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Desabafos da Mula

Desabafos do quotidiano, por vezes irritados, por vezes enfadonhos, mas sempre desabafos.

Desabafos da Mula

Estou rendida!

Fiz unhas de gel pela primeira vez. Mudei de gelinho para gel e estou rendida. Depois do episódio da pseudo-unha partida, e que afinal não era bem a unha, lá fui com a unha toda esgravatada - sim porque tentei cortar ao máximo para diminuir o impacto e não acabar de a partir - fazer o gel, ia até um bocado, confesso, desgostosa porque as unhas ainda estavam bem, só aquela é que pobre coitada e não ia ter muita solução para ficar bonita. Achava eu.

 

E não é que apesar de ter entrado lá com uma unha sem cantos, saí de lá com todas as unhas com os cantos bem direitinhos? Sabia lá eu que dava para pôr um canto numa unha, sem ter que a pôr de forma a não chegar com os dedos ao teclado. Ó pois que estou maravilhada, ó se estou.

 

Eu não sou uma pessoa fútil, não sou, a verdade é que não sou - estarei a tentar convencer-vos ou a mim? - mas a verdade é que há duas coisas que tenho muito gosto que andem em condições: o meu cabelo e as minhas unhas. Felizmente de cabelos eu percebo e sou eu que trato dele, sou eu que o estico ou faço caracóis, sou eu que o pinto, sou eu que o hidrato, só não sou eu que o corto, mas sou eu que aparo a franja. De unhas a verdade é que percebo muito pouco, mesmo muito pouco, por isso tenho de recorrer a alguém que me as arranje. A verdade é que desde que faço a manicura fora que ando sempre com as mãos bonitas e isso é importante, acho que as nossas mãos são uns dos nossos passaportes para os outros. 

 

Por problemas de marcação, tive de deixar a minha Ana, mas agora tenho uma Maria, que é igualmente boa, mesmo pertinho de casa e a metade do preço. Como o preço das unhas de gel ainda é mais reduzido do que o gelinho que eu pagava, decidi aventurar-me no gel e olhem... Estou mesmo rendida, acho que tem tudo para termos uma longa e duradoura relação!

 

Digam lá se não estão um espanto?

 

Pintado de fresco

 

A propósito da curta de hoje...

 

O movimento aqui na loja está fraco, muito fraco por sinal, e temos passado as manhãs a olhar uns para os outros, porque não há efectivamente trabalho. A loja está limpa, o material reposto, os papeis organizados, os e-mails lidos, e clientes que é bom... nada.

 

Ontem trabalhei sozinha de manhã, e como estava aborrecida, e como de manhã nunca se tem clientes - ou não é normal ter - porque está frio, e as ruas estão ainda despidas de gente, e como precisava de arranjar as minhas unhas, decidi que dessa manhã não passava.

 

Tal como previa, consegui pintar as minhas unhas sem problemas, entre duas demãos e uma terceira de efeito gel, não entrou qualquer cliente. O problema foi depois, apesar de nunca ter clientes de manhã, ontem, quando as minhas unhas precisavam de repouso, foi diferente. Tive alguns clientes, o que é óptimo, até porque sem eles o tempo efectivamente não passa, e sempre dou duas de conversa, entre um e outro. Só que... não foram simples clientes, eram clientes indecisos, que pediram embrulhos, que pediam para desembrulhar porque afinal tinham mudado de ideias, e por isso eram etiquetas atrás de etiquetas para arrancar e até agrafos para substituir.

 

Passei, então, a manhã cheia de peneiras, quem me visse pensava com certeza "olha, esta está com medo de estragar as unhas!" e o pior é que estava mesmo, não porque padeço desse problema, mas porque o verniz estava efectivamente fresco e não tinha tão pouco acetona para corrigir o problema, caso existisse tal calamidade que seria esmurrar o verniz! Passei assim a manhã com mãos esquisitas, mais parecendo saída ali da Foz do Douro, o que originou alguns sorrisos entredentes, até porque o meu sorriso e simpatia não eram, e não são, condizentes com as minhas unhas.

 

No fim, venci!!! Zero unhas estragadas e pude prosseguir feliz e vitoriosa o resto do dia!

 

 

Desabafos do quotidiano, por vezes irritados, por vezes enfadonhos, mas sempre desabafos. Mais do que um blog, são pedaços de uma vida.