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Desabafos da Mula

Desabafos do quotidiano, por vezes irritados, por vezes enfadonhos, mas sempre desabafos.

Desabafos da Mula

5 Dicas para não faltarem ao ginásio

Não sou, claramente, nenhuma expertise nem a pessoa ideal para vos falar sobre este tema. Logo eu que sou Mula preguiçosa e que já fui a cliente ideal dos ginásios: daquelas que pagam certinho mas que nunca ocupam espaço. No entanto, tenho de admitir que existem dicas que minimizam as faltas. E a verdade é que eu tenho ido certinha nestes dois meses de inscrição e acima de tudo: continuo motivadíssima.

 

Por isso, falo-vos do que resulta comigo, é que a Mula continua gorda, mas a Mula vai ao ginásio quase tão certinho como um relógio suíço.

 

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1. Ter sempre o saco pronto e de preferência na mala do carro. 

(imagem retirada daqui)

 

Já me aconteceu faltar ao ginásio pela preguiça de ter de preparar o saco. Parece parvoíce, porque a ida ao ginásio vai cansar muito mais do que preparar o dito, mas a verdade é que isso já aconteceu mais vezes do que me orgulho. Por isso tenho o hábito atual de ter sempre o saco preparado. Ou seja, vou ao ginásio, chego a casa, ponho a roupa a lavar e de seguida faço logo o saco para a próxima vez.

 

Mesmo quando pode não existir tempo para ir ao ginásio gosto de ter o saco sempre no carro, para quem vai de carro claro, porque já aconteceu ir num dia em que não estava previsto. Claro que se não estiver no carro mas estiver prontinho, é só ir a casa pegar e sair, mas ainda assim o facto de ter de se regressar a casa poderá ser motivo para: "ai afinal vou ficar aqui no sofá!" A minha experiência diz-me que devemos evitar, sempre que possível, ir a casa antes de irmos ao ginásio. A menos que seja um dia que estejamos em casa, pois claro.

 

 

2. Ter o mp3 recheado com as nossas músicas mexidas favoritas.

(imagem retirada daqui)

 

Eu Mula me confesso, quando me esqueço do mp3, ou o bicho está descarregado, os meus treinos são horríveis e isso nem me motiva a ir. Eu para treinar em condições tenho de me abstrair do que está à volta e por isso preciso de música animada aos berros nos meus ouvidos. Por isso se calho de não ter mp3 para treinar sei perfeitamente que quase mais valia nem ir ao ginásio. Os treinos vão ser rápidos, sem vigor, e sem qualquer tipo de motivação. O barulho das máquinas, o barulho das pessoas a queixarem-se ou a gemerem são mais que motivos para eu querer sair dali rapidamente. Por vezes quando fico sem mp3 uso o telemóvel com a fita de braço, mas acho, sinceramente acho, desconfortável e a verdade é que a música que tenho no telemóvel não é a melhor para treinar. Por isso não levem qualquer música. Levem música que vos deixem animados e com energia.

 

 

3. Arranjar uma boa companhia para os treinos.

(imagem retirada daqui)

 

É mais fácil arranjarmos desculpas para faltarmos aos treinos se não tivermos ninguém à nossa espera. Eu não tenho ninguém que me acompanhe, mas já tive, e sei bem reconhecer a diferença. Quando tinha uma companheira de treinos até acordava cedo para ir às primeiras aulas da manhã. Agora isso já não acontece. Felizmente, por vezes, tenho alguma companhia para alguns eventos que de outra forma não iria. Fui há duas semanas a um evento de Fit Brasil com umas colegas de trabalho, e fui no fim-de-semana passado a um dia aberto no ginásio de uma amiga. Treinar acompanhado é muito diferente, muito mais motivador e muito mais divertido. Claro que, quem tiver possibilidades financeiras pode sempre contratar um personal trainer que certamente fará o mesmo efeito. Eu não tenho.

