Podia ser uma normal Follow Friday, mas não é. A nossa Just_Smile vai casar!
Dizem que no mundo virtual é só loucos e pessoas cobardes que se escondem atrás de um computador para dizerem tudo aquilo que pensam, mas o que eu encontrei aqui foi algo muito diferente disso. Quando decidi criar o meu blog estava longe de imaginar que as pessoas iriam simplesmente saltar do ecrã para a vida real. Estava longe de imaginar que iria encontrar pessoas tão incríveis e tão bondosas como a nossa Just, que é mais que uma blogger, é uma amiga, uma lutadora, uma pessoa com um coração enorme!
Não, isto não são só blogs. Já demos várias provas aqui e ali que isto aqui não são só blogs e por isso uma vez mais os pássaros se juntam para prestar homenagem a uma das meninas mais queridas e simpáticas da blogosfera.
Sim a nossa Just_Smile à hora desta publicação deve estar a dizer o sim! Bolas já não vou a tempo de lhe dizer que ainda vai a termpo de fugir! Mas sabem que mais? Nunca lhe diria tal coisa, já tive o prazer de o conhecer a Ele e de os ver juntos e posso garantir-vos que são um casal incrível com muito amor e companheirismo. Que mais se pode desejar num casamento?
Cá a Mula só vos pode desejar mesmo muita felicidade!
Minha querida Just, bem sei que querias um casamento pequeno e uma cerimónia informal, mas a esta hora já deverás ter percebido que por mais pessoas que estejam à vossa volta quando há amor como o vosso, vocês só se vêm um ao outro e é o que verdadeiramente importa!
E já se passaram dois anos desde que corri para o altar - há quem diga que eu estava com medo que o noivo fugisse - e disse o sim perante uma conservadora estranha - nem vos conto, a mulher era mesmo estranha. Os casamentos pelo civil são tão românticos - #sóquenão!
Digo sem qualquer tipo de dúvida ou reserva: Foi mesmo o dia mais feliz da minha vida! Nem tudo foi perfeito, mas foi tudo perfeito na altura que é o que importa. Foi o meu momento conto de fadas... Senti-me uma verdadeira princesa!
Hoje, dois anos depois, encontro alguns defeitos. Olhando para as fotografias há algumas coisas que gostaria que tivessem sido diferentes. Gostaria de ter aproveitado mais - sinto que aproveitei tão pouco... - de ter saboreado todos os momentos de modo mais lento. Gostava de ter caminhado para o altar devagar e de estar mais calma.
Olhando para as fotografias não há dúvidas: Gostaria de ter estado mais magra, teria sido uma noiva mais bonita se não estivesse 15kg acima do peso suposto - perdi 7 kg na altura, mas não foram suficientes! - e teria sido uma noiva mais bonita com uma maquilhagem mais suave, talvez até sem batom - que agora considero não ter sido a melhor escolha -e quiçá com um vestido mais tapado. Olhando para as fotografias encontro alguns defeitos no geral, mas vendo as fotografias, também não há dúvidas:Eu fui uma das noivas mais felizes que já vi. Quem viu o álbum não encontra uma única em que eu não me esteja a rir, mas a rir com vontade, com sinceridade, com uma felicidade impossível de conter.
Por isso concluo: Não foi perfeito, mas foi perfeito para mim!
Se ganhar o euromilhões volto a casar - ainda posso casar pela igreja! - só para ter o prazer de reviver tudo uma vez mais e aproveitar o triplo ou o quádruplo.
Mas na realidade sabem por que é que se me saísse o euromihões eu voltava a casar? É que com ele, se eu pudesse, casava-me todos os dias!
Por isso, e só para finalizar, um conselho a quem esteja prestes a casar: ignorem os percalços e vivam o vosso dia porque no final só o que foi fantástico vos ficará na memória! Sejam felizes!
Como sabem, ou devem de saber, casei-me, e felizmente correu tudo bem. Por isso, do alto da minha sabedoria e experiência, venho partilhar algumas dicas para quem, tal como eu tive, tem um orçamento limitado e deseja, ainda assim realizar este sonho, deste dia especial.
Pode ser complicado, para quem sempre possuiu este sonho, limitar-se ao essencial, e é muito fácil extravasar e ultrapassar o orçamento estipulado. Do vestido ao espaço onde é realizado, vários são os extras que nos são apresentados que deixam noivos e noivas baralhados, e com dúvidas se irão conseguir fazer a escolha acertada. No entanto, e antes de mais, quero dizer-vos que quer o casamento seja desejado pelos dois, quer seja só por um - pelo noivo ou pela noiva - que todas as decisões devem sempre passar pelos dois. Só assim se pode começar a vida a dois com o pé direito.
Vamos então a 10 dicas para a preparação de um casamento Low Cost.
Tenho descoberto com o tempo, que sou uma ave rara e que o meu casamento é esquisito... Choquem-se por favor: Eu tenho conta conjunta com o Mulo, e não dividimos as despesas quando vamos jantar fora, até porque apesar de existirem dois cartões, a fonte é só e apenas uma. Já viram que estranho? Casei-me e perdi a minha individualidade bancária! O meu eu, foi aglutinado pelo nós, da conta conjunta. E assim... sou olhada de lado, por aqueles selvagens que lutam com os companheiros e companheiras, que lutam pelo pagamento do café, da conta do restaurante e das compras no supermercado.
