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Desabafos da Mula

Desabafos do quotidiano, por vezes irritados, por vezes enfadonhos, mas sempre desabafos.

Desabafos da Mula

Palavras... leva-as o vento!

 

Não temos nunca a noção da dimensão das palavras que escrevemos. Não sabemos o impacto positivo ou negativo ou a fluidez com que podem circular e chegar às pessoas. Se chegam muitas ou poucas, rápido ou lentamente. Se as escutam ou se as leem sem as ler, verdadeiramente. Não temos noção.

 

Não temos noção a quem chega e de quem verdadeiramente nos lê. Se somos sempre bem ou mal interpretados. Bem ou mal amados. Bem ou mal julgados. Não temos noção. Porque sabemos como partem, nunca como chegam.

 

Não sabemos nunca se chegamos às pessoas certas, ou por contrário se só chegamos às erradas, àquelas que nos vão distorcer a alma, levar-nos à confusão do que nós próprios escrevemos e pensamos. Há quem nos confunda. Há quem nasça com a arte de nos confundir e baralhar.

 

Não sabemos nunca a dimensão da nossa influência, da nossa capacidade de motivação ou por contrário, de desmotivação. Não sabemos nunca se uma palavra nossa vai ser lida apenas como a palavra que é, ou se vai gerar memórias e fazer eco, com repercussões de abalo, de auto-consumição.

 

Não sei nunca como as minhas palavras chegam até vocês: Se vos fazem sorrir, ou irritar. Se vos fazem sentir esperança ou desesperar. Não sabemos nunca. Quem escreve não sabe nunca. Porque sabemos como partem, mas nunca como chegam.

 

Palavras... Leva-as o vento!... Mas para onde e com que alcance?

 

Devemos por isso sentir o peso da responsabilidade de cada palavra que tornamos pública? Ou pela inevitabilidade simplesmente deixar fluir?

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Desabafos do quotidiano, por vezes irritados, por vezes enfadonhos, mas sempre desabafos. Mais do que um blog, são pedaços de uma vida.