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Desabafos da Mula

Desabafos do quotidiano, por vezes irritados, por vezes enfadonhos, mas sempre desabafos.

Desabafos da Mula

Testam-se personalidades...

Que a vossa Mula é meia doida, um tanto destrambelhada, isso vocês já sabem, o que vocês não sabem é que isso pelos vistos pode ser um problema.

 

Antes de encontrar este novo emprego, enviei vários currículos com afinco. A minha anterior chefe - cuja saída me levou a querer abandonar o antigo emprego - com vasta experiência em Recursos Humanos, ajudou-me a criar um bom currículo e a verdade é que fui sempre chamada para entrevistas de todos os anúncios que respondi. Cheguei a receber outras respostas positivas, mas a verdade é que eu estava expectante com esta - a atual -, confiei e correu bem.

 

Mas a publicação de hoje não é sobre este novo emprego e de como estou feliz. Tão feliz!

 

Nessa fase de procura de novo emprego, respondi a uma candidatura para uma empresa toda XPTO, moderna, com um mindset diferente que consta das 100 melhores empresas para se trabalhar em Portugal. Pode até ser a número 99 ou a 100, mas a verdade é que fiquei curiosa. Numa primeira fase fui a uma entrevista de grupo, com o diretor da empresa, que é um coach conhecido da nossa praça e que eu já seguia há algum tempo nas redes sociais. A entrevista aparentemente correu bem, e passei para a segunda fase de recrutamento, que era nada mais nada menos que um extenso teste de personalidade.

 

A vossa Mula foi trabalhadora estudante desde os 16 anos, fez um curso superior enquanto trabalhava e cuidava de uma casa e de um marido, nunca reprovou... E a primeira vez que reprova, tinha de ser num teste de personalidade sobre si.

 

Uns dias após a realização do dito cujo, à qual fui sincera que as pessoas têm de gostar de mim pelo que sou e não pelo que querem que eu seja, recebi a resposta que o meu perfil não se enquadrava no pretendido...

 

Ainda hoje matuto, será que foi a parte em que eles perceberam que era explosiva, impaciente e teimosa? Não se deveriam de ter focado antes e só nas coisas boas? É que também sou comunicativa, resiliente e organizada...

 

Pois é meus amores da Mula, a vossa Mula é trolaró da cabeça e pelos vistos isso não passou despercebido ao olhar demasiado exagerado, pareceu-me, dos recursos humanos da empresa, até porque sempre me ensinaram: Quem muito escolhe, pouco acerta.

Quase 35 anos...

... E às vezes acho que ainda não me conheço. 

 

Não me conheço o suficiente para cair constantemente no erro do excesso de chocolate e acabar enjoada e a repetir mentalmente que nunca mais faço aquela combinação...

 

A minha memória é do tamanho de uma avelã!

 

Mula, repete: se a bebida é de chocolate, o que se come tem de ser salgado, ou menos doce, e não bolo de chocolate!

 

Quase 35 anos e continuo a ter mais olhos que barriga como se tivesse 13!

Obras

Colado à minha casa, foi vendido um terreno com uma casa praticamente em ruína. Quem comprou tem de fazer grandes obras, para tornar a dita habitável. E assim, tenho os meus novos vizinhos com obras, há meses!

 

Pelo que percebo, porque estive duas semanas em teletrabalho e não ouvi barulhos durante a semana, serão eles que aos poucos estarão a reconstruir e então acharam por bem iniciar as obras aos sábados às 8h30, da MANHÃ - para que não restem dúvidas sobre o sistema horário - todos os sábados, faça chuva ou faça sol. A casa deles é colada ao meu quarto, quando eles batem telhas ou usam a maquinaria barulhenta, até parece que sinto o meu quarto a abanar, e o barulho entra e aloja-se no meu cérebro ao expoente da loucura.