"Olha, fui eu que paguei as compras no supermercado hoje, ficou em 100€, deves-me por isso 50€, mas como da última vez que jantamos fora foste tu que pagaste, deves-me só 25€." ouvi eu atónita de um amigo que falava animadamente com a sua namorada. Para mim a conversa era estranha, mas não causou qualquer estranheza no grupo de amigos restantes que têm uma vida devassa bancária da mesma forma.
Consigo compreender a divisão das despesas, as contas separadas, de um casal de namorados, que tenham as suas despesas individuais, porque não moram juntos... mas juro que não entendo um casal que more junto, viver separado bancariamente e lutarem pelas despesas como se fossem cães. Afinal o que é um casamento? O que é uma união? Serve para quê? Servirá apenas para se aquecerem os pés à noite no inverno? É que para fazerem sexo, não precisam de viver juntos... entenda-se isto. Para mim, um casamento é muito mais do que perguntar "como correu o dia, hoje?" e muito mais do que duas pessoas a viverem na mesma casa, com despesas conjuntas.
No entanto, preciso de admitir ter algumas recaídas ao meu eu bancário, e às vezes fico chateada quando ele me "rouba" moedas da carteira, que sinto como minhas, frutos de trocos que foram dirigidos à minhas pessoa, enquanto Mula e não enquanto casal, e também ele tem recaídas ao seu eu bancário, quando sou eu que lhe "roubo" moedas da carteira para o pequeno almoço, que ele também sente como dele... e que também ele recebeu enquanto pessoa individual. A verdade é que a nossa vida bancária leva algumas facadinhas e não conseguimos evitar sentir a nossa individualidade bancária pelas moedinhas escassas que param na nossa carteira e que nos permite dizer "vá, hoje pago eu o café", no entanto, porque não queremos prejudicar a felicidade que a conta conjunta provoca, rapidamente perdemos esta individualidade.
Mas se calhar é isso, se calhar eu é que sou estranha. Claro que... ter conta conjunta também tem o seu quê de negativo... quando quero comprar prendas para o Mulo, seja porque faz anos, seja porque é Natal, ando meses antes a fazer pequenos levantamentos para ter o valor necessário na altura sem que ele saiba quanto gastei na prenda.
A verdade é que não consigo imaginar um casamento de outra maneira.
Antigamente a vida das pessoas era mais rotineira e fiel - fiel no sentido de não mudar com frequência. Ou seja, as pessoas nasciam, iam para a escola meia dúzia de anos - alguns nem tanto - escolhiam uma profissão e ficavam nessa profissão até morrer - ou até sofrerem um acidente e ficarem incapacitados. Casavam, e o casamento era para a vida toda. Antigamente não existiam os divórcios fáceis como existe actualmente, e divorciar não era uma coisa normal, era uma vergonha.
Agora pensemos nos electrodomésticos. Antigamente, eram electrodomésticos para a vida. Nunca ouvi a minha avó dizer que tinha o frigorífico avariado, que precisava de comprar outro fogão. Mesmo a minha mãe, tem batedeiras do tempo que eu nasci, o frigorífico é o mesmo desde que me lembro, e tem uma máquina de sumos do tempo em que a fruta não era tão bonita e tão prefeita mas era mais saborosa. A verdade é que, juntei-me à 7 anos, e já mudei de micro-ondas, tenho de comprar um outro aspirador, já queimei uma batedeira e uma varinha mágica e estou a precisar de comprar um frigorífico que não me congele os ovos e os iogurtes.
Olhando para estas duas questões: casamentos e durabilidade dos electrodomésticos, parecem duas questões bastante distintas, mas eu acredito mesmo que antigamente os electrodomésticos eram mais duráveis, porque a pessoa iria ficar naquela casa com aqueles electrodomésticos e com a pessoa que escolheu viver, para sempre. Hoje em dia, não prestam para nada, mas as empresas têm esperança que ninguém perceba, porque o mais certo é a pessoa divorciar-se e precisar de comprar outro mais cedo ou mais tarde...
Como saberão, no sábado, fui uma das muitas pessoas que foi a um casamento. Digo "das muitas pessoas", porque pelo que vejo no facebook, mais de metade da população portuguesa, foi a um casamento neste sábado. Vá se lá entender o motivo.
Assim muito resumidamente, foi um casamento lindo, a noiva e o noivo estavam lindos e muito felizes e a comida também não estava nada má. No entanto, como todos saberão certamente, nem só do copo-de-água e dos noivos se fazem os casamentos... de que é que estou a a falar? Sentem-se confortáveis que vai começar o momento maldizer do dia.
Nestes dois últimos anos, fui a quatro casamentos, e acontecem sempre coisas fantásticas, contra mim falando, atenção. Vamos lá colocar os pontinhos por tópicos para ser mais fácil e organizado, que eu gosto do curral bem arrumadinho.
