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Desabafos da Mula

Desabafos do quotidiano, por vezes irritados, por vezes enfadonhos, mas sempre desabafos.

Desabafos da Mula

Uma espécie de Review de alguém que não percebe nada disto: O Estrangeiro

Já tinha algumas saudades de ir ao cinema e comer umas pipocas - ups! - e por isso este fim-de-semana aproveitei uma saída com a mãe - que também adora ir ao cinema - para colmatar esta falha gravíssima na minha vida. Dentro dos que estavam disponíveis àquela hora ela queria ir ver o Barry Seal: Traficante Americano - mas eu odeiooo nem sei bem porquê o Tom Cruise - e eu queria ir ver O Estrangeiro - apesar de ela não gostar nada do Jackie Chan. Acho que foi pela hora - começava mais cedo - mas ela lá se decidiu a ir ver o que eu queria e pelo que percebi não se arrependeu nem um pouco. É um bom filme.

 

 

O Estrangeiro conta a história de Quan (Jackie Chan), um homem humilde dono de um restaurante chinês em Londres cuja vida é destruída de um dia para o outro. O IRA - Exército Republicano Irlandês - está de volta e num ataque terrorista no centro de Londres a filha de Quan é morta e este, não tendo mais ninguém e nada a perder, inicia uma incansável busca pelos responsáveis da morte da filha. Inicialmente Quan é tido como uma pessoa idosa, pouco perigosa que apenas está devastado com a morte da filha mas cedo se vai perceber que este está bem mais preparado para a guerra de que muitos elementos de segurança estatal. E é assim que Quan começa a persseguir Liam Hennessey (Pierce Brosnan) que é o ministro responsável pelo tratado de paz entre Inglaterra e o IRA - por ter sido membro do IRA no passado -, em busca de nomes. Quan ai demonstrar como a segurança seja de quem for é fácil de ser colocada em causa independemente do número de pessoas que estejam a vigiar. Nada é seguro.

 

Todo o filme tem uma trama densa onde não há inocentes, e onde todos são culpados. Qual é a culpa de cada um na história?

 

Este é um filme que fala sobre a justiça ou sobre a falta dela, de como por vezes apenas quando fazemos justiça com as próprias mãos é que nos sentimos vingados, e é um filme sobre as aparências, sobre como nada é o que parece ser e sobre como tudo é relativo, porque há crimes que justificam outros crimes, que aos nossos olhos são justificáveis. Poderia ser só mais um filme sobre um ataque terrorista em Londres, como muitos, mas é muito mais do que isso, é um filme diferente, com um objetivo diferente, e por isso gostei muito. É um daqueles filmes que nos toca cá dentro e nos pergunta: "E se fosse connosco?" É no entanto um filme que exige atenção, piscamos os olhos e já não sabemos quem é que se alia a quem e o quê. Mas é um daqueles filmes que fico feliz por ter ido ver.

 

Apenas uma coisa muito má em todo o filme. Atenção, por favor atenção, realizadores/diretores/produtores deste mundo por favor oiçam-me: não ponham o Pierce Brosnan a falar com pronuncia, é das coisas mais irritantes que eu já assisti numa sala de cinema - e olhem que eu já me sentei ao lado de gente muito barulhenta a comer pipocas - por isso, a sério, para o bem dos nossos nervos, não voltem a repetir.

 

Quem é que daí já viu o filme?

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