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Desabafos da Mula

Desabafos do quotidiano, por vezes irritados, por vezes enfadonhos, mas sempre desabafos.

Desabafos da Mula

Desafio de escrita dos pássaros #12 Aqueles pássaros não se calam

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Tudo começou com um casamento...

De uma Mula que já se descasou.

E foi assim que diferentes gentes,

Num só chat se juntou!

 

E desde aí que não se calam,

Piu, piu, piu, é todo o dia assim.

E centenas de mensagens trocam,

Mesmo em dias assim-a-assim.

 

Nunca estão sozinhos, os pássaros,

Nem na alegria, nem na tristeza,

Porque existe sempre alguém no grupo,

Com palavras de delicadeza.

 

Também temos humores diversos,

Com estes pássaros é uma animação,

Apesar da Mula não ler metade,

Porque quando os pássaros falam...

É na hora do patrão!

 

São todos diferentes estes pássaros,

E tantos outros que já avoaram,

Mas aqueles que resistiram

No chat nunca mais se calaram!

 

Piu, piu, piu! Piu, piu, piu!

É todo o dia assim!

Feito de gentes com blogs com gente dentro,

Que carinhosamente o Sapo Blogs uniu!

 

Vi a minha vida a andar para trás...

Semana passada a caminho de casa depois do ginásio, à noite, saio como sempre na saída de sempre da autoestrada, à hora praticamente de sempre mas a situação essa foi única e assustadora.

 

Assim que saio, o terceiro carro que vai à minha frente para de repente e fica atravessado na faixa impedindo que mais alguém saia. O carro de trás bateu-lhe. Pensei. Mas logo percebi que não. Estava chateado e queria discutir com o carro de trás. Estavam picados e a coisa parecia séria. A minha primeira reação foi trancar de imediato o carro. O carro que estava à minha frente tentou passar pelo cantinho da faixa mas sem sucesso e isso pelos vistos enervou ainda mais o tipo que discutia e esbracejava no exterior.

 

Voltou ao carro. Só me passou pela cabeça que ia buscar uma arma, um pau ou o que seja, pela forma como foi ao carro. Entretanto chega um carro que para atrás de mim. Fez marcha-atrás, regressou à autoestrada e seguiu, e eu ia fazer o mesmo. Marcha-atrás já metida ia recuar até à saída que havia logo ali ao lado. Mas o tipo lá percebe que já tinha demasiado público e entrou no carro e arrancou a todo o gás.

 

Tudo isto durou uns 3/4 minutos. Mas confesso que foram os 3/4 minutos mais longos da minha vida ultimamente.

 

As pessoas são tão más, tão descompensadas. Tão, demasiadamente parvas!

Barras de Access com Twist

Que é o mesmo que dizer: Com uma massagem incrível

A Mula voltou a ser convidada para uma sessão de barras de access, desta vez com uma massagem bio energética no final.

 

Já vos falei das barras de access aqui, mas para os mais preguiçosos a Mula resume.

 

As barras de access é uma técnica terapêutica energética que através da estimulação de determinados pontos no crânio, liberta energia de forma a potenciar desbloqueios emocionais, pensamentos, limitações psicológicas, entre outros. Quanto à massagem bio energética, é uma massagem que trabalha o corpo todo - quando permitido, e já vos explico porquê - através de manobras de relaxamento muscular e a mente e alma, através da aromaterapia com o objetivo de aumentar a energia vital do corpo e da mente.

 

As barras de access e massagem bio energética no final permitem o verdadeiro equilíbrio entre o corpo e a mente, já que as primeiras podem ser bastante desgastantes para a alma, a segunda permite repor a tranquilidade.

 

(imagem retirada daqui)

 

Desta vez a Mula fez esta terapia conjunta na Hebe Clínica, em Vila Nova de Gaia, com a Sara e com a Susana que são extremamente simpáticas e atenciosas - nem poderia ser de outra maneira tendo em conta o objetivo, porque também é preciso confiar para nos deixarmos levar. Para além das meninas serem espetaculares, o espaço é muito mimoso, e até a maca é aquecida! Uma chiqueza! A Mula habituar-se-ia a fazer desta a sua vida, confesso. A Mula nasceu pobre mas com gostos de rica o que fazer?