1. O meu cabelo e maquilhagem estão perfeitos em casa, mas só em casa.
Ou não ficassem os casamentos a 3 horas de distância da minha humilde residência. Três dos quatro casamentos que fui, ficaram, em Lisboa, perto de Lisboa e para os lados de Lisboa. Lembrem-me por favor de não voltar a aceitar ir a um casamento tão longe. Neste último, para não ser excepção, voltei a ficar toda amarrotada, despenteada, e suada...
2. Há nenúfares que andam.
Constatei esta situação em todos os casamentos que fui, todos, sem excepção. Há efectivamente pessoas que se vestem de modo a parecerem autênticos nenúfares. A verdade é que nem toda a gente fica bem com "lindos" vestidos gigantes, pomposos e com cores vibrantes. Eu não fico, por exemplo! E acredito que às vezes as pessoas não vestem o que lhes fica bem, mas o que acham que gostariam de vestir... e depois o resultado é esse mesmo: nenúfares andantes. Por isso é que, e digam o que disserem, um lindo "little black dress" "fica sempre bem e nunca atraiçoa ninguém".
3. Chorões...
Eu compreendo quando um pai, uma mãe, e até ambos, chorem quando o casamento dos filhos simboliza a saída de casa dos pais. Mas neste caso, os noivos já moram há alguns anos juntos, por isso não consigo compreender a choradeira... alguém sabe? Os restantes pais dos noivos, estão perdoados, sim?
4. Mesas grandes e pessoas que não conhecemos de lado algum.
Tem sido habitual ficar em mesas com pessoas cuja existência desconhecia, até então, e há sempre quem se sinta obrigado a fazer conversa... tipo inclusão social... 'Bora lá falar então... mas nunca sai nada de jeito, perdoem-me! E depois como fico sempre em mesas grandes, conversar não será o termo mais correcto, porque com a música, "falar" apenas, não é audível.
5. Troca de sapatos.
Tão comum como existir camarão espalhado por todos os pratos. Já fiz parte deste rol, por isso aceito umas chibatadas. Mas hoje em dia, não consigo compreender. Porque se ficamos bem de sapatos rasos, o resto da noite, porque não ir de sapatos rasos sempre? Depois ainda há aquelas que insistem que aguentam os saltos a noite toda, mas acabam descalças. Eu este ano, portei-me bem, fui de salto alto, como vos tinha dito, e aguentei os saltos a noite toda, sem grande álcool - apenas um bocadinho, confesso. Mas já fui a casamentos de sabrinas, do princípio ao fim, e ninguém morreu, 'tá?
6. Não temos fome, mas é como se tivéssemos.
Há uma altura, que ninguém tem fome - nem existiria possibilidade de terem - mas no entanto, porque há comida em todo o lado, e se vê toda a gente a comer, come-se também. E a prova de que não estamos com fome é a confusão que acontece na nossa cabeça: ora comemos doces, ora comemos salgados, ora damos uma dentada na salada de polvo deliciosa, ora vamos a correr buscar mousse de chocolate, ora voltamos à mesa dos salgados e tiramos um pouco de leitão, ora voltamos aos doces para um bocadinho de semi-frio. Se tivéssemos fome, fome, realmente fome, iríamos inequivocamente comer salgados, mas não... nós não sabemos o que queremos comer, e muito menos se queremos efectivamente comer, mas o cérebro vê imensas coisas boas...
7. Só custa o primeiro passo.
É normal ouvir-se "oh, eu não danço", mas só e apenas até ao primeiro copo de vinho. Depois disso, dança, faz piruetas e até o comboinho típico dos casamentos.
8. Pedido de casamento, em casamentos.
Vejo constantemente apelos para que não o façam... mas parece que ainda acontece. E neste último que fui, aconteceu. Na altura de lançar o bouquet, a noiva entrega o bouquet à futura noiva, e o namorado pede-a em casamento. Atenção, achei o pedido muito bonito e coiso e tal, mas alguém que se livre de me tirar o protagonismo no dia do meu casamento. Há formas tão lindas de fazer pedidos... qual é a ideia de tirar o protagonismo dos noivos nesse dia? É que não se esqueçam que pagam balúrdios para serem o centro das atenções... sério, pensem nisso!
9. É tudo uma cambada de voyeurs...
O pessoal passa a vida a mandar os noivos beijarem-se... houve alturas em que temi que com tanto beijo fossem começar a pinar em cima da mesa entre o prato de peixe e de carne.
10. É de comer, ou é decoração?
Há quem faça verdadeiras obras de arte com a comida, essencialmente com a fruta, e às vezes fico com o receio de estar a destruir a decoração, quando desfaço um ganso, quando tiro uvas de copos de cocktail gigantes, ... Já vos aconteceu sentirem-se assim?
Entretanto, deixem-me só dizer-vos umas coisinhas, apenas relativamente a este casamento:
- Comi o bolo de noiva, mais delicioso de sempre!
- Não há gin mais delicioso que o meu.
- Os fotógrafos às vezes são mais opacos que transparentes... senti-me observada, sim?