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Desabafos da Mula

Desabafos do quotidiano, por vezes irritados, por vezes enfadonhos, mas sempre desabafos.

Desabafos da Mula

Tornei-me dadora de sangue

Chamem-lhe comodismo, preguiça, estupidez o que preferirem - tenho até nomes mais feios para me chamar mas não quero ferir suscetibilidades - mas a verdade é que ando de ano para ano para doar sangue e a coisa foi-se adiando. Passei pela fase do: "Gostava de doar mas tenho medo de agulhas!" Felizmente passou e deixou de ser desculpa a partir da minha primeira tatuagem. Depois passei para a fase do "Tenho de ir..." que se foi protelando e protelando. Até que chegou a vez do "Desta semana não passa!" E ontem finalmente tornei-me dadora.

 

 

 

Doar sangue é dar vida e a verdade é que parece um processo complicado, demorado e doloroso, mas a verdade é que é bem simples, rápido e suportável. Daqui a 4 meses lá estarei novamente, não voltarei a adiar até porque os horários alargados dos centros não permitem qualquer desculpa. No Instituto Português do Sangue e de Transplantação - no Porto - as dádivas podem ser recolhidas de Segunda a Sábado, das 8h até às 19h30 e para verem como é um procedimento rápido, fui lá num pezinho e vim noutro, na minha hora de almoço.

 

É simples: Cheguei e preenchi um formulário. Como era a primeira vez estive com uma menina a recolher os meus dados pessoais. Num instante chamaram-me para verificar as tensões, bem como os níveis de ferro e glicémia e certificarem-se do meu historial médico - e sexual, pois claro. Ofereceram-me algo doce para comer e beber - e a Mula gulosa não se faz de rogada, obviamente - e passei logo para a sala de dádivas, onde me instalaram confortavelmente num cadeirão - dormia ali! - e onde me explicaram todo o procedimento e efetuaram a respetiva colheita.

 

Como era a primeira vez, estava com receio de me sentir mal e da coisa correr mal, mas a verdade é que não houve qualquer problema ou complicação. Fiquei um pouco enjoada, mas foi ligeiro, e nada que uma boa água açucarada não resolvesse.

 

Não vos posso dizer que a agulha - ou devo dizer agulhão? - não assusta um bocadinho, e não vos posso mentir e dizer que não dói nada, porque dói um pouco e é um pouco desconfortável. Mas... Não devo ali ter estado mais de 10 minutos, é perfeitamente tolerável e com apenas estes 10 minutos de desconforto podemos salvar alguém que pode estar em verdadeiro sofrimento e até mesmo salvarmo-nos a nós, porque passamos a estar muito mais vigiados, já que o nosso sangue é sempre analisado e é-nos sempre dado feedback.

 

A equipa técnica do Instituto Português do Sangue e de Transplantação do Porto é excelente: Gente bem disposta, paciente, com sentido de humor... O que faz com que aquele momento passe bastante rápido. Não vos vou dizer que não preferia estar numa esplanada a apanhar sol e a comer um gelado, mas certamente as pessoas que regularmente necessitam de transfusões também dirão o mesmo.

 

A verdade é que custa tão pouco ajudar quem mais precisa!

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Desabafos do quotidiano, por vezes irritados, por vezes enfadonhos, mas sempre desabafos. Mais do que um blog, são pedaços de uma vida.