 

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Ó! Ólhem pra Mula ali toda pimpona com um robe quentinho, quentinho, quentinho!

 

A Sara eu já conhecia, até porque já foi com ela que fiz a anterior sessão, a Susana conheci durante a sessão e é muito atenciosa e preocupada. Perguntou-me se havia alguma parte do corpo em que não me deveria de tocar, se tinha algum tipo de problema específico e qual o meu maior sentimento dos últimos dias, para poder adaptar o aroma, na parte da aromaterapia. Tudo é pensado ao pormenor.

 

Lembram-se quando eu disse na anterior publicação das barras de access, que a terapia apesar de se focar só na cabeça parecia uma full body massage? Agora imaginem realmente uma full body massage no final! É simplesmente incrível! As barras preparam o corpo para um estado de relaxamento tal, que a massagem flui de uma forma incrível. É realmente um complemento brilhante. Trabalhar corpo e mente de uma vez só.

 

Quanto às barras de access, a Sara foi muito sincera, estou um caco, a vários níveis. Ela que me conhece, diz que me desconheceu totalmente quando me fez as barras. Que estou com problemas a vários níveis e que piorou significativamente desde a primeira sessão. E perguntou-me algo que confesso, que me marcou bastante: Onde está a minha alegria? Fiquei um pouco chocada com a pergunta, confesso, mas olhando bem para mim para os meus últimos meses, a verdade é que tenho andado muito mais rabugenta que o normal, mais stressada, mais apática. Não é realmente positivo. Marquei já uma segunda sessão. Sexta-feira a Sara que me aguarde! Obviamente preciso de ajuda, acho que quando andava mais chorona, mais deprimida, que não reprimia tanto, tudo o que sinto cá dentro e isso claramente não está a resultar. 

 

Mas se foi estranho ver alguém que eu conheço, mas com quem não me relaciono diariamente, falar tantas coisas certas sobre mim apenas com base no meu campo energético, confesso-vos que foi ainda mais assustador ver alguém que nunca me tinha visto na vida, dizer coisas tão acertadas da forma como eu me sinto, da forma como eu estou, e dizer tanto acertado sobre mim, sobre a minha vida, com base apenas numa massagem! Pelos vistos toda a minha ansiedade e problemas se depositam na coluna e pernas e é aí que tenho de investir mais para as trabalhar. Aconselhou-me a fazer mais coisas de que gosto, de que me estou a perder, que preciso de me encontrar e que para isso preciso de fazer o que gosto e voltar a encontrar a minha alegria, a minha paz.

 

Com os óleos no cabelo saí de lá toda descabelada, toda despenteada, mas posso assegurar-vos que no fundo era apenas o reflexo da minha alma.

 

Se é verdade que este tipo de tratamento põe demasiado a minha vida em perspectiva o que me pode deixar um tanto angustiada, a verdade é que saio dele tão, mas tão relaxada e cheia de força, como se tudo se pudesse desmoronar naquele momento que eu me sentiria com forças para aguentar qualquer coisa. Até posso levar com um calhau na testa e estatelar-me no chão. Mas saí com a certeza de que sou forte e que consigo aguentar seja o que for, como de resto sempre aguentei... No fundo.

 

P.S.: Tenho só uma pequena ressalva a fazer... Um pequeno desagrado diria. Gentes fofinhas da Mula, quando quiserem oferecer estas coisas que a Mula adora, avisem-me quando tiver que me despir para eu puder ter a depilação em dia. Grata.

 

P.S.2.: Isto deveria de ser patrocinado pelo estado, feito em parceria com o SNS, obrigatório, portanto, a toda a população. Isto tem tudo a ver com saúde mental - ou falta dela, no caso da vossa Mula.

 

P.S.3.: Se tudo isto não for suficiente para vos convencer a conhecer este tratamento na Hebe Clínica, aceno-vos com comida: Elas têm chá e bolachinhas! Acredito que assim já não preciso de vos dizer mais nada, certo?

 

Todos nós devíamos lutar por uma melhor saúde mental, por uma melhor visão de nós próprios, por uma maior tranquilidade. Essencialmente por uma vida mais feliz. Nada disto faz milagres...  Mas ajuda!