 

Preciso de dormir! Vocês sabem que eu sou dorminhoca e que preciso de dormir! Trabalho a semana toda na esperança do sábado chegar rápido para dormir até tarde e tem sido completamente impossível. Já me mentalizei que agora só tenho os domingos... Ou tinha!

 

Há duas semanas começaram também a fazer barulho aos domingos de manhã! Disse para mim que se o voltarem a fazer irei acionar a polícia que já me parece abuso. Se já é abuso - e proibido, tanto quanto sei a lei do ruído é só de segunda a sexta - ao sábado de madrugada - sim, porque 8h30 de sábado vamos ser sinceros que é de madrugada - repetir ao domingo é simplesmente gozar, literalmente, com quem trabalha de segunda a sexta!

 

Por isso... Há alguns meses que não tenho um fim de semana descansado e relaxado, ainda esta semana disseram-me que estava com mau ar, que estava com aspeto cansada, e se ando feliz e satisfeita no trabalho, só pode ser de não dormir, já que durante a semana acordo às 6 da manhã.

 

É triste quando não há respeito. Eu respeito que eles queiram e precisem de fazer obras, mas eles também têm de respeitar quem precisa de descansar, ainda pra mais porque nunca vieram cá pedir ou informarem-se se era ou não um problema, assumiram apenas que era para avançar.

 

Estou tão mas tão farta disto que estou quase a reservar um quarto de hotel qualquer baratucho só para tirar um fim de semana de descanso. A minha saúde mental começa a ficar afetada!

Déjà-vu

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Vi-te e memorizei-te na minha memória como uma paisagem ou quiçá uma lembrança de uma viagem. Não sabia se te voltaria a ver nem tão pouco se te reconheceria se te voltasse a ver. És discreto, mas reconheci em ti algo especial. Algo me atraiu para ti sem motivo ou justificação.

 

Voltei-te a ver.

 

Mais.

 

Estás agora colado à minha vista como um post-it importante com uma tarefa a executar sem erros. Desvio o olhar por uns mílimetros e ali estás tu, também tantas vezes a desviar o olhar quando encontra o meu por erro de cálculo ou por falta de velocidade, ou simplesmente pela audácia de me encarares. Quero ser discreta, estou a falhar. Queres ser discreto, penso, mas não te preocupas tão pouco em tentar.

 

Fujo do teu olhar, corro para a chuva para respirar um pouco, ordenar as ideias. Apareces vindo do nada como uma sombra, em pezinhos de lã apenas para não me deixares pensar. Bem sei que também te intrigo. Intrigas-me mais ainda. Fazes-me perguntas para as quais já tens respostas. Queres preencher os silêncios. Incomoda-te o silêncio comigo mas ainda assim não me evitas. Queres saber mais sobre mim, como eu quero saber mais sobre ti. Que sabemos afinal um do outro? Não! Não quero saber mais de ti!

 

Tenho medo.

 

Dás-me medo!

 

Dás-me medo não por ti, não por seres mau, que não o és, mas por mim, porque já o vivi noutra vida, que foi nesta, mas que por ser há tanto tempo parece que já não a reconheço como atual. Vivi exatamente isto, não contigo mas com ele. Vivi exatamente isto com ele. Só que contigo foi mais rápido. Com ele não. Com ele demorei a emaranhar-me na teia que dizia pela qual nunca iria passar. Passei e fiquei presa. Demorei a desenlaçar-me dos finos fios de seda mas consegui e nesse dia disse que não voltaria a cair em algo semelhante.

 

E agora tu!

 

Chegas tu, que sendo tão igual e tão diferente, me fazes relembrar tudo o que vivi com ele. Não o quero viver contigo, porque vivê-lo contigo seria permitir a existência dele novamente na minha vida, no meu pensamento.

 

És-me tão estranhamente familiar e ao mesmo tempo tão estranhamente novo. Consegues provovar-me uma nova e estranha sensação, que sendo nova a reconheço tão bem. Dou por mim novamente presa num ciclo vicioso que me assombra a alma que me faz reviver uma e outra vez todo o meu passado, como que presa num loop, incapaz de avançar.

