviam uma carta... Acho-a totalmente desnecessário.

 

Não sei quanto dinheiro gastam por ano em papel, mas certamente que se reduzissem para zero - agora até as receitas são enviadas por mensagem escrita! - se calhar poderiam canalizar as verbas para a melhoria dos serviços... Não sei... Digo eu!

 

Certo que com pessoas mais velhas o papel ainda é um mal necessário. Mas considero que deveremos evitar ao máximo o desperdício, essencialmente o desperdício de papel e se a pessoa se mostra disponível para o evitar, então deveriam de aproveitar.

 

E vocês, que opinais sobre estas questões? Cartas: sim ou não?

Livro: O Homem de Giz de C. J. Tudor

Descobri há pouco tempo uma nova paixão literária: os thrillers. Já gostava de thrillers e filmes de suspense mas ao nível de livros sempre optei por outros géneros. Mas depois li Zafón, e depois de Zafón li o mestre do terror, o Stephen King e isso fez com que me apaixonasse por livros com mais mistério e menos romance, e então comecei a ler mais dentro deste género.

 

Numas das visitas à Bertrand, descobri O Homem de Giz, e já não consegui sair de lá sem ele. Soube depois que é o primeiro livro da autora, e digo-vos que para primeiro me pareceu muito bem. Incrivelmente bem.

 

Wook.pt - O Homem de Giz

 

O Homem de Giz conta a história de um grupo de crianças que descobrem o corpo de uma rapariga num bosque e toda a história se desenrola à volta do grupo e da rapariga morta. A história é-nos contada através de um dos jovens - Eddie - em duas escalas temporais: em 1986 e em 2016. Os capítulos vão alterando entre espaço e tempo para termos uma visão global da história, do antes e do depois, e de como os acontecimentos que ocorreram em 1986 influenciaram toda a vida dos seus intervenientes. Quem terá morto a rapariga no bosque?

 

Este é um livro que mostra como nunca somos meros expectadores, que mesmo sem querer conseguimos influenciar a ação e por vezes nem sempre de modo positivo. Neste livro todos influenciaram os acontecimentos, todos têm segredos, todos têm algo que não querem que se saiba que os poderá prejudicar de alguma maneira e por isso não há só e apenas um culpado.

 

É um livro que fala sobre bullying e de como por vezes situações inocentes levam à desgraça e ao horror. Fala sobre o amor e sobre a falta dele. Fala sobre a moral, fala sobre a diferença entre o que fazemos e o que realmente acreditamos e somos. Fala sobre manter-nos fieis àquilo que acreditamos.

 

Confesso que apesar de ter gostado, no final, bastante do livro foi um livro que em certa medida me desiludiu. O livro é bastante explícito, bastante macabro e tem muito mistério, disso não me posso queixar, no entanto não assusta. Não me fez olhar em volta e ver se alguém estava a observar por medo. Conseguia ler o livro com muita ou pouca luz e isso diz muito sobre o terror psicológico, que na minha opinião era nenhum. No entanto é um livro que a dada altura nos prende bastante, queremos saber quem é afinal o homem de giz, quem matou a moça do bosque, quem é que anda assustar os jovens que entretanto se fizeram adultos, e só descansamos quando paramos e quando encontramos o final.

 

O que gostei do livro é que apesar de existir algumas coisas inexplicáveis, que acabam por não passar de sonhos, que é bastante real, com explicações reais. Por isso se é verdade que esperava um livro diferente, mais assustador, é um livro que acabou por surpreender. Tem um início lento, que me custou continuar por não perceber o porquê de ser tão lento, mas depois rapidamente compreendi que era necessário para podermos compreender realmente a dimensão das relações entre as diferentes personagens.

 

É um livro bastante fluido, que alternando entre os vários espaços temporais nos vai surpreendendo, onde as personagens se vão revelando e onde vamos sabendo que cada personagem sabe sempre muito mais do que o que aparenta. O que gostei bastante é que o final surpreendeu totalmente, porque a verdade é que fui tecendo as minhas considerações mas que se revelaram bastante ao lado da realidade.

 

Gostei bastante do livro, fico a aguardar mais desta autora. E sabem que mais? Apesar de saber que livros e filmes nada têm que ver por vezes, esta história com o realizador certo, dava um grande filme!

 

Boas Leituras!

Curtas do dia #951

Recordam-se da romaria que ocorreu no meu ginásio sem razão aparente? Pedi que apostássemos quanto tempo é que iria durar. Pois que já estou em posição para vos adiantar uma resposta.

 

Continuo sem saber o que aconteceu nesse dia, ou nesse fim-de-semana - acredito mais que tenham sido os excessos desse fim-de-semana - mas a verdade é que nunca mais ocorreram! E assim é que são as coisas: Os objetivos e 2015, ficam em 2015!

 

A próxima enchente é dia 1 de Junho quando as pessoas finalmente perceberem que a época balnear abre não tarda.

Lutar contra o excesso de peso #19

Como perder um sorriso em 10 palavras:

 

Tens mesmo de estar a fazer alguma coisa de errado!

 

E é assim que começamos esta semana: com desilusão! Este deve ser o grande e principal motivo das desistências em ginásios: A falta de resultados apesar do esforço.

 

Mas ó Mula voltaste a ganhar peso? Não, perdi meio quilo. Em quatro semanas perdi apenas meio quilo! Oh Mula, mas tenho a certeza que reduziste medidas! Não, não reduzi. Ou vá, reduzi um centímetro ou outro mas não é relevante ou significativo. Basicamente passamos a consulta a tentar encontrar erros na minha alimentação. Encontramos o problema da água, que na grande maioria dos dias é um problema. Continuo com dificuldades em beber 2L de água por dia, tenho bebido apenas metade e a verdade é que desde que deixei o drenante que me é mais difícil beber.

 

Outro problema: Falta-me gordura na alimentação, mais propriamente de ómega 3. Tenho de começar a comer mais peixe, mas peixe gordo. Mais salmão, mais atum. Eu juro, eu juro que já estive mais longe de começar a comer atum ao pequeno-almoço! E por falar em pequeno-almoço. A ideia pelos vistos é comer leite com aveia e não aveia com leite. Outro erro da minha alimentação é que como demasiada aveia, confesso que tenho-me empolgado bastante com as papas e pelos vistos há diferenças significativas entre "4 colheres rasas" e "4 colheres cheias". No plano dizia apenas "4 colheres" My mistake! Anotado.

 

Mais erros detetados: Comer só uma sopa e peça de fruta ao almoço é mau. Pelos vistos é mau, eu achava que era bom, era um dia baixo em calorias... Se quiser comer sopa e não ter prato principal, tenho de comer atum ou ovos e não fruta. Ok. Anotado!

 

E mais? Pois, não há muito mais, para além de ter de ter muita atenção com a cheat meal, que na maioria das vezes é um cheat day...

 

E mais? E mais nada! Já alterei tanta coisa, e tantas quantidades que acredito, sinceramente acredito, que o corpo já se habituou a comer pouco, a comer melhor e voltou a desacelerar. Refrigerantes já não bebo e se bebo são zero. Cerveja, cortei e é raríssimo raríssimo. Sobremesas ao estilo de mousses e cheescakes há séculos que não as vejo. Batata, já só como batata-doce. Arroz/massa, como em minúsculas quantidades.

 

Pois que há erros, claro que os há: Há por vezes frangos de churrasco a meio da semana, bad Mula, bad! Há o bolinho ao fim-de-semanashame on you, Mula. Há os lanches que por vezes não acontecem... Pois isso por vezes acontece! Há as pipocas no cinema ao domingo, ainda que no último mês só tenha ido uma única vez. Há, erros! Sim, há erros. E sinto por isso que tenho passado por entre as gotas de chuva por até agora ter conseguido perder peso com estes erros. Mas pelos vistos tenho de apertar o cerco, porque desde que entrei no ginásio as coisas mudaram. Aumentei a massa muscular? Aumentei pois! Diminui a massa gorda? Diminui pois... Mas não é suficiente! E se diz a nutricionista que deveria de acontecer mais qualquer coisa nos entretantos ela é que sabe.

 

E está na hora de ser mais exigente...

 

A parte boa é que já vem aí a Pascoa que nem tem chocolates nem nada... e logo a seguir o meu aniversário que nem tem bolo calórico nem nada!...

 

...

 

Vou só ali cortar os pulsos e já venho!

 

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Partilhem a vossa história comigo. Enviem-me os vossos testemunhos por email para desabafosdamula@hotmail.com e aqui a Mula em altura oportuna partilha os vossos testemunhos aqui no blog. Testemunhos esses que poderão ajudar tanta gente na mesma luta. E se não quiserem que a vossa identidade seja revelada não há problema e que não seja esse o motivo da não partilha, digam-me, e o testemunho será publicado de modo totalmente anónimo. Vamos ajudar as pessoas a serem mais saudáveis?

Curtas do dia #950

Voltei a recorrer ao site altamente conhecido de compra e venda de usados. O anúncio está ativo há apenas algumas horas e as "ofertas" parvas já começaram.

 

Se queremos encontrar gente estranha existem dois sítios ideais: Sites de compra e venda, e em jornais online. É incrível, não falha.

 

Só para terem noção. Eu peço dinheiro, dinheiro vivo em troca do meu produto, no entanto acabei de receber uma proposta que me "compravam" o dito em troca de roupa e calçado!

 

E agora digam-me como fariam vocês: Dar-se-iam ao trabalho de responder a ofertas que nem merecem resposta, ou simplesmente ignorariam?

Coisas que eu nunca irei compreender, nem que viva 100 anos

No autocarro estávamos apenas eu e uma rapariga. Entramos as duas na primeira paragem e curiosamente sentamo-nos na mesma fila, junto à porta de trás mas eu do lado esquerdo  e ela do lado direito.

 

Na segunda paragem entra uma senhora idosa.

 

Ora vejamos: Não era uma Sprinter nem outra espécie de mini bus. Era um daqueles autocarros grandes, normais, com uns... 40 lugares sentados?

 

A senhora idosa -  à qual deveria de chamar velhota ranhosa porque esta gente não merece consideração alguma - vai ter com a outra moça e "pede-lhe" - digamos que pedir não foi bem a forma - que saia daquele lugar porque ela queria ir para lá. Ou seja,  dos cerca de 40 lugares existentes, cerca de 38 estavam vazios e mesmo assim a mulher teve de ir incomodar a moça que estava sossegada...

 

Ainda bem que não quis ir para o lugar do motorista, se não, não sei como seria!

 

É aqui que percebo que sou muito mau feitio! A moça nem abriu a boca, deu lhe o lugar, acabando por se levantar e ir para outra fila - já que o autocarro estava vazio... - mas se fosse comigo as coisas seriam muito diferentes e a velhota de certeza que não teria feito a viagem de sorriso na cara!

 

Há realmente coisas que nunca irei compreender nem que eu viva 100 anos. 

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Desabafos do quotidiano, por vezes irritados, por vezes enfadonhos, mas sempre desabafos. Mais do que um blog, são pedaços de uma vida.