Parabéns Magda!

Foste uma das primeiras pessoas que conheci pessoalmente do blog. Foste das pessoas que mais me inspiraste a ler mais e mais e a pensar sobre o que li. És das pessoas mais bem dispostas que conheço, e das que tem sempre uma palavra alegre para dizer mesmo quando a vida nem sempre sorri.

 

Hoje fazes mais um ano, mas parece que o teu espírito se torna cada vez mais jovem!

 

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Um dia muito feliz Pássara Magda!

 

Portugal: Empresas, trabalho e disponibilidade

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Quando as empresas mais precisam das pessoas, é quando mais as transformam em zombies. Quanto mais as empresas precisam que as pessoas sejam produtivas, é quanto mais as cansam e as transformam em seres em piloto automático, pouco produtivas.

 

Quanto mais as pessoas precisam de descansar é quanto mais as pessoas trabalham.

 

A minha empresa está com um volume de trabalho anormal. E eu há 3 semanas estive de baixa, e precisei de mais uns dias para além da baixa, fiquei a dever à empresa. Quando é que compensamos a empresa? Quanto a empresa precisa. E quando é que a minha empresa precisa? Agora!

 

Estou há 2 semanas a trabalhar 6 dias por semana e mais horas por dia. Estou cansada. Os meus colegas estão cansados. Eu ainda não fiquei curada totalmente mas insisto. Insisto até que um dia quebre. Não vivemos num país onde possamos ficar doentes, essencialmente quando temos contas para pagar. E por isso é que eu preferi dever alguns dias à empresa em vez de me descontarem todos no salário. E mesmo não recuperada ali estou a trabalhar mais do que as minhas forças, mais do que o meu cérebro aguenta. 

 

Dói-me os olhos... O pescoço, as costas. Estou cada vez mais rabugenta, e com a paciência a baixo de zero. E os meus colegas iguais.

 

Sim... A empresa precisa de nós, mais do que nunca, mas nós estamos mais indisponíveis que nunca, apesar de aparentemente estarmos a trabalhar muito mais horas que o normal...

 

Ninguém percebe que assim não é nada produtivo. Que mais horas não é produtivo. Que menos descanso não é produtivo...

Desafio de escrita dos pássaros #11 Hachi por um dia

O difícil no tema desta semana foi decidir que animal de estimação iria escolher para integrar a sua visão. Estive mesmo para escolher um dos gatos, mas não sei se iria ter uma grande visão já que mais de metade do dia, eles estão de olhos fechados... A dormir! Assim escolhi o Hachi, vamos lá.

 

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Ora bolas já acordei e nem sinal delas! Vou até ao jardim. Ora bolas que não se levantam, que preguiçosas, será que já sabem que já é um novo dia? Não, não vou ladrar, não as quero acordar. Vou só deitar-me aqui à porta que assim elas têm que passar por cima de mim para saírem, e eu adoro!

 

Estou a ouvir! Estou a ouvir! Ai estou tão feliz, mas tão feliz!

 

Não descem? Hmm... Vou latir um pouco, se calhar esqueceram-se que eu estou aqui. Tenho fome! Vá lá, quero festas! E comida, também quero comida, mas quero festas. E morder, ai como eu adoro morder.

 

Uma já saiu, que bom, já vou ter com quem brincar!!!

 

Hei? Onde vais? Brinca comigo! Não vais ficar? Se não ficas também não vou contigo lá baixo, vais ver. És-me indiferente, não gosto de ti, nem te obedeço quando me chamas, é mesmo para veres como não gosto de ti, gosto mais da outra! A outra vem brincar comigo.

 

Mas c'um raio que a outra também não desce!

 

[passadas duas horas]

 

Estou a ouvir, estou a ouvir!!! Esta sim, vai brincar comigo!!! Isso festinha boa! Vou só morder um bocadinho porque eu gosto, e enchê-la de pêlo para que todo o dia se lembre de mim. Oops! Se calhar exagerei, ela está a ralhar e a sacudir-se toda.

 

Hei! Como assim? Vais carregada! Também já vais embora? Também não gosto de ti! Também não te acompanho lá em baixo! Nem se chamares, és-me indiferente, não quero saber! Gosto mais da outra e vou aguardar que a outra chegue. Também não deve faltar muito para a outra chegar.