 

Já vivi isto. Exatamente isto! Mas tu és diferente, apesar de igual, tu és matreiro, desconcertante, evasivo. Entras e não pedes licença. Ele pedia. Ele era cuidadoso e reservado e mesmo assim não o vi chegar. A ti sim, eu vi-te chegar. Vi-te chegar muito antes de saberes da minha existência. Vi-te chegar muito antes de saber que eras apenas uma sombra do passado de uma história mal concebida, como um drama barato. E agora vejo-te a chegar e a partir, porque já o vivi com ele, também ele partiu antes de chegar, apesar de continuar a partir e a chegar, a partir e a chegar, vezes e vezes sem conta ao longo de tanto tempo. Livro-me dos finos fios de seda e logo reparo que ainda há mais...

 

E agora tu!

 

Quero acreditar que já ter vivido isto na tal outra vida, que me traz vantagem, sabedoria, tática e habilidade, mas percebo que sou apenas um gato a caminhar. Sabes que as patas traseiras dos gatos pisam sempre no mesmo local das dianteiras? Dizem que sim! Também eu sou um gato, mas dos mal-amanhados, a repetir as pisadas mal feitas uma e outra vez. O tempo não passa por mim, não porque não fique velha, que nova já não sou, mas pelos erros em que persisto cair.

 

Não, não vou cair neste erro. Não vou, porque apesar de me lembrares d'ele, és diferente. Tens de ser diferente. Mas se assim não for, já sei como tudo vai ser. Os sorrisos que me vais transmitir, as lágrimas que me vais provocar, as ilusões que me vais criar. E cá estarei eu, porque o tempo não passa por mim, a pisar, como os gatos, a mesma marca no chão.

"Toquem que é vosso"

imagem retirada daqui

 

Durante muito tempo era complicado dançar em público e tocar à vontade no corpo, baloiçar corpo e cabelos de forma leve e sensual, como o faço enquanto limpo a casa de música em alto som, qual Freddy Mercury. Esqueçam apenas a vestimenta e os saltos do Freddy, que aqui é mesmo de pijama e pantufas, mas durante as limpezas dança-se de tudo e dou altos espetáculos para os meus gatos.

 

Não sei se é vergonha, falta de confiança, desconforto com o próprio corpo, ou se um mix tipo cocktail molotov, mas a verdade é que quando dançava em público os movimentos eram rígidos, como se estivesse colada ao chão e o corpo pesasse chumbo.

 

Tenho evoluído imenso desde que danço com mais frequência e aqui percebi que não sou a única com esta... chamemos-lhe limitação. É impossível não rir quando as professoras e os professores gritam: "toquem que é vosso", ou "aqui é para ser sem vergonha, a vergonha fica lá fora". Lembro ainda dos tempos em que fiz aulas de danças afro-latinas, de como era rígida ao dançar com par, ficava desconfortável, era estranho, ficava firme e hirta como uma viga de betão, nem o professor me conseguia domar. Ao fim de uns meses, quando dançava com o professor ele levava-me para onde queria e bem lhe apetecia que eu deixava-me conduzir sem medos ou problemas, quem visse de fora pensava que era uma bailarina nata. Não era e não sou, era apenas porque me deixava conduzir sem problemas, com alguém que não saiba dançar ou não saiba conduzir, eu danço zero e o ideal é levar botas de biqueira d'aço.

