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Desabafos da Mula

Desabafos do quotidiano, por vezes irritados, por vezes enfadonhos, mas sempre desabafos.

Desabafos da Mula

Coisas que por mais que eu viva mil anos não vou entender...

Ontem ligaram-me do banco. Queriam que eu passasse por lá, para atualizar o meu cartão de cidadão. Expliquei-lhe que trabalho no horário do banco e que não poderia lá deslocar-me e ofereci-me para enviar a cópia do novo cartão por email. Disse que não era possível, e pergunta-me se não estou de quarentena, porque estando de quarentena podia ir ao banco.

 

 

Ora bem vamos lá ver se eu entendi bem... Estou há 15 dias encerrada em casa que nem às compras vou por ter medo de sair e o caramelo diz-me que posso perfeitamente ir ao banco.

 

Expliquei-lhe que:

1º Continuava a trabalhar, ainda que a partir de casa e que por isso o horário continuaria incompatível com a ida ao banco para tratar de uma atualização de um cartão de cidadão de uma conta que eu nem quero ter mas que sou obrigada.

2º Que faço parte do grupo de risco por ser asmática.

 

Aparentemente compreendeu e lá disse "pronto então um dia que possa passe por cá". Ok.

 

Logo de seguida fala-me de um crédito espetacular que posso ativar sem sair do conforto do lar que está pré-aprovado e que posso ativar online sem ter de assinar ou sair de casa.

 

 

Whaaaaat?

 

Ora bem, vamos lá ver se eu entendi. Não posso enviar a porcaria de uma fotografia do meu cartão de cidadão por email para eles atualizarem a base de dados, mas posso contrair uma dívida de 5000€ sem sair do conforto do meu sofá?

 

 

 

Mas que lógica é esta?

Um cheirinho de uma entrevista próxima...

Algures feita pela CM TV à Mula

Jornalista: Mula, foi presa por violência e desobediência à autoridade por sair de casa quando não podia. A Quarentena estava a correr assim tão mal?

Mula: Não... Mas depois... Acabou o chocolate!

 

 

P.s.: e o stock de chocolate está quase a acabar!!! "Happy Hunger Games! And may the odds be ever in your favor."

App Peoople - onde os likes valem dinheirinho

 

Já ouviram falar na App para smartphone Peoople?

 

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(imagem retirada daqui)

 

Uma espécie de mistura entre Pintrest e Instagram, onde podem recomendar tudo aquilo que quiserem desde livros, restaurantes, filmes, lugares, ... só que contrariamente às outras app's, os likes que receberem são convertidos em saldo, que depois podem transferir para a vossa conta. A Mula aderiu, adere tu também!

 

Basta aceder aqui e registarem-se com o facebook ou com uma conta totalmente nova. A Mula está entusiasmada, confesso, porque é uma nova forma de descobrir-mos um novo restaurante,  ou um novo local para visitar, ou até um novo livro para ler.  

 

Quem é que já conhece e usa a app Peoople? Sigam a vossa Mula mais fofinha da blogosfera (e única, creio...)!

The Happening II?

Igualmente rasca como o primeiro filme, em 2008!

Se há uns meses me dissessem que eu iria estar a trabalhar em casa, de pijama, num improvisado escritório desconfortável no local que outrora era chamado de "Bar", aqui em casa, devido a um Vírus Chinês [como o Trump lhe chama, com o devido respeito], eu certamente me riria e diria à pessoa para deixar de ver os filmes do M. Night Shyamalan, que normalmente são toscos e sem noção.

 

 

E assim é este corovirus [como um deputado qualquer se enganou a pronunciar]. Despropositado, desproporcional - ou demasiado proporcional? - e irreal. Tal como os filmes de Shyamalan.

 

E tal como nos filmes parvos do Shyamalan vemos atitudes tão irreais das pessoas... Desde pessoas a açambarcar supermercados inteiros, pessoas de risco a passear nas ruas em bando como se nada fosse... As atitudes conseguem ser tão díspares que parece que as pessoas não estão a viver a mesma situação.