 

 

4. Encontrar um ginásio perto de casa, ou perto do local de trabalho e estabelecer a altura dos treinos.

(imagem retirada daqui

 

Parece lógico, mas creio que nem sempre o é. Não é só importante a localização do ginásio, mas escolhermos a sua localização mediante os treinos que pretendemos fazer. Quem nunca escolheu um ginásio perto do local de trabalho na tentativa vã de ir na hora do almoço mas que depois percebeu que afinal não tem tempo suficiente, e depois quer ir para casa e o ginásio fica demasiado longe? E quem nunca escolheu um ginásio perto de casa e depois querendo ir à hora de almoço verificou não ser viável porque ficava demasiado longe? E quem nunca - aqui está claramente a Mula - escolheu um ginásio que nem era perto do trabalho nem perto de casa só porque era mais barato e que depois ficava claramente fora de caminho e tornou-se mais caro porque primeiro pagava e não ia, e segundo, quando ia gastava mais em transportes e/ou combustível? Devemos por isso antes de escolhermos o ginásio respondermos a algumas questões: Quando é que queremos treinar? Como é que queremos treinar? Vamos fazer aulas ou só máquinas? Quanto é que estou diposto a pagar?

 

 

5. Ter um plano adequado.

(imagem retirada daqui)

 

Odeiam correr mas o plano está feito para correr uma hora na passadeira? Claro que só de pensarem em ir ao ginásio que se vos arrepiam os pelos da nuca! Eu recuso-me a fazer coisas que não gosto, porque sei que há alternativas. Eu por exemplo no meu atual plano tinha um exercício que eu não gosto mesmo - que é subir para a caixa - e ainda fiz algumas vezes na tentativa de poder vir a gostar. Não, aquele exercício não era para mim e fazia-o totalmente contrariada por isso falei com quem de direito e optamos por um outro exercício, numa máquina, que eu gosto. Caixa é que não! Por isso se não gostarem de correr, quiçá preferiam a bicicleta ou vice versa. Se não gostam de uma certa máquina, certamente poderão exercitar-se com outra. Se não gostam de máquinas, quiçá sejam mais felizes com aulas. O que importa é mexerem-se e encontrarem um ponto de equilibrio entre o que gostam de fazer e o que têm de fazer.

 

E aqui a Mula ainda tem um incentivo extra: É que no dia que vou ao ginásio não tenho de cozinhar! 

 

 

E são estas as dicas que não sendo nada de especial resultam comigo. E vocês, que dicas têm para mim?

 

Dicas para quem quer ir viver com o namorado - Parte II

Pensaram, repensaram e chegaram ao veredicto final. Já decidiram como vão gerir as contas, já escolheram casa e até já falaram sobre o futuro da relação. Está decido: Vão viver juntos.

 

Antes de mais, parabéns pela decisão, e as maiores felicidades. Se já falaram sobre o que vos atormenta, sobre o que esperam da relação, sobre o vosso futuro, demonstram já uma grande maturidade e isso será muito importante no próximo passo. Vamos lá então a algumas dicas para vos ajudar neste grande passo.

 

 

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2. Dicas para viverem em união sem percalços.

Já empacotaram tudo, escolheram o vosso ninho do amor, e está na hora de começarem a esforçar-se para que mantenham a vossa relação e a vossa casa nos trincos. É preciso preparar refeições, é preciso cuidar da roupa, e com as despesas da mudança e com os preços pelas horas da morte, não há dinheiro para contratarem alguém que vos ajude. Assim dou-vos alento, é possível, com esforço, algum gosto e alguma dedicação, fazerem tudo sozinhos, apesar dos horários marados lá do trabalho.

 

2.1. Cuidados com a casa

Aprendam a cozinhar as vossas próprias refeições - transição do congelado para o fresco

Vocês não sabem cozinhar e não têm dinheiro para irem todos os dias ao take away. Não desesperem, há solução. O ideal, por ser mais saudável, é que vocês façam sempre de raíz as vossas refeições, mas deem tempo ao tempo. Podem comprar algumas refeições congeladas e com tempo irem substituindo por coisas vossas. Por exemplo, em vez de comprarem sopa já feita, porque não começarem a comprar aqueles legumes já preparados, cortados e lavados para fazerem vocês a sopa? Esses saquinhos ajudava-nos a perceber a quantidade necessária de cada coisa e com tempo podem começar vocês a fazer a vossa sopa. Se não são grande coisa na cozinha não inventem muito, fiquem-se por coisas simples.