 

imagem retirada daqui

 

 

Encontrei na dança mais uma alavanca para o desenvolvimento da autoconfiança e autoestima, que tenho vindo a falar aqui nos últimos tempos e estou a dar baby steps para me melhorar. Deixei as danças Afro-Latinas, pois perdi o meu par, mas continuo na Zumba, faço FitBrasil e até já fui a duas ou três aulas de Sensual Moves - aí sim, aí sim é para soltar tudo! -  para me soltar, para deixar de lado a rigidez corporal e deixar apenas fluir. Lembram-se quando vos disse que não conseguia gritar? Até nisto estou a trabalhar. Aos poucos tento que se solte um pouco de voz, quando a malta começa a gritar feita louca. Mas isto ainda é estranho... Acho que nunca partilhei com ninguém, mas quando grito dá-me vontade de chorar, mesmo quando estou a divertir-me, feliz... Preciso de libertar isto de mim, não quero isto pra mim!

 

Por isso acho que dançar deveria de ser obrigatório. Dançar sem medos, com sensualidade, sem vergonhas ou ansiedades, deixar apenas fluir. Ser natural! O que funcionou comigo foi começar a treinar algumas das coreografias em casa, pelo facto de ficar menos preocupada, durante a aula, em acertar os passos e poder aprimorar a técnica e o movimento, e assim aos poucos ganhar cada vez mais confiança e já se sabe...

 

Confiança atrai confiança! Autoestima atrai autoestima!

Que espécie de adultos estamos nós a criar?

 

Semana passada na cadeia do M amarelo, estava uma criança, que deveria de ter uns 4 anos, aos berros desde que lá entrou. Até aqui tudo certo, sou da opinião que não se pode colocar uma mordaça na boca das crianças para que elas se calem por muito que possa irritar quem está à volta. São crianças, é suposto chorarem, fazerem birra e fazerem barulho. Tudo certo até aqui.

 

O restaurante estava cheio, já eu estava numa mesa alta, e os pais encontraram um lugar confortável sentados naquelas poltronas. A criança apontava para a mesa ao lado e berrava, berrava, berrava. A mesa ao lado tinha aqueles tablets com os joguinhos para as crianças, e ali estava uma família - sem crianças pequenas - a jantar. Notou-se que a família acelerou a refeição e mal se levantaram, os pais foram para essa mesa, e não mais se ouviu a criança aos berros.

 

Diz assim um homem que estava ao meu lado, para a sua filha pré-adolescente:

 

Pessoa: Ah! Estava a ver que não! Não sabiam ter cedido logo aquela mesa ao menino? Faz algum sentido eles estarem ali sentados? Aquilo é para as crianças!

 

Juro-vos que fico cega com estes comentários! Juro-vos que me enervam os pais que fazem tudo aos filhos. Levantem-se e comentem pais que a partir deste momento me vão odiar um bocadinho, com esta publicação...

 

Mas atentem no que eu digo, que não sou mãe, mas sou formada em educação: O papel das crianças é testar os limites. O papel dos pais é estabelecer os limites! É importante que os pais demonstrem às crianças que não pode ser tudo como elas querem, quando elas querem, e só porque elas querem. É importante que recebam nãos, porque a vida é assim, quantos nãos recebemos nós ao longo de uma vida? Temos de preparar as crianças para os nãos, para perder (sim, porque também não sou a favor que deixemos as crianças ganharem sempre, quando jogamos com elas), para terem contrariedades e adversidades, a vida não é assim tão simples e simplista. É preciso ir à luta, nada cai do céu, é preciso ser persistente, é preciso ser... Resiliente!

 

Ao deixarmos as crianças fazerem tudo à maneira delas, só criamos crianças com baixa resistência à frustração, arrogantes, com mau perder, sem fairplay, sem respeito pelo outro.

 

Claro que se calhar estou a levar tudo ao extremo, nem conheço as pessoas envolvidas, mas mais do que os pais que se levantaram e foram para a mesa que a criança queria - porque provavelmente eu também o faria como mãe, só para que a criança parasse de chorar, já que estava num espaço público - chocou-me o comentário do outro pai que estava com a pré-adolescente, a miúda não deveria de ter mais de 12 anos.