 

Um destes dias precisei de ir aos CTT e senti-me num filme de terror. Via pessoas a caminhar perto de mim e desviava-me como se me fossem matar, precisei de tocar em portas e em sacos e em terminais de multibanco e levei luvas. Vissem vocês o cuidado com que eu tirei as luvas. Parecia que tinham ácido sulfúrico. Meticulosamente retiradas. Fiquei com as mãos secas de tanto álcool. E o pior é que eu não sou assim! Não sou uma pessoa naturalmente assustada, costumava fazer parte do grupo dos que desvalorizam e dos que riam e dos que diziam "que exagero!"

 

E é assim que esta Mula se tornou: Fechada em casa, de pijama e que desinfeta as mãos sempre que vai buscar alguma carta ou encomenda.

 

Eu sou uma personagem estranha de Shyamalan e parece que estamos a viver o The Happening II e é só horrível! Eu odiei o The Happening!!!

Desafio de escrita dos pássaros #2.8 Foi tão bom, não foi?

Sei que estou em falta com o texto passado... Mas... Recomecemos a partir daqui, sim? Façamos ó de conta que tenho todos os textos em dia, que está tudo bem, que não sou uma baldas e uma desorganizada e façamos também ó de conta que publiquei isto na hora certa e que não ando a fugir às regras nem ao tema  como quem anda por entre as gostas de chuva, sim? Muito agradecida! Vamos a mais um poema?

 

 

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Foi tão bom, não foi?

Percorreste toda a minha boca,

Causaste-me arrepios!

Fizeste até parar o tempo.

Puseste-me em rodopios!

 

E agora que acabou, 

Ainda sinto o teu cheiro,

O teu leve travo a laranja,

O teu toque suave e macio.

 

Percorreste todo o meu corpo,

Fizeste-me tremer e desejar-te ainda mais,

Mas o controlo logo impede,

Gosto de manter firmes os meus ideais.

 

Sonho-te e desejo-te todo o dia.

Sorriso rasgado, só de te imaginar,

A percorrer novamente com a minha língua,

Pões-me facilmente a salivar.

 

Foi tão bom, não foi?

Apalpo-te e sinto-te a terminar.

Fico em êxtase com o teu último bocado,

Sei bem que me tenho de afastar!

 

E de repente a tablete acaba,

Como o teu último quadradinho,

E a delícia dá lugar ao desespero,

Tenho de comprar outra, pelo caminho!

 

Uma espécie de curta do dia #47

Coisas que eu não entendo:
E se houver algum entendido que me possa explicar a Mula agradece.

 

Falou-se de medidas, decretou-se ações, fechou-se estabelecimentos, obrigaram outros a funcionar sem interrupção... Mas parece-me que se esqueceram de falar de um ponto importante: E os salários dos que deixaram de trabalhar? Quem é responsável? Quem os assegurará? Quem os protegerá? 

Sobre o instável que é... Viver!

(imagem retirada daqui)

 

 

Dizem que os tempos são de guerra.

 

Eu digo que os tempos são de reflexão. De reflexão de como nada é garantido nesta vida, nada é verdadeiramente estável e seguro e do assustador que é hoje ser uma coisa e amanhã ser outra completamente diferente. Ou nem é necessário esperar por amanhã, pode ser já no minuto a seguir.

 

Hoje estamos atolados de trabalho, em crescimento, amanhã podemos estar na merda, no desemprego ou na falência. Hoje somos livres, banhamo-nos no mar e andamos descontraídos de mãos dadas lá fora, amanhã podemos estar enclausurados em casa sem que nada o fizesse prever. Neste momento estamos vivos a rir-nos alegremente, e no momento a seguir podemos estar simplesmente estatelados no chão. Nem sempre tem de existir previsão para o que vai acontecer. Raramente a há, na realidade. Nem sempre tem de existir aviso prévio ou sinais.  Por vezes acontece apenas. Do mesmo modo que é suspirar. A vida é tão instável e tão breve como um suspiro.

 

Tic tac... Tic tac... O relógio não para, e cada minuto pode ser diferente, totalmente diferente do anterior.

 

Viver é instável... demasiado instável... Gosto de aventuras... Odeio instabilidade!

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Desabafos do quotidiano, por vezes irritados, por vezes enfadonhos, mas sempre desabafos. Mais do que um blog, são pedaços de uma vida.