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Desabafos da Mula

Desabafos do quotidiano, por vezes irritados, por vezes enfadonhos, mas sempre desabafos.

Desabafos da Mula

Escapadinha Romântica: Lisboa, Éclairs e Amigdalites

A Lisboa que eu visitei, os éclairs que eu comi e a amigdalite que eu ganhei. Tudo de enfiada. Tudo de uma só vez. Aqui pela primeira vez no curral, com Mula.

 

O CVC, Clube Viação Clássica - que eu já vos prometi falar sobre mas que ainda não consegui escrever sobre - foi pela primeira vez à capital fazer um passeio com os seus sócios e admiradores, espalhando por esta cidade um tom mágico de laranja, relembrando o passado.

 

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(O 640 a espalhar laranja pela capital portuguesa)

 

 

Assim, a Mula pegou no seu Mulo - ou terá sido o Mulo que pegou na Mula? - e lá fomos nós para mais um passeio do CVC, mas desta vez a 300km de casa, visitar uma vez mais a terra que eu tanto adoro pisar e admirar, mas de um modo diferente.

 

Visitamos o Museu da Carris, que já tinha tido o prazer de visitar noutras paragens:

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(Museu da Carris)

 

 

Fomos almoçar até ao Village Underground Lisboa, onde comi uma das melhores tostas da minha vida:

 

 

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(O 640 do Clube Viação Clássica no Village Underground)

 

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(A tosta é minha, o wrap é do Mulo)

 

 

E seguimos até ao Aqueduto das Águas Livres que visitei pela primeira vez.

 

 

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(viram ali o meu Mulo todo jeitoso em modo fotógrafo?)

 

Não só acompanhada pelo meu Mulo, tive um amigo meu, que sempre a meu lado, passou o dia inteiro a espirrar. Eu avisei-o que parasse. Que à custa daquilo ainda iria ficar doente, ao que ele me respondeu que era alergia, que não me preocupasse.

 

Pois claro, alergia.

 

Eu e o Mulo não quiséssemos vir logo para o Porto e combinamos passar o Domingo, só os dois, em Lisboa. E assim ficamos num Loft fantástico, em pleno Marquês de Pombal. Gente simpática, quartos originais, pequeno-almoço delicioso com vários tipos de pão, bolo, mel, doces, queijo, sumos e afins. Não faltou nada... A não ser a minha saúde.

 

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No Sábado à noite já estava com dores de garganta. Passeamos à noite no Saldanha a pé, uma noite super agradável e eu comecei e encolher-me que nem um bebé. Não havia volta a dar, eu sabia que já estava a incubar qualquer coisa. Ataquei logo com Voltaren - dois a cada 6/7 horas - mas ainda assim não resultou e passei a noite toda cheia de dores e a revoltar-me no cafofo confortável e moderno onde dormimos.

 

Fingi estar melhor do que o que estava, apesar de na minha cara notar-se perfeitamente que estava mais para lá do que para cá...

 

Ainda assim passeamos no Domingo por Lisboa e tentamos aproveitar.

 

Subimos - e descemos, pois claro - no elevador do Lavra:

 

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Onde me estreei e me apaixonei pelos ascensores de Lisboa, onde até bem pouco tempo achava que eram elétricos. Eu percebo tanto disto...

 

Almoçamos no Chiado uma pizza saudável - não sei como pude viver na ignorância todos estes anos - numa cadeia de pizzas low fat que com muita pena minha ainda não chegou ao Porto. A pizza que escolhemos toda ela gritava saudável e era deliciosa: mozarela fresca, tomate cherry, rúcula e orégãos em base de massa integral. Muito boa, e as vistas? Ainda melhor!

 

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Depois, antes de nos despedirmos, e antes de vir terminar de incubar o meu virus para a minha cidade e para a minha cama, ainda deu tempo para passarmos no L'éclair do Saldanha. Não diria que foram os melhores éclairs da minha vida, que esse lugar pertence aos éclairs de moca da Oberweis que comi no Luxemburgo, mas uma coisa é certa, estes da L'éclair são deliciosos e são os éclairs mais caros da minha vida, e desse lugar provavelmente ninguém os tira. Sim, são caríssimos estes éclairs, e apesar de muito bons ainda estou a tentar avaliar se merecem o preço que pagamos por eles, e confesso que ainda não consegui chegar a alguma conclusão...

