Oito razões para nunca mais fazer manicura na Jean Louis David
Fui fazer a manicura à Jean Louis David, pela primeira e última vez. Não gostei nem um pouco.
Já tinha ido às boutiques da baixa e não gostei, agora fui ao cabeleireiro pseudo-chique e ainda pior. Efetivamente não dou para dondoca, não me dou em locais pseudo-chiques. Mas vamos por partes, que já vos explico porquê.
Recordam-se que adiei a minha manicura? Pois é, para além de ter esmurrado as unhas logo de seguida, também falhei a nova marcação por ter começado a trabalhar. Estava com as minhas unhas num verdadeiro horror. Imaginem, eu que costumo fazer de 3 em 3 semanas, na pior das hipóteses de 4 em 4, já estava há 6 semanas sem arranjar as ditas. Estava por isso com elas enormes - que não me dava jeito para fazer nada -, e todas esmurradas. Sorte a minha que estava com francesa e não se notava muito e acredito que à vista desarmada até parecessem estar bem. Só que não estavam nada bem.
Tentei marcar novamente com a minha manicura, mas ela não tinha vaga para quando eu podia. Eis que tive de meter os pés ao caminho e ir a outro local fazer. Como estou a trabalhar perto do Norteshopping, decidi ir à Nails4'Us arranjar, que já ouvi falar bem do serviço. No entanto, as meninas estavam ocupadas, eu estava com um pouco de pressa, e vi que a Jean Louis David também tinha serviço de unhas e lá fui eu.
Primeiro, o ar de enjoado das funcionárias tirou-me do sério, mas com isso eu já contava. Passei à frente, ultrapassei a coisa. Perguntei se era possível ser atendida naquele preciso momento e arranjaram-me uma manicura para me arranjar as unhas. E aqui começou o verdadeiro horror.
O lugar onde fazem as unhas é super desconfortável, o método é completamente arcaico. Cobram como se prestassem um serviço de excelência, quando na realidade prestam um serviço terrível e terrivelmente demorado. Se tivesse sido a minha primeira experiência com o gelinho, podem crer que nunca teria repetido o processo.
Para terem uma noção das diferenças, a "minha" Ana - a menina que mas enfeita - trabalha de frente para mim. Eu estou confortavelmente sentada com as mãos apoiadas numa mesa com uma almofadinha e ela está a trabalhar ali confortavelmente - quer para ela, quer para mim. Tem dois aparelhos de luz UV - um de cada lado, um para cada mão -, remove o gelinho com lixa elétrica, e o serviço demora entre 40 a 60 minutos, é algo relativamente rápido.
Ali na Jean Louis David não tinham nada disto, uma hora foi só para removerem o verniz das minhas unhas. Então, já já de seguida:
Oito razões para nunca mais fazer manicura na Jean Louis David:
Primeira: Implicou com o verniz gel que trazia colocado, e levaram-me mais pela remoção sem me avisarem dessa questão. "Ai que este verniz é tão espesso, não sei se vai sair, não sei se conseguimos tirar isto!" Então, mas se cobram 20€ por uma manicura não deveriam de ter material que se adaptasse a diferentes realidades? Não acho normal... A "minha" Ana cobra-me menos 10€ e tem um serviço de excelência.
Segunda: Não trabalham de frente para os clientes, não têm uma mesa de trabalho, trabalham naqueles banquinhos com rodas como antigamente havia nos cabeleireiros, e trabalhou ao meu lado, sem um local onde eu pudesse apoiar os braços. Já vos disse que a "minha" Ana tem uma mesa de trabalho? Pois já...
Terceira: Não têm lixa elétrica, removeram-me com algodão embebido numa espécie de acetona, colocaram-me pratas nas unhas, colocaram-me o aparelho de luz UV no colo (¿¿ WHAT ??), enfiei as duas mãos ali dentro - felizmente tenho mãos pequenas se não duvido que ali coubessem - e ali fiquei imenso tempo à espera. Depois lixaram-me as unhas manualmente, com uma lima de unhas e o processo é imensamente demorado. Já vos disse que a "minha" Ana, que é baratinha tem uma lixa elétrica e que me remove o verniz em 10/15 minutos? Pois, pois já...
Quarta: Como não têm uma mesa de trabalho, e como só têm um aparelho de luz UV, obrigava-me a cruzar os braços, a manter um no ar, e outro ali cruzado enfiado dentro do aparelho todo torto, enquanto ela pintava as unhas. Já vos disse que a "minha" Ana tem uma maquineta de cada lado para não me obrigar a fazer ginástica? Pois, pois já...
Quinta: Pena que só tenha visto em casa, que caso contrário teria reclamado, as unhas não estão propriamente direitas estão completamente mal limadas, irregulares e tortas... A "minha" Ana deixa-me sempre as unhas impecavelmente perfeitas.
Sexta: As lâmpadas UV queimavam-me e por várias vezes tive de tirar as unhas de lá do aparelho. Questionada a rapariga diz ser normal. Quando lhe explico que faço gelinho há 9 meses e tal nunca tinha acontecido, diz que as lâmpadas são diferentes mas para eu não me preocupar. Nunca a "minha" Ana me queimou ou magoou.
Sétima: A menina não posso dizer que fosse propriamente antipática, mas tinha uma falta de ética profissional que nem vos digo nem vos conto: "ai aposto que a sua manicura não usa este anti-bacteriano!" "ai aposto que a sua manicura não lhe limpa o gel" "ai aposto que a sua manicura isto e aquilo".
Oitava: Para além da falta de ética, tinha ainda falta de bom senso. Eu levava manicura francesa e ela atreveu-se a fazer o comentário de que não gostava nada de ver manicura francesa, que não achava nada bonito. Hmm... Atentar contra o bom gosto dos clientes não deveria de ser considerado crime? A "minha" Ana acreditem, nunca comentou as minhas opções, limita-se a pintar e não a opinar. Achei de tão mau tom...
Verdade, a "minha" Ana não me coloca um verniz pós fungos - felizmente não tenho esses problemas - e também é verdade que ela não passa um paninho após limpar o gel, mas a verdade é que a "minha" Ana sabe limar as unhas em condições, usa luvas e máscara - coisa que esta senhora desconhece - deixa-me confortável e deixa-me com as minhas unhas lindas perfeitas e maravilhosas. Esta rapariga só me deixou com as unhas arranjadas e felizmente dentro de 15 dias volto à "minha" Ana que me fez tanta falta!
E já agora, aqui têm o contacto para quem for desta zona e quiser experimentar. Porque se a Jean Louis David merece um puxão de orelhas pelo péssimo serviço, a "minha" Ana merece uma ovação em pé!