 

Por exemplo, quando fomos viver juntos o meu arroz era intragável, não era de todo comestível, mas eu fui insistindo. Ora ficava extremamente salgado, ora ficava insosso. Então o que é que eu fiz? Por dica da mãe, comecei a usar meio caldo de knorr para arroz, para cada copo de arroz - que dava para 2 ou 3 pessoas - e com isso o que é que eu percebi? A que devia saber o arroz bem temperado, a que devia cheirar o arroz bem temperado, e aos poucos fui substituindo os caldos por sal e por outros temperos. Aos pouquinhos, pé ante pé. E há na internet muitas coisas simples que vocês podem fazer, e podem sempre recorrer a ingredientes que não precisem de temperos, como o bacon que já é naturalmente salgado, salsichas, atum, ... e com o tempo vão evoluindo.

 

Atenção às contas

O ideal, e se chegarem a um consenso, é, terem tudo em débito direto, e na impossibilidade de criar débito direto nalgum serviço será ser sempre a mesma pessoa a pagar as contas, se não pode originar que a pessoa A ache que a pessoa B já pagou, mas a pessoa B pensar que a pessoa A pagou e depois olhem, quando vão a ver cortam-vos a água, a luz e regridem alguns séculos.

 

Cuidar da roupa - esticar, esticar, esticar para não passar

Cuidar da roupa é um dos grandes problemas de toda a gente, é comum, não se gosta de passar a ferro. No entanto, saibam de ante-mão que nem toda a roupa precisa de ferro, é preciso algum cuidado na hora de tratar dela. Então aqui ficam algumas dicas. Estabeleçam rotinas para não se esquecerem da roupa, como por exemplo: colocarem a roupa sempre a lavar num dia específico, assim criam a rotina e às segundas ferias, por exemplo, já sabem, é dia de pôr a roupa a lavar. Cuidado para não encherem a máquina em exagero, usem amaciador e lavem em água mais fria possível. Estes cuidados ajudam a que a roupa não saia tão encorrilhada e na hora de a usar, ou dar um jeito com o ferro, é mais fácil. Outro truque é na hora de estender. Sacudam bem a roupa estiquem-na bem e estendam-na direita. Essencialmente nas toalhas, nos panos e nos lençóis, verão que ficarão direitinhos para guardar de seguida. Se tiverem mesmo alguma peça para passar, existem nos supermercados uns borrifadores que ajudam a alisar a peça depois com o ferro.

 

Decidam em conjunto

Seja as compras do mês, seja a compra de uma tela ou de um adorno. Não tomem a vossa casa, como apenas vossa, porque é dos dois e não podem fazer na casa dos dois o que fariam na vossa casa só, se o outro não concordar, porque se forem ditadores da decoração, das compras, do que seja, então vivam sozinhos.

 

Uma ajuda que vos poderei dar na questão das compras é que estabeleçam o que precisam antes de comprarem. Por exemplo, vão ao supermercado "ah que giro, os tomates estão em promoção!" e compram tomates. E vão fazer o quê com esses tomates? Acabam por não fazer nada com eles e eles ficam a apodrecer no frigorífico sem motivo. Planeiem em conjunto o que querem comer ao longo da semana, e percebam o que precisam ou não de comprar para não se perderem no orçamento.

 

 

2.2 Cuidados com a vossa relação

Uma das primeiras coisas que vocês vão perceber logo no primeiro mês a morar juntos, é que possivelmente tinham mais tempo de qualidade para passarem mais tempo juntos, quando viviam cada um na sua casa. É preciso encontrar momentos, é preciso criar esses momentos para estarem juntos, quando antigamente bastava passarem na casa um do outro, apitarem no vosso carrão e o outro vinha logo todo aceso e empolgado para irem passar uns momentos bons até à praia ou até ao bar. O que acontece, é que quando eram solteiros e as vossas mães vos faziam tudo, vocês chegavam a casa do trabalho sentavam-se e comiam descansadamente. Agora, vocês chegam cansados do trabalho e ainda têm de preparar o jantar, arrumar a loiça, colocar alguma roupa a lavar e ainda, quiçá, ter de passar a ferro. No meio disto, e porque percalços acontecem, ainda vão ficar chateados com o outro porque chegou mais cedo e não ligou o forno, ou porque deixou uma toalha no meio do caminho. Encontrem formas de namorarem, sejam imaginativos, porque quanto mais tempo passar e vocês não cuidarem da vossa relação, pior.

