Em wishlist tenho muitos, diria até uma lista tipo pergaminho antigo. Já comprados e em lista de espera não tenho muitos, porque normalmente vou comprando e lendo e só quando leio os que tenho é que compro mais, é assim que me organizo. Ainda assim tenho à volta de uns 15 livros na estante por ler, normalmente livros que me ofereceram e que não sendo prioritários foram ficando para trás. Um dia o meu sogro olhando para a estante pergunta: destes todos quais é que já leste realmente? Devolvi-lhe a pergunta: Pergunte-me antes quais foram os que eu ainda não li, porque a maioria estão lidos. Não sei porquê, mas ficou admirado. Mas não é suposto lermos o que temos? Em contrapartida, leio imensos livros emprestados pelo que leio imenso o que não tenho.
E vocês têm mais do que o que leem? Ou leem mais do que o que têm?
Já tinha falado aqui sobre isso... A minha obsessão são os livros sobre o Holocausto. Não sei explicar propriamente porquê, porque são livros que me amarfanham toda, mas se tropeçar num, trago-o comigo. Da literatura ao cinema, se há algo sobre o holocausto eu gosto de ler.
Infelizmente só possuo uma na sala, por isso é que quando me emprestam um livro agora já não digo que não, é que eu gosto muito de ter os livros que leio, mas já não tenho espaço, e eles amontoam-se uns em cima dos outros e eu não gosto. Está prevista uma outra estante também para a sala, mas ainda andamos a ver como gerir aqui o espaço, é que moro num apartamento pequeno.
É o momento atual. Nunca li tanto como leio neste momento. A verdade é que trabalho todo o dia ao computador, e preciso de me desintoxicar, uso os livros para me desintoxicar. O ano passado bati o recorde de livros lidos num ano: 14, neste momento ainda estamos em Setembro e já li 18, a caminho dos 19... O meu número normal era de 4 ou 5 livros por ano, quando terminava de ler, não pegava logo noutro livro, e se não me despertava muito, demorava uma eternidade a ler. Quando passei a ir trabalhar de transportes comecei a ler mais porque era uma forma de me distrair, e com a criação do blog e com a criação desta aliança de livros que por aqui existe, a verdade é que comecei a ler, mais e mais e mais, e é um ciclo vicioso, quanto mais lemos mais queremos ler, e quanto mais os outros leem mais queremos ler também, porque queremos ler os livros que temos e os livros de que os outros falam. Sim, é mesmo o momento atual.
Olhando assim para a estante, o livro que mais salta à vista pela sua grossura é O Labirinto dos Espíritos do Carlos Ruiz Zafón, com 848 páginas. É incrível como o li tão rapidamente, e por vezes demoro tanto tempo a ler livros tão pequenos...
É caso para dizer: Santinho! Mas que palavrões são estes? Bem, na ausência de não saber o que são os restantes bichos - podia ir ao google, mas não me apetece - escolho pois claro o único que conheço: Livro físico pois claro. Na ideia de que os restantes palavrões se referem a leitores de ebooks, não, ainda não me rendi aos ebooks. Talvez um dia, mas ainda não chegou a hora. É tão bom ter um livro na mão!
E daqui, quem é que já trocou o livro pelos leitores de ebooks?
Julgo sim. É vergonhosa esta afirmação, mas a verdade é que considero as capas muito importantes. É o primeiro contacto que temos com o livro, e a capa ou é chamativa ao ponto de me levar a pegar no livro ou então fica ali no esquecimento, dificilmente lhe pegarei a menos que me venha parar pelo correio com uma data de leitura muito curta, e que acabe por me surpreender.
Quem mais é esquisitinha com a estética dos livros, como a Mula?
Depende do objetivo. Se quero um livro muito específico sem dúvida que prefiro a internet, é mais prático mais rápido e tantas vezes mais barato - porque impede que tropecemos num outro livro que não era o objetivo - mas se a ideia é procurar uma nova leitura: ver novos autores, novos livros, procurar ideias, sem dúvida que prefiro as livrarias físicas, porque a minha forma de escolher um novo livro é "simples" e sempre igual: pegar no livro, ver a capa e a contracapa, ler a sinopse, ler um excerto à sorte do livro e depois decidir. Na internet acaba por perder esse brilho porque vou ver opiniões e tantas vezes deixo-me levar pelo que os outros dizem em vez de tentar ter uma opinião diferente.
É incrível como modificamos a nossa maneira de ver as coisas e o mundo em geral.
Há uns anos não teria a menor dúvida em responder-vos hardcover - capa dura - porque sempre foram os meus favoritos, mas hoje em dia não. Não sei explicar porquê e o que mudou, mas tenho visivelmente preferência por livros de capa flexível, em papel, talvez por serem mais fáceis de ler em qualquer lado e serem mais leves. No entanto são mais propensos a estragar-se ao andarem na carteira.