 

Sim, aquela família apesar de não ter crianças pequenas, tinha todo o direito de ali estar, como qualquer outra pessoa. Não, eles não tinham de ceder o lugar para a criancinha que estava chateada por não ter o brinquedo para jogar!

 

Preocupa-me a sociedade que estamos a criar, com as crianças que estamos a (des)educar, porque se ainda houver esperança para a minha reforma, são estas gerações que me vão dar sustento na minha velhice, e deste modo não estou a ver jeito!

 

Agora, a sério, questiono-vos: Pais, educadores e afins desta blogosfera, estarei a exagerar? Não é importante as crianças perceberem que nem sempre têm o que querem?

A maravilhosa touca de cetim

Já referi por entre uma publicação ou outra, que tenho o meu couro cabeludo oleoso. Lavo o cabelo, no próprio dia ele fica direitinho, vou dormir e basicamente acordo, no dia seguinte, como se tivesse sido lambida toda a noite por uma vaca - que espero que seja uma daquelas dos Açores, criada ao ar livre, feliz.

 

Tentei de tudo, champô purificante - que me resseca imenso as pontas -, champô próprio para cabelos oleosos, sprays e o diabo a sete. Sem resultados. Durante muitos anos rendi-me ao champô seco, que não fazendo milagres, ajudou-me a lavar o cabelo pelo menos dia sim, dia não - a menos que vá ao ginásio todos os dias, aí tenho mesmo de levar diariamente - mas ainda assim por vezes, pelo menos a franja tinha de lavar, no suposto dia não, porque às vezes a vaca entusiasmava-se e a franja ficava completamente assapada na cabeça sem solução.

 

Imagem retirada daqui

 

Descobri o milagre da touca pouco sexy de cetim. A minha obviamente é de uma imitação qualquer de cetim da SheIn e que me custou pouco mais de 2,00€. Bem sei que não é a coisa mais bela do mundo, e que quem durma acompanhada pode ser um turn off para o parceiro, mas é como nos dizem, minha gente boa, não se pode ter tudo: Ou têm um marido feliz ou um cabelo bonito e brilhante, e eu tendo em conta a sorte que tenho com os homens aposto forte na segunda. Também não acordo ao lado de ninguém, a escolha é fácil.

 

A touca, tenho de vos confessar, não é a coisa mais confortável para dormir, ainda por cima a minha tem um elástico regulável que aperta um pouco - tenho medo de a deixar demasiado solta e que fuja de noite, como os homens... - e confesso que às vezes exagero e até acordo com as orelhas um pouco doridas, mas... consigo aguentar 2 dias sem lavar o cabelo e ele fica impecável nos dias seguintes! No dia seguinte é só dar um pouco de ar com o secador para lhe dar algum movimento e tirar os jeitos de dormir, et voilà! Resultado: A cor dura mais tempo, porque não é tão frequentemente lavado, não resseco tanto as pontas, e o cabelo cresce mais saudável, espero - que ainda uso há pouco tempo. A ver se é desta que o bicho finalmente cresce em condições!

 

Quem desse lado usa touca de cetim? Alguém com dicas de modelos mais confortáveis?

Quando nos surpreendemos com banalidades que deveriam de ser normais

Trabalho desde os meus 16 anos e a empresa onde trabalho atualmente, é a primeira - tirando as da área da restauração por onde passei - com água quente. Não imaginam o choque quando fui à casa de banho lavar as mãos e me apercebi que a água estava quente! Uma colega estava comigo na casa de banho e foi impossível não soltar um: "Aqui há água quente!" Com um ar de surpresa igual a encontrar um pote de ouro atrás do arco-íris! A colega riu-se e empaticamente disse: "eu tive a mesma reação quando vim para aqui..." e rimo-nos as duas.