 

Bem, ainda falta um pouco, vou procurar qualquer coisa para eu brincar. Olha! Chinelos! Como eu adoro chinelos! E vasos! É isso, vou roer este vaso até que não reste nenhum pedacinho!

 

Já destruí tudo o que pude, diverti-me, fiz buracos no jardim, arranquei a salsa... Não há mais nada para eu fazer e elas continuam sem aparecer... Estou triste, vou dormir um bocadinho.

 

Elas não vêm... vou ficar aqui sozinho para sempre!

 

[7 horas depois]

 

Ufa! Chegaram! Vou fingir-me de indiferente e não lhes vou ligar nenhuma. Nem as vou buscar à porta...

 

[-Hachi!?]

 

Quem quero eu enganar? Eu adoro-as, a minha cauda também já me denunciou: Um, dois, três aqui vou eu com toda a minha energia!!!!!

E é isto...

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Dra.: Consegue ver aquelas letrinhas ali ao fundo?

Mula: Consigo sim!

Dra.: Então diga lá quais são.

Mula: Um "v", um "z" e três "o's".

 

Quanta inocência!

 

Não que eu tenha feito muitos exames visuais na vida, mas eu deveria de saber que nunca iriam colocar três letras iguais, e ainda por cima seguidas. Eu tinha que ter previsto que era uma armadilha. E aqui a Mula caiu que nem uma patinha nesta armadilha.

 

Sim, a Mula caiu numa armadilha de uma oftalmologista.

 

E sabem o que é giro? Eu via bem, ou achava que via bem, até que ela colocou as lentes e aquele sombreado à volta das letras desapareceu. Afinal ao longe devemos ver como ao perto... Sem qualquer tipo de sombreado.... Ah ta!

 

Conclusão. A armadilha em que a Mula caiu, vai-lhe custar o subsídio de Natal para comprar uns óculos.

 

Diagnóstico: Astigmatismo.

 

Santinho!

 

E eu que só tinha ido ao oftalmologista porque tinha um olho inchado há duas semanas... E que pelos vistos não tem nada a ver com astigmatismo mas com falta de magnésio. Que mania têm os médicos de escarafunchar na saúde de uma pessoa! Receitava-me o magnésio eu tinha ido embora feliz, e as dores de cabeça continuavam a curar-se com brufens e ben-u-rons!

 

Irra... Se isto começa a não ser fácil aos 30. Nem quero ver quando passar dos 40!

Passei por velha e ainda por cima, desajeitada...

Numa casa de banho dum shopping qualquer cheio de modernices, está a vossa pseudojovem Mula a tentar lavar as mãos.

 

Lavatório A: Não funciona. Passei para o lavatório B: Bolas também não funciona!

 

Já ficar enervada, passo para o lavatório C e também não o consigo ativar. Ao meu lado está uma criança que não deveria de ter mais do que 5 anos. Está parada, a olhar para mim com ar reprovador. Sorrio-lhe. Diz-me ela toda espevitada: "É só passar a mão aqui..." e puff a água ativa, sem resistência.

 

 

A Mula agradece envergonhada, e volta a tentar repetir o gesto da menina. Só que... Volta a não conseguir, pois claro!

 

 

Eis que a criança volta a exemplificar e diz até um pouco enervada: "É AQUI que tem de passar a mão!" E pronto com algum stress e sentimento de viver aquele momento sobre pressão lá consegui. Mas se a miúda conseguia lavar as duas mãos ao mesmo tempo, a Mula apenas conseguiu lavar uma mão de cada vez: uma a lavar enquanto a outra estava sempre à frente do sensor...

 

E confesso que não sei, no meio disto tudo, o que me enervou mais:

    - se foi o facto de a criança tão pequena conseguir fazer algo que eu como adulta deveria de conseguir perfeitamente - #sóquenão

      - se foi pelo absurdo da miúda não me ter sorrido uma única vez.

 

Tenho a certeza, a miúda pensou - e com toda a razão no fundo - que eu era um caso perdido!

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Desabafos do quotidiano, por vezes irritados, por vezes enfadonhos, mas sempre desabafos. Mais do que um blog, são pedaços de uma vida.