Reencontrei por um mero acaso o facebook de uma antiga - muuuuito antiga - colega de escola, da escola primária, de quem nunca gostei e que tentou durante muito tempo transformar a minha curta vida, num inferno. Como era uma criança desenrascada nunca conseguiu, mas que me moía, moía!
Tínhamos 6 anos quando tudo isto começou... Não nos vemos desde os 10 anos e é incrível como não consigo deixar de sentir ódio e revolta quando penso naquela miúda intragável, mentirosa e má. É curioso como tantos anos se passaram e nada destes sentimentos se desvaneceram, ainda que as situações sim. Já nem me lembro propriamente como é que isto tudo aconteceu, e porquê, e lembro-me até que a história da miúda era realmente muito infeliz e que tinha até, no fundo, razões para assim ser... No entanto, vejo isto como uma espécie de bloqueio. E é estúpido, quase 20 anos se passaram deste então, provavelmente a miúda mudou, até pode ser boa pessoa, até porque o que somos em crianças não prediz propriamente o que somos em adultos...
Mas não consigo olhar para ela e sentir o que sinto como muitas outras figuras da minha infância: saudades e com vontade de um reencontro. Consigo ainda sentir o ódio que sentia há 20 anos atrás.
E vocês? Também têm sentimentos negativos por alguém sem sentido?
Após 9 dias de trabalho sem folgas, estava mesmo, mesmo, mesmo a apetecer-me ficar em casa afundada no sofá com a minha televisão, a minha manta e as minhas almofadas. No entanto ontem foi dia de patuscada com os amigos. Estava marcado para este dia por ser a minha folga e não tive como escapar. O meu corpo não queria estar presente, tanto que cheguei com umas dores de cabeça como há muito já não tinha e a primeira coisa que comi quando lá cheguei foi... Pois claro, dois paracetamol para aperitivo.
Mas a verdade é que estava mesmo a precisar disto. Já não me lembrava de me rir tanto, cheguei a casa cheia de dores nas bochechas de tanto rir - e de um beijo bruto na hora da despedida - e com músculos na barriga. Sim, estava mesmo a precisar disto.
Às vezes o que queremos não é compatível com o que precisamos realmente, e por isso é bom contrariar a preguiça e o cansaço porque há outras formas de descomprimir. E... comer carne até rebentar com os amigos à medida que se bebe sangrias umas atrás das outras é uma forma tão legítima para descontrair como qualquer outra.
Por isso devemos sempre que possível contrariar os nossos instintos preguiçosos e estarmos com quem gostamos, que só isso nos vai ser capaz de pôr a chorar... de tanto rir. Felizmente contrariei e passei uma tarde em grande.
Eu não sabia, mas sim, estava mesmo a precisar disto.
E um grande maluco ainda queria space cakes... Como se a malta já não fosse suficientemente chanfrada com sangria e cervejas à descrição...! Nós somos realmente chanfrados, e por isso é que somos tão fantásticos!
Estou cansada... e com falta de inspiração, mas apetece-me falar novamente sobre o facebook, está bem? Tenham lá paciência... Assim que me for possível eu relato-vos tim-tim por tim-tim a viagem a Londres! É isso que querem não é? Tudo a seu tempo... tudo a seu tempo...
Falei-vos à pouco tempo que o perfil da Desabafos da Mula está a ganhar amigos a uma velocidade estranha, recordam-se? Ganhasse eu um euro por cada pessoa que até então me tem adicionado por lá, que estava rica. Pois bem, eu nesse perfil adiciono todos os que me fazem pedido, até porque o perfil não é meu, é do blog, ainda que exista uma página para o efeito.
No entanto, se estivermos a falar do meu perfil pessoal, o caso muda, e muito, de figura. Por isso, quando me fazem - em certo modo - a questão "vamos ser amigos no facebook?" a minha resposta é:
Se não nos conhecemos de lado nenhum, e não somos efectivamente amigos, a minha resposta é: NÃO!
Poderia dar mil e um motivos para não adicionar pessoas que não conheço, mas creio que, e para não me cansar, um basta: se não somos amigos, se não nos conhecemos, vou adicionar no facebook alguém, por alma de quem? Pela minha não será de certeza!
A verdade é que a última coisa que quero é partilhar a minha vida, e as minhas fotografias com um bando de desconhecidos! Simplesmente não me faz sentido. O mesmo se aplica aos amigos de amigos. Ora, não é porque me cumprimentaram na rua uma vez, por estar com um amigo em comum, que eu vou a correr fazer o convite para ser amiga no facebook - a não ser que esteja solteira e o gajo seja mesmo muito giro - da mesma forma como não vou aceitar se o fizerem.
Não entendo o objectivo de ter milhões de pseudoamigos; de adicionar pessoas cuja identidade se desconhece, e que na maioria das vezes nem se quer conhecer. Se for para o engate, eu entendo - não correspondo, mas entendo -, há um objectivo, há uma intenção. Quando nem para isso é - e na grande maioria das vezes não o é - então não consigo entender. Juro que não consigo entender. Ganham 1 cêntimo por cada pessoa que adicionam? Morre menos uma pessoa no mundo por cada amigo que ganhem? Alguém que me esclareça, a ideia de ter mil e três amigos no facebook, quando depois na vida real, têm apenas dois ou três que visitam uma a duas vezes por ano? O que é que pretendem?
Da minha parte só gostava que entendessem uma coisa: Se eu quiser conhecer pessoas novas, há locais e sites específicos para esse efeito.
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Assim que me seja possível colocarei todos os comentários em dia, sim?