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Desabafos da Mula

Desabafos do quotidiano, por vezes irritados, por vezes enfadonhos, mas sempre desabafos.

Desabafos da Mula

A primeira constipação...

... Depois da operação!

 

 

Andei a escapar por entre as gotas de chuva. Quase me constipei no hospital durante a operação - senti-a a passar por mim ali bem de raspão... -, e depois uns dias mais tarde quando já estava em casa - que isto de tomar banhos frios no inverno não é coisa fácil -, mas fui escapando por entre as gotinhas de chuva, ou por entre os vírus da gripe, vá. 

 

Mas eis que agora em finais de Março, os vírus, achando que já seria razoável moerem-me o nariz com ranho, espirros e coceira e que seriam até bastante benevolentes, eis que me atacam seriamente como se não houvesse amanhã.

 

E que tem a vossa Mula a dizer sobre isto?

 

Ainda não é agradável espirrar, assoar ou coçar o nariz! Não é... De todo!

Desafios de uma recém divorciada #6 Recomeços e Passados

 

Como sabem estive "casada" mais de 10 anos, e namorei desde os 15, sempre com a mesma pessoa. Não tenho propriamente um grande passado, escabroso, com raves nem orgias. Não tive mil e um namorados, nem one night stands, nem histórias de "o nome dela é Jennifer, eu conheci ela no tinder", ou seja eu quase não tenho um passado, ou tenho, por assim dizer, um passado bastante ligeiro e tolerável. Bastante razoável. Estive também, com alguém na mesma situação que eu, sem passado, ou com um passado construído comigo. Os nossos passados nunca foram "uma situação".

 

No entanto, tenho já 30 anos. Sair com alguém com 30 anos - e tendo em conta que as minhas preferências não recaem sobre homens mais novos - implica sair com alguém com passado. Por vezes com demasiado passado. Confesso que é algo que me incomoda. Não é algo que me devesse incomodar - o meu lado racional sabe que é só parvo! - porque é isso mesmo, passado, mas é algo que confesso que me incomoda bastante.

 

Tenho uma mente demasiado ilustrativa. Não me é possível não me incomodar com algumas imagens que me possam por vezes surgir. Não me é possível não me incomodar ao pensar, ao lembrar-me que aquela pessoa que hoje está comigo já esteve com 2, 4, 6 ou mais pessoas. Quantas bocas já beijou? Quantos corpos já acariciou? Será que me compara? Será que tendo em conta a oferta, agrado? Nunca passei por isto, nunca tive de passar por isto, na realidade nunca estive "no mercado" - como se costuma dizer, seja lá o que isso signifique - e por isso é tudo novo, é tudo diferente.. É tudo estranho. Este mundo cá fora, o mundo dos solteiros/divorciados/viúvos é muito estranho. Demasiado estranho. Às vezes não sei se me agrada.

 

Mas recomeçar é importante...

 

Mas recomeçar implica ceder e aceitar que não temos mais 15 anos, que vivemos uma vida antes de nos conhecermos, e que temos todo um passado, escabroso ou não, para conviver, e que isso nos moldou, e que nos fez o que agora somos. E por isso encontramos pessoas com medos, com traumas, com outro tipo de partilhas com que não fomos habituados. Isto assusta-me. Assusta-me bastante.

 

Suponho que um recomeço é o maior desafio de sempre de um divorciado... E às vezes confesso que não sei se estou preparada para recomeçar, até porque recomeçar implica começar do ponto de onde paramos e aquilo que eu pretendo é mesmo um ponto totalmente diferente de partida...

O tamanho da mentira

Nunca sabemos a dimensão de uma pequena mentira, por muito inocente que seja. Nunca sabemos. Podemos achar que uma pequena alteração da realidade numa dada situação com uma determinada pessoa, sem maldade, sem intenção real de enganar ou iludir, não terá qualquer problema e de repente outras e outras mentiras para encobrir a primeira são necessárias. E é assim que de um momento para o outro podemos perder o controlo das nossas palavras e consequentemente da nossa vida.

 
É fácil querer ocultar pequenas coisas, difícil é manter ocultas essas pequenas coisas ao longo do tempo...

Deixem os cereais em paz!

Que é feito da doçura dos cereais de pequeno almoço das crianças?

 

Têm noção que acabaram com os desejos da criança que há em mim? [Não dentro de mim, mas em mim!]

 

Estava há vários dias com desejos de Golden Grahams. Comprei, fui a correr preparar a minha taça e meto a primeira colherada à boca e eis que chega a desilusão... Os cereais já não têm o típico sabor intenso a mel... Falta-lhes doçura, falta-lhes sabor! 

 

#Deixemoscereaisempaz

 

Querem coisas saudáveis para as crianças? Se querem que as crianças comam coisas com pouco açúcar, cereais com bonecos na caixa nunca é uma boa solução, mas deixem os cereais em paz!

 

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Desafios de uma recém divorciada #5 As tralhas

 
Este fim-de-semana foi o fim-de-semana que escolhi para ir buscar - finalmente! - as minhas tralhas. Andei a adiar, a adiar, a adiar... Na realidade, andei a adiar o que é inadiável e finalmente ganhei coragem e lá fui.
 
Não vos posso dizer que tenha sido um processo fácil. Só a mentalização foi um bicharoco enorme, e entrar numa casa que outrora foi minha e que já não o é, não foi um bicharoco enorme, foi mesmo um monstro gigante. Não é fácil descobrir que a casa que outrora foi nossa está tão diferente, com coisas diferentes, com cheiros diferentes. Toda a casa é uma casa diferente. E não teria de ser de outra forma, mas não vos posso mentir: mexeu bastante comigo.
 
O outro grande desafio foi encontrar forma de trazer as minhas coisas, descobri que tinha muito mais tralhas do que imaginei. Lá se foi a minha lombar... Pareço uma velha, toda manca, toda torcida, toda entravada. 
 
Fi-lo sozinha.
 
A mãe ajudou depois a carregar o carro, mas estive sempre naquela casa agora estranha, sozinha, e tantas lembranças com que me deparei. As nossas fotografias amontoadas no armário que outrora fora meu. Fotografias de momentos muito felizes. Fotografias são mais do que meras recordações... Fotografias são murros no estômago. E tantos murros no estômago que levei neste fim-de-semana.
 
Cheguei a casa e percebi que muita coisa ficou para trás, desde roupa, a calçado a tantos outros objetos. Ou seja, mais tarde ou mais cedo, vou ter de passar por um novo processo, desta vez mais simples, espero.
 
Agradeço-lhe o facto de me ter deixado fazer isto sozinha, teria sido muito mais difícil se ele estivesse presente. 
 
Chorei. Não vos posso mentir. Chorei muito. Revoltei-me muito. Mil e uma coisas me passaram pela cabeça. Uma parte de mim agradeceu este momento, outra parte de mim arrependeu-se de todo o processo. Outra parte de mim revoltou-se com o facto de me estar a sentir arrependida porque sabe perfeitamente que é só pelo calor do momento e que nós já não tínhamos solução possível...
 
Fomos felizes. Fomos muito felizes...
 
... Mas deixamos de o ser.
 
Chegou a altura de fechar este capítulo e seguir em frente, e encontrar novos capítulos, novos desafios, uma nova vida.
 
Só lhe desejo tudo de melhor que esta vida lhe possa dar.
 

Coisas que só a mim... #2

Fui para o ginásio mas esqueci-me de levar a minha garrafa de água. Como é impossível para mim estar a saltar e a correr sem ter abastecimento líquido, tive de encontrar uma alternativa. Felizmente tinha trocos na carteira e então fui às máquinas tirar uma garrafa de água.

 

 

 

Confesso que às vezes me sinto uma velha. E nestas coisas das máquinas de vending todas digitais, é uma dessas situações. Máquina toda XPTO, dá para tirar snacks e bebidas quentes. Percebo como se tiram as bebidas quentes, não percebo como se tiram os snacks - e as respetivas garrafas de água. Olhei, olhei, olhei, respirei fundo, disse para mim mais de umas vinte vezes "tu não és burra, esta máquina não é melhor que tu, vais descobrir como é que a coisa funciona!" e a coisa lá se deu e eu lá percebi como é que a coisa iria funcionar. Escolho a minha garrafa de água, coloco o dinheiro na máquina e...

 

...Nada!

 

Após voltar a repetir "tu não és burra, esta máquina não é melhor que tu, tu vais vencer esta máquina" mais umas cinco vezes, entendi que a máquina primeiro aceitava o dinheiro e só depois é que tínhamos de selecionar o produto pretendido. Piece of cake! e lá carrego no botão correspondente do meu snack. Só que não! Para a coisa ter funcionado assim, como era meu desejo, eu teria de ter voltado a selecionar snacks, mas não, a máquina estava novamente no menu inicial que é o quê, tentem lá adivinhar? Exatamente: Bebidas quentes!

 

E foi assim que eu bebi um capuccino - carregado de leite! - antes de uma aula de pula, corre e avança e onde quase morri! Saí de lá mais branca que a cal, nem banho tomei e pirei-me rapidamente para casa antes que caísse para o lado... Ou simplesmente passasse pela vergonha de vomitar em público!

 

 

 

P.S.: Mas só para que não restem dúvidas sobre a minha inteligência, à enésima tentativa, consegui comprar a água!

Coisas de ginásio que me encanitam os nervos...

Estava na aula de zumba - regressei finalmente às segundas-feiras zumbásticas! - e entra uma tipa atrasada. Dizer que estava atrasada é estar a ser simpática, porque a aula já tinha passado de meio, na realidade. Sala obviamente à pinha - daí a minha indignação - e a tipa faz o quê?

 

Fica no fundo da sala, como qualquer pessoa normal atrasada faria? Não!

 

Arranja um cantinho algures onde não fosse muito notada, como qualquer pessoa com dois dedos de testa, atrasada, faria? Óbvio que não!

 

Fura a fila, interrompe mais de uma dúzia de pessoas que estão a dançar para ir para a frente para simplesmente ocupar o lugar que outrora fora de outra pessoa? Óbvio que sim!

 

 

A sério, digam-me o que é que esta malta tem na cabeça? Sugestões requerem-se!

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Desabafos do quotidiano, por vezes irritados, por vezes enfadonhos, mas sempre desabafos. Mais do que um blog, são pedaços de uma vida.