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Desabafos da Mula

Desabafos do quotidiano, por vezes irritados, por vezes enfadonhos, mas sempre desabafos.

Desabafos da Mula

Do amor...

Hoje é um dia especial, casa-se uma pessoa muito importante para mim: a minha prima, que mais que uma prima é uma irmã para mim, apesar de viver longe, tão longe aqui da Mula. Por isso hoje não é só a noiva que está nervosa, a madrinha também, porque a madrinha - ou seja, eu - vai discursar sobre o amor....

 

E que sabe esta madrinha sobre o amor?... Ó tão pouco... Tão pouco...

 

 

Provavelmente quando vocês lerem este texto, eles já estarão casados e eu já estarei tranquila e parcialmente derretida devido às temperaturas elevadíssimas deste local nesta altura do ano, o que no fundo é bom, para ir destilando o álcool que vou bebendo, mas nada de somersby ou capirinhas, prometo, prefiro Gin cujas calorias desconheço e prefiro continuar a desconhecer porque olhos que não vêm, ancas que não sentem, não é verdade? E não serão também as ancas as responsáveis pelos amores dos outros? Vá, não entrarei por aí...

 

Ontem dizia-vos que o amor está acima de todas as coisas, brincando com as coisas a que o amor está acima, mas hoje digo-vos mesmo: que o amor está mesmo acima de todas as coisas, porque este dois que se casam hoje são o que eu chamo de um casal improvável e estão neste momento em total união de felicidade em que o filhote de ambos pode assistir.

 

Farei um discurso ensaiado mas sentido neste casório e pretendo falar ao coração das pessoas, porque a verdade é que casar é fácil, difícil é manter um casamento. Difícil é aguentar todas as provações e discussões que se interpõe tantas vezes entre o casal. Difícil é não querer desistir quando as dificuldades são mais que muitas. Não sou ninguém nesta vida para querer dar alguma espécie de lição ou conselho, mas fala-vos alguém que já passou por muito e que está junta há mais de 14 anos, por isso acho que posso dar algumas.... Dicas, digamos.

 

Às vezes perguntam-me se acredito no amor eterno, nos contos de fadas e eu não sei responder, porque acreditar num casamento para a vida - e esses conheço alguns - não significa que exista amor a vida toda. Mas gosto de acreditar que sim, que é possível amar a mesma pessoa a vida inteira sem cansar, sem aborrecer, sem desvanecer, mas também sou da opinião que se esse amor falhar não devem ser as convenções sociais a manter um casal junto, por isso o melhor voto que eu posso dar a alguém que se case é:

 

Que seja eterno enquanto durar, como dizia Vinicius de Moraes, e se tivermos a sorte que dure a vida inteira, felicidade a nossa!

 

Por isso sim, o amor deve mesmo estar acima de todas as coisas, de todas as convenções, de todas as ideias pré-construídas. E hoje eu brindo a eles, e brindo convosco ao amor!

 

Viva o amor!

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Desabafos do quotidiano, por vezes irritados, por vezes enfadonhos, mas sempre desabafos. Mais do que um blog, são pedaços de uma vida.