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Desabafos da Mula

Desabafos do quotidiano, por vezes irritados, por vezes enfadonhos, mas sempre desabafos.

Desabafos da Mula

Karma... Sobre o karma!

 

Eu devo ter um karma muito negro, demasiado negro. Só isso explica o facto de eu ficar sempre rodeada dos estranhos mais estranhos - passo a redundância - que podem existir num determinado espaço.

 

Então atentem.

 

Semana passada fui a um concerto. Até aqui tudo ótimo, fui ver uma vez mais o meu grande guilty pleasure e posso dizer-vos que o recinto, o Altice Fórum Braga, estava completamente à pinha, parece-me até que venderam demasiados bilhetes para o espaço que é - que não é muito grande. Uma multidão. Mesmo, a sério, estava mesmo uma multidão, sempre que me abanava ligeiramente tocava em quatro ou cinco pessoas. Ainda assim quem é que me calha mesmo ao lado? Um casal extra-mega-hiper-demasiado apaixonado! Acho muito bem que as pessoas se amem, se beijem, se abracem mas... Quem me conhece sabe que odeio demasiado mel em público, em casa, dentro das quatro paredes cada um que faça o que lhe aprouver, agora num recinto - a meu ver pequeno - apinhado de gente, a última coisa que eu quero ter é um casal ao lado que precisa do dobro do espaço porque se abraçam, se beijam, se amarram e fazem diretos constantes para Facebook. Para ajudar, ele pediu-a em casamento, ali mesmo no concerto apinhado de gente, onde provavelmente nem conseguiu ouvir a resposta da moça, e depois filmaram o anel e tudo o mais, em direto para o Facebook, num recinto apinhado de gente, não sei se já vos tinha dito! 

 

Oh Mula, não sejas assim, é tão romântico! Lamento, não é, ainda pra mais se eu vos disser que para além do recinto apinhado de gente, nós estávamos atrás do senhor que estava com o som e a filmar, ou seja, via-se... RUFEM TAMBORES!... 1/10 do palco - talvez até um pouco menos. Por isso, não é romântico pedir alguém em casamento num recinto sem espaço para tal e auto-filmar-se para o facebook filmando obrigatoriamente estranhos à volta. Digo desde já que se alguma vez for pedida em casamento nestas condições eu digo não e acaba ali logo a brincadeira. Uma coisa, é um num concerto, a moça - ou o moço, pois claro - ser chamada ao palco e a magia acontecer - é piroso, não gostaria de algo assim para mim, mas dentro do estilo de pirosice é algo aceitável - agora este género de pseudoromantismo alternativo é que não. Um redondo não.

 

Mas a coisa passou e eu fui à minha vida.

 

Entretanto... Recomeçou o meu curso de espanhol. Tinha tudo para correr bem, a turma passada era espetacular, a professora é incrível e tudo corria bem. Até que percebi que da minha antiga turma só vieram duas ou três pessoas - e nem são as pessoas com quem eu me dava melhor - e por sua vez vem um grupo praticamente novo de pessoas que se conhecem entre si. Mas até aqui, zero problemas que como sabem sou pessoa que se dá bem no seu canto sem ter que comunicar demasiado com pessoas estranhas. O problemas é quando ao segundo dia do curso um espécime estranho invade - literalmente - a aula. De boné na cabeça - não o tirou a aula toda! - e com ar alcoolizado, senta-se onde? Obviamente à minha frente! Sem me conhecer de algum lado, vira-se para trás, arranca-me as folhas das mãos e diz-me como se nos conhecêssemos desde a infância "Deixa-me copiar!" O que ele não sabia é que decidiu entrar a pés juntos com a pessoa errada e obviamente levou uma resposta suficientemente torta para pousar as folhas e virar-se para a frente num instante. Mas não posso negar que sou sensível as estas pessoas, e fiquei logo com o dia estragado. Numa turma com mais de 20 pessoas, vários lugares livres na sala e aquele espécime raro teve de se sentar à minha frente e começar a entrar logo a matar comigo.

 

Porquê gente boa da Mula? Que mal fiz eu para ter este karma estranho...?

 

É que depois vou para o ginásio e as coisas não melhoram...

 

Mas enfim! Por hoje é tudo não vá atrair mais azar aqui para o curral!

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Desabafos do quotidiano, por vezes irritados, por vezes enfadonhos, mas sempre desabafos. Mais do que um blog, são pedaços de uma vida.