 

 

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(Queria ter pedido um de cada, mas como isso implicaria ter deixado o meu ordenado, foi apenas um de chocolate para o Mulo e um de Baba au Rhum para mim.)

 

 

E assim nos despedimos da capital, com a promessa de voltarmos - porque sempre voltamos - e na esperança de voltar com mais energia, com menos dores e com mais dinheiro. Mais, menos, mais. Assim é!

 

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Até mais, Lisboa!

 

Lisboa Story Centre e o Arco Triunfal da Rua Augusta

Na última visita à capital, apesar de ter sido uma visita quase de médico, ainda deu para visitar o museu que em 2012 abriu portas no Terreiro do Paço, em Lisboa: O Lisboa Story Centre.

 

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Para quem não conhece, nem nunca ouviu falar, o Lisboa Story Centre é um museu interativo que pretende contar os principais eventos históricos da cidade de Lisboa, dos descobrimentos ao terramoto, passando por reis e rainhas, contando-nos histórias sobre a passarola de Bartolomeu Dias, sobre D. Dinis, entre muitos outros.

 

É um museu bastante diferente do habitual, perfeito para pessoas preguiçosas como eu. A verdade é que muitos museus colocam muito texto junto às imagens, e depois acabo por ler só o que me interessa recebendo apenas metade da história. Aqui não. Aqui não teremos de ler. Aqui basta colocarmos os auscultadores que nos fornecem à entrada e seguir a rota. Por ser um museu interativo este vai-nos contando as histórias à medida que vamos passando pelos locais, ao nosso ritmo.

 

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Deste modo este museu permite-nos fazer uma viagem no tempo, fazer parte dos cenários e entrar na história como se dela tivéssemos feito parte. É um museu que apela às sensações, fazendo-nos rir uma série de vezes pela sua vertente cómica à medida que as histórias nos vão sendo contadas.

 

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Todo o museu é bastante interessante, mas confesso que a minha parte favorita foi a que relata o terramoto de 1755.

 

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(porta de entrada para a sala que reconta o terramoto)

 

Citando o site do Lisboa Story Centre, o museu é constituído por 6 núcleos distribuídos por dois pisos.

 

"Núcleo 1 - Mitos e Realidades, onde se aborda o rio, a terra, o mar, o céu, primórdios mitológicos, colonizadores e conquistadores e as muralhas da cidade."

 

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"Núcleo 2 - Lisboa: Cidade Global, que apresenta a cidade cosmopolita, o armazém do mundo, para além do horizonte, o padre voador, a cidade magnificente, morte e política e a Igreja."

 

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"Núcleo 3 - 1 de Novembro de 1755, o dia de Todos os Santos. Toda a tragédia da maior catástrofe natural de Lisboa e da Europa é vivida de forma realista através de uma experiência imersiva."

 

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"Núcleo 4 - A Visão de Pombal, que apresenta o planeamento da cidade moderna no pós-terramoto e a reconstrução da cidade."


"Núcleo 5 - A Praça: Política e Prazer, que apresenta o Terreiro do Paço como cenário dos maiores acontecimentos históricos aos mais vários níveis."


"Núcleo 6 – Lisboa Virtual, onde se descobre a maqueta da baixa Pombalina que possibilita a interacção multimédia com variados acontecimentos relevantes da cidade."

 

Porque estava incluído no bilhete, aproveitamos para visitar o Triunfal Arco da Rua Augusta que nunca tínhamos tido oportunidade para visitar. As visitas sobre o Terreiro do Paço e restante envolvente de Lisboa são realmente incríveis, até fiquei com vontade de bater com a cabeça na parede por nunca ter ido lá noutras alturas, até porque para subir ao arco são só 2,5€ por pessoa, é um valor bastante acessível.

 

Deliciem-se com as vistas.

 

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Agora que já sabem que a capital não é só Magnuns, Pizzas e Hambúrgueres, toca a visitar estas maravilhas!  

Desabafos do quotidiano, por vezes irritados, por vezes enfadonhos, mas sempre desabafos. Mais do que um blog, são pedaços de uma vida.