 

Não tem de haver sempre forrobodó - parte I - respeitem o espaço do outro.

Falando com algumas amigas, cheguei à conclusão que antes de se ir viver junto, há aquela ilusão de que o casal vai andar sempre feliz, sempre interessado, sempre com as hormonas aos saltos e sempre com vontade. Pode acontecer, parabéns se és assim e se o teu companheiro ou a tua companheira assim são. Parabéns, vocês não são normais. É normal que a passar mais tempo juntos, a verem-se o tempo todo, a fazerem as refeições - ou parte delas - sempre juntos, que os vossos desejos resfriem um pouco. A verdade é que ver o namorado ou a namorada com aquele dedo grande a sair da meia não é sexy, nem acordar e ver o outro todo desgrenhado e com um hálito de morrer, não é sexy, e todas essas situações pode por vezes refrear as relações. Mas é importante, acima de tudo, que se compreenda que não tem de haver forrobodó todos os dias se assim não for desejado, porque apesar de morarem juntos, é muito importante que passem tempo de qualidade sozinhos, ou simplesmente a conversar. Respeitem a vontade do outro sem fazerem a típica cena do "oh! Já não gostas de mim!".

 

Ainda no que toca ao respeito pelo outro, é importante que confiem no outro, por isso não andem a bisbilhotar os armários, os casacos, as calças, as carteiras. O espaço do outro existe, respeitem.

 

Não tem de haver sempre forrobodó - parte II - cultivem o vosso espaço pessoal

E se vocês dão espaço ao outro, exigam esse espaço para vocês também. Não se colem e se abracem o tempo todo, vocês precisam de tempo só para vocês. Leiam um livro sozinhos no quarto, relaxem na banheira em silêncio durante uma hora, coloquem uns phones e ouçam uma música só vossa. É importante que percebam que apesar de serem um casal que precisam de tempo sozinhos para que não se percam no "nós", é importante que o "eu" se mantenha sempre, se não um dia a relação cai e vocês estatelam-se na cave e nunca mais de lá se levantam. O bem estar da vossa relação depende do vosso bem estar individual, nunca se esqueçam disso. Aqui há um ponto muito importante: O Silêncio! Aprendam a estar em silêncio. Viver junto não é ter coisas para dizer 24 horas por dia, 7 dias por semana.

 

Aprender a ver os outros com defeitos

É na vivência diária que nos mostramos mais e conhecemos melhor os outros. Podemos até namorar muitos anos antes viver juntos, mas é naquela convivência diária que vemos o outro na sua plenitude e temos que ter consciência que nem sempre são assim tão agradáveis, e por isso é preciso ter em atenção para que os defeitos não minem a relação. Falem sobre eles.

 

Ele suja o lavatório todo de pêlos quando faz a barba e há pêlos em toda a casa de banho? Falem sobre isso. Ela anda de pijama o dia todo nas folgas e isso desagrada? Falem sobre isso. Ele passa muito tempo a jogar playstation ou a ver futebol enquanto ela passa demasiado tempo na casa de banho impedindo que outras pessoas lá vão e ficam chateados? Falem sobre isso. É a falar que a gente se entende e quanto mais tarde esperarem para falar, mais esse comportamento fica enraizado. Temos no entanto que ter consciência que é a viver juntos que mais defeitos irão surgir, não vejam o outro como um ser perfeito e imaculado, não é bom presságio..

 

Falem, falem muito

Esqueçam os filmes, viver juntos não é fácil, por alguma razão o número de divórcios cada vez mais aumenta, mas o ponto crucial para o sucesso da relação é a comunicação. Estão os dois em pé de igualdade. Os medos de um, são certamente os medos do outro por isso não se sintam mal por estarem inseguros por não saberem muito bem o que estão a fazer ao início, porque é mesmo assim. Juntos, vocês descobrirão um equilíbrio e uma forma de fazer melhor. Hoje erram, amanhã acertam. Mas só pode ser assim se falaram um com o outro, se questionarem o outro e se preocuparem com o que o outro quer e pensa. Se forem assertivos neste ponto, então tudo o resto pouco importa, porque acabam por chegar lá!

 

Se já foram morar juntos, então só vos posso desejar:

 

Sejam felizes! E espero ter-vos ajudado.

Dicas para quem quer ir viver com o namorado - Parte I

Já namoram há algum tempo e apesar de estarem habituados a que as vossas mães vos façam tudo e de não saberem tão pouco como se estrela um ovo, estão a pensar ir viver juntos, então estas dicas são para vocês. Antes de mais esclarecer-vos que quem vos fala é alguém que já mora junto há mais de 8 anos, que adora a sua casa e cozinhar, mas que inicialmente nem um arroz em condições sabia fazer, quanto mais tomar conta de uma casa e de um companheiro. Por isso fala-vos alguém com alguma experiência, que cometeu erros e aprendeu com eles e que hoje vos quer transmitir algumas coisas que aprendeu para ajudar, quiçá, alguém que está a pensar dar este importante passo.

 

 

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1. O que fazer ANTES da mudança:

Morar junto, seja com o namorado/namorada seja com amigos, e até mesmo sozinho, é muito mais que pegar nas trouxas e levá-las para uma outra casa, essencialmente se essa mudança implica ir viver com alguém diferente. Bem sei que vocês gostam muito um do outro, que são perfeitos e até são o casal-modelo dos vossos amigos e/ou das redes sociais, mas viver com o outro está longe de ser um conto de fadas e implica muitas mudanças de rotinas que muitas das vezes não são fáceis de gerir. Acreditem que aquela semana que passaram juntos num apartamento em Albufeira está longe de se poder comparar com a vivência em comum, porque aí vocês estavam de férias, sem preocupações ou problemas. Juntem-lhe a essa mistura, o vosso trabalho, os vossos problemas, as vossas rotinas habituais e verão a diferença. Mas vamos por partes, antes de irem morar juntos devem:

 

Entender as vossas motivações individuais.

Todo o casal que se ama e se deseja, sonha com o seu espaço, com o seu cantinho, com a sua cabana do amor. Um amor e uma cabana é tudo o que é preciso, dizem os apaixonados. Mas toda a gente sabe que as coisas não são bem assim. Quando decidimos ir viver com alguém, criam-se - quer se queira ou não - expectativas dessa união: É apenas para passarem mais tempo juntos? É para aumentar a família? É importante que percebam em que ponto da relação estão, e o que esperam dessa mesma relação, o que esperam do outro. E se vocês quiserem ter filhos e o outro não? Valerá a pena passarem para o outro nível, sabendo que um dia das duas uma: ou o outro cede - o que é menos provável - ou a relação colapsa? Era bom que assim fosse, mas por si só o amor não é suficiente para segurar uma relação. Por vezes há pessoas que se amam, mas não são compatíveis, quer a nível de feitios quer a nível de objetivos para a sua vida, e é importante que antes de darem esse passo compreendam que estão a remar para o mesmo lado, ou se irão remar para lados opostos, e se descobrirem que vão remar para lados opostos se querem entrar no barco ou não. Podem entrar, não é errado entrar, o que na opinião da Mula é errado, é entrar sem saber para onde vai o barco, agora se sabem, e estão conscientes e querem ainda assim prosseguir viagem, à aventura. Força estou convosco.

 

Falar sobre como tencionam cuidar da casa.

Parece um pormenor, mas ter a casa arrumada e organizada está longe de ser um pormenor e é muitas das vezes motivo de rutura entre um casal. Parece exagerado? Quando vocês quiserem meias e cuecas para vestir e estarem atrasados para o trabalho e virem que não há nada lavado, irão perceber.

 

É por isso importante que ANTES de se mudarem para a vossa cabana do amor, que percebam o que cada um está disposto a fazer em casa, se é a mulher que irá assumir esse papel como antigamente, ou se pretendem dividir as tarefas. Meninas, se decidirem serem vocês a tratar das questões das lides domésticas depois não se queixem que eles não fazem nada em casa. Meninos, se vocês disseram que pretendem ajudar não fujam depois com o rabo à seringa na hora de fazerem o que vos compete. Meninas, também cabe a vocês fazê-los cumprir o prometido. Devem chegar a um acordo, fazer as respetivas cedências e cumprir o acordo.

 

Falando-vos do meu caso em particular. Eu antes de ir viver com o Mulo esclareci que não era dona de casa. Não era e não sou. Por isso ficou desde sempre estabelecido que ele teria de me ajudar, fosse a limpar, fosse a cozinhar, porque caso contrário a relação não iria sobreviver. Ele aceitou e apesar de eu assumir maioritariamente o controlo neste campo - foi algo que foi acontecendo naturalmente -, ele passa, ele cozinha, ele limpa, e aspira - ó se aspira, e muito melhor que eu, que ele vai aos cantinhos todos - e por isso é uma grande ajuda.

 

Esclarecerem as vossas rotinas extra-casal.

Vocês têm os vossos amigos enquanto pessoa individual e devem continuar a ter os vossos amigos sem que os mesmos tenham de ser fundidos e passarem a ser os amigos do casal. Por isso se pretendem continuar a sair para irem a bares e discotecas com os vossos amigos sem que o vosso parceiro vos acompanhe, como acontecia antes, é algo que deve ser esclarecido antes de se mudarem porque caso contrário, e se não estiverem de acordo em relação a este ponto, então irá existir discórdia. Não se esqueçam que quando viviam com os pais ele ou ela não sabiam a que horas tinham chegado a casa, agora vão saber, e se forem ciumentos irá criar conflitos.

 

Acordar sobre as contas.

Ninguém gosta de falar do dinheiro, essencialmente quando também falamos do dinheiro do outro. Mas tem de ser, é impossível ser de outra maneira. Não há fórmulas certas, nem fórmulas erradas, há fórmulas diferentes para gerirem o orçamento familiar. Falem um com o outro e percebam se a partir desse momento criam conta conjunta, ou se gerem as vossas contas separadas. Se for conta conjunta, então todas as despesas da casa devem sair dessa conta, e para que não se crie um bolso roto, estabeleçam o valor com que cada um se deve governar a nível individual. Se por outro lado preferirem ter contas separadas, então estabeleçam o que cada um paga. Quem pagará a renda? E a luz? E a água? Pagarão o mesmo? Ou quem ganhar mais pagará o maior bolo? Estas questões são muito importantes 

 

Ter cuidado com as cedências exageradas.

Estão a ver casas a duas horas de distância do vosso local de trabalho porque ele/ela não quer acordar uma hora mais cedo para ir trabalhar? Morar junto/casar não é viverem debaixo do mesmo teto apenas. Viver junto implica que haja respeito, que haja compreensão, comunicação e acima de tudo que haja cedências de ambas as partes para minimizar o impacto da quebra de privacidade de cada um. Não vos quero deixar triste, mas se a pessoa com quem estão a pensar ir morar junto só pensar nela, se vir sempre as coisas do seu ponto de vista, das suas facilidades e não pensam no que vocês querem e gostam, então se calhar a mudança é uma má ideia. Pensem nisto.

 

Claro que cedências terão sempre de existir, porque são duas pessoas que agora têm de se organizar como um coletivo, têm de pensar em conjunto e chegarem às conclusões em conjunto. Regra número um para uma união feliz e duradoura: NÃO SE ANULEM para fazer o outro feliz. Nunca dá certo. Mais tarde ou mais cedo vai dar asneira, e o ideal é que percebam isso antes de se mudarem porque depois pode ser mais complicado dar o passo atrás, regressar a casa dos pais e levarem com um "eu já sabia que isto ia acontecer!" não é agradável para ninguém, por isso acima de tudo pensem bem se é isso que os dois querem e que não é apenas uma vontade de um dos elementos. Só quando há verdadeira vontade das duas partes é que é possível chegar a um acordo verdadeiro.

 

 

Muito bem.

 

Conseguiram falaram, colocaram os pontos nos "i's" e concluíram que irem viver juntos não ia resultar porque não conseguiram efetivamente chegar a um meio termo, a um consenso que agradasse aos dois? Não desesperem, se calhar não está na altura certa, esperem mais um tempo e não deixem que isso afete o vosso relacionamento. Tudo tem um tempo certo para acontecer, e às vezes é preciso que esse tempo chegue. Há pessoas que precisam mais tempo do que outras para conseguirem perder a sua intimidade e viverem em paredes comuns.

 

Se por outro lado, falaram, colocaram os pontos nos "i's" nos "a's" e os "o's" e querem efetivamente dar este passo. Então amanhã voltem cá à Mula, que darei novas dicas, novos apontamentos sobre a vivência em casal, já após a mudança.

 

Quem é que daqui está a pensar juntar os trapinhos? E quem já juntou, seguiu estes passos?

 

Meninas e Meninos experientes, falem do alto da vossa sabedoria para ajudar os caloiros, se faz favor!

Os 10 Mandamentos dos Blogs para 2017

O ano passado, quando o blog fez um ano, criei uma lista de dicas que considerava - e ainda considero - importantes para os novos bloggers que diariamente se juntam a esta grande comunidade. Agora que um novo blogo-ano começou - benze-te Mula, benze-te - e como tenho a mania que já cá ando há pouco algum tempo, e que sei umas coisas - apesar de não saber efetivamente nada - venho por este meio difundir, irmãos, os 10 Mandamentos dos Blogs para uma convivência saudável entre todos, no novo ano que amanhece.

 

Irmãos, destes 10 mandamentos depende, não o sucesso do vosso blog, mas a convivência agradável entre publicadores e seguidores, e seguidores e publicadores - mas não é tudo a mesma coisa? puff, óbvio que não! - e assim alcançar a paz entre todos. Se a vossa blogo-vida tiver em conta estes 10 pequenos enormes detalhes, verão como a vossa blog-vida será bastante mais feliz. Não digo que terão mais destaques, nem mais seguidores, mas pode ser que aumentem o respeito daqueles que já vos seguem e vos apreciam, ou talvez não, na realidade nunca se sabe.

 

Ora então.

 

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1 - Amarás o Sapo sobre todas as coisas.

O Sapo é a nossa casa, é a minha pelo menos, e apesar de não concordar com algumas fórmulas atualmente existentes, não devemos cuspir na mão que nos acolhe e nos alimenta o ego de quando em vez. Não ameacem por isso constantemente irem para outras plataformas, se quiserem mudar, mudem, mas façam-nos com consciência e não por birra.

 

2 - Não usarás o nome de outros blogs em vão.

Há por aí uma certa atração em criar conflitos e atacar outros blogs e bloggers em troca de comentários e novos seguidores, ainda que esses novos comentários e novos seguidores sejam adoradores do diabo. Já se sabe, quem é que não gosta de uma boa cusquice e muita má língua? No entanto é inegável que esse movimento durará apenas o tempo do post, ou seja, um dia ou dois. Pensem bem se querem um blog para fazer pactos com o diabo e viverem para atacarem os outros, pensem bem no propósito do vosso blog e cumpram-no.

 

3 - Não farás spam em blogs alheios.

Se publicarem com o vosso login, é só carregar no vosso nome e vamos direitinhos para os vossos blogs, sejam do sapo ou não. Não é necessário escreverem o link do vosso blog sempre que comentarem alguém. Tornará a comunicação muito mais limpa e menos irritante.

 

4 - Honrarás todos os teus seguidores, mesmo os que te odeiam.

Como já disse outras vezes, não há melhores ou piores seguidores. Há seguidores. Ponto final, parágrafo. Se uns são mais comunicativos que outros, é discutível, mas quando escrevemos num blog deve ser essencialmente para que nos leiam, não propriamente para que nos comentem porque nem sempre as pessoas poderão ter vontade, disponibilidade, e poderão até não vir a acrescentar nada do que dissemos. Acho que é mais relevante que nos leiam, que nos reconheçam mérito, que gostem do que por cá aparece escrito e acima de tudo, que voltem! Mesmo os haters, se perderam tempo em nos odiar é porque até para eles despertamos atenção. Por isso nunca pensem: "mas ela comentou aquela e não me comentou a mim, já não vou ao blog dela!" A sério, respeitem todos os vossos seguidores por igual e não por aquilo que fazem ou escrevem nos outros.

 

5 - Não matarás publicações alheias.

Alguém escreveu algo que parece belíssimo, inovador, fantástico, com imensa piada, e vocês vão lá e dizem "Puff já escrevi sobre isto!" Podem dizê-lo se sentirem essa necessidade, mas...

 

6 - Não acometerás sobre a língua materna, normalmente, o português.

Toda a gente tem direito a errar, até porque como alguém um dia escreveu "herrar é umano", eu dou erros e ninguém é suficientemente perfeito para não os dar, no entanto, quando em cada 5 palavras, quatro estão erradas e até na quinta a vírgula está mal colocada, algo vai mal, algo vai muito mal... Ali em cima existe um corretor ortográfico, já disse isto e volto a dizer: usem e abusem do corretor ortográfico.

 

7 - Não roubarás publicações alheias, nem acometerás sobre a propriedade intelectual de outrem.

Não vale a pena, se for plágio vai sempre perceber-se independentemente do tempo que passar, porque uma coisa é duas pessoas escreverem sobre o mesmo assunto: aí será sempre diferente, porque são duas pessoas diferentes a fazê-lo, com opiniões diferentes, com questões diferentes e até muitas das vezes, com pontos de vista diferentes. Outra coisa totalmente distinta, é escrever o mesmo que a outra pessoa escreveu apenas por outras palavras, porque até teve recetividade, e "'bora lá ver se ninguém percebe que isto foi tirado ali do blog ao lado".

 

8 - Não levantarás falsos testemunhos sobre as histórias contadas por outrem.

Cada pessoa tem o direito a contar o que bem quiser e bem lhe apetecer. Quantas pessoas inventam no facebook vidas perfeitas que não o são efetivamente? Como disse em cima, cada pessoa cria o blog com o propósito que lhe for conveniente e o importante é sentir-se satisfeita com o resultado e divertir os outros, que no fundo lemos os blogs dos outros para nos divertirmos um bocadinho, não é verdade?

 

9 - Não publicarás com vista exclusiva às parcerias.

Publiquem o que vos vai na alma. Publiquem aquilo que vos deixa confortáveis, falem sobre o que vocês gostam, e como gostam e porque gostam. Não publiquem apenas com vista a tentarem parcerias, não se deixem dominar pelo que os outros conseguem e que vocês também possam querer. Por isso sejam sinceros nas vossas reviews, escrevam verdadeiramente o que acham e sentem e assim os outros voltarão para procurar a nossa verdade e não a verdade das marcas.

 

10 - Não cobiçarás sucessos alheios.

Só porque a inveja pura e dura é muito feia.

 

 

Que 2017 seja um blogo-ano fantástico para todos vós!

 

Dicas da Mula: Como organizar um casamento

Como sabem, ou devem de saber, casei-me, e felizmente correu tudo bem. Por isso, do alto da minha sabedoria e experiência, venho partilhar algumas dicas para quem, tal como eu tive, tem um orçamento limitado e deseja, ainda assim realizar este sonho, deste dia especial.

 

 

Pode ser complicado, para quem sempre possuiu este sonho, limitar-se ao essencial, e é muito fácil extravasar e ultrapassar o orçamento estipulado. Do vestido ao espaço onde é realizado, vários são os extras que nos são apresentados que deixam noivos e noivas baralhados, e com dúvidas se irão conseguir fazer a escolha acertada. No entanto, e antes de mais, quero dizer-vos que quer o casamento seja desejado pelos dois, quer seja só por um - pelo noivo ou pela noiva - que todas as decisões devem sempre passar pelos dois. Só assim se pode começar a vida a dois com o pé direito.

 

Vamos então a 10 dicas para a preparação de um casamento Low Cost.

 

Desabafos do quotidiano, por vezes irritados, por vezes enfadonhos, mas sempre desabafos. Mais do que um blog, são pedaços de uma vida.