 

 

Reparem que poderia aqui estar a enumerar e a mostrar-vos o meu choque com os inúmeros benefícios que a empresa nos dá, como fruta, águas, bolachas e café à descrição, poderia vir aqui fazer uma vénia ao facto da minha empresa disponibilizar, na casa de banho das mulheres, absorventes, também gratuitamente, mas isso é inegável que é um benefício que a empresa dá, que não são obrigatórios e que é impossível não agradecer ou apreciar. No entanto, estamos a falar de água quente! Eu sei, eu sei, estou a repetir-me bastante, mas é para que entendam o meu choque!

 

Eu surpreendi-me com o facto da empresa ter água quente, que tanto estou a agradecer neste inverno gélido, porque por todos os escritórios por onde já passei isso não existia, e deveria de ser um requisito obrigatório, a par do aquecimento e do ar condicionado, faz parte de condições básicas de trabalho. Eu não me deveria de ter surpreendido porque deveria de ser normal, e incrivelmente não é!

 

Já trabalhei num sítio perto do shopping, e acreditem ou não, no inverno eu preferia sair do meu local de trabalho e ir à casa de banho do shopping, do que à da loja, para poder simplesmente lavar as mãos decentemente, para me aquecer um pouco. Nessa mesma loja, já aconteceu eu ligar uma vela para poder aquecer minimamente as mãos porque as queria mexer e não conseguia, tal era o frio.

 

Pensando bem é triste surpreendermo-nos com coisas que deveriam ser normais, que deveriam de estar instituídas, que deveriam de ser obrigatórias!

 

Assim realmente é fácil nos surpreendermos com empresas que com tão pouco conseguem marcar pela diferença, quando na realidade deveriam ser apenas mais uma!

O que nunca contamos acerca das viagens #2

Em 2017 já tinha dado umas pinceladas sobre coisas que nunca nos contam sobre as viagens que fazemos, até porque normalmente os percalços que existem não superam o bem que as viagens nos fazem pelo que é fácil relativizar e esquecer.

 

Mas porque a vossa Mula gosta sempre de dar uma imagem abrangente de tudo, conta-vos o último percalço que aconteceu na última viagem que fiz a Málaga, no mês passado, que alguns de vocês acompanharam na nova conta de Instagram da Mula, que espero que já estejam a seguir - imaginem a vossa Mula com olhos à Gato das Botas a fazer beicinho!

 

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Cheguei a Málaga de manhã, de avião, e o check in era apenas a partir das 15h00, para não andar feita caracol de mochila às costas até porque estava bastante calor - apanhamos temperaturas na ordem dos 20ºC - deixamos as malas num cacifo que encontramos na cidade e fomos fazer a nossa vida e partir à descoberta.

 

Ao final do dia, fomos buscar as nossas malas e fomos para o alojamento. Como éramos três e como não queríamos andar à noite na rua, porque tínhamos visto que as noites estavam bastante frias, acabei por reservar uma espécie de apartamento - na realidade era uma mini casinha térrea dentro de um condomínio fechado, no centro histórico, para podermos fazer refeições também no alojamento, tornando assim a viagem também menos dispendiosa, que isto de viajar é muito bonito mas gastamos muitas das vezes mais do que a conta, há que ter em atenção todos os pormenores.

 

Chegamos ao alojamento já passavam mais de duas horas desde que poderíamos fazer o check in. Abro a porta do alojamento e... o choque!

 

A tragédia, o drama, o horror: O alojamento não tinha sido limpo. 

 

O cenário quando abrimos a porta foi um sofá-cama desfeito com os lençóis dos anteriores hóspedes, a cama de casal desfeita, com obviamente os lençóis utilizados, e as toalhas na casa de banho sujas também!

 

Primeiro, o pânico: E agora? Não tínhamos tido contacto com ninguém, a chave era deixada num cofrinho com código à porta do alojamento.

 

Segundo, a reação: Ligo para o proprietário. O número não estava disponível. Mando mensagem pelo Whatsapp com fotos, as mensagens não estão a ser entregues. Próximo passo? Procurar lençóis e toalhas lavadas no roupeiro. Nada! Ligo para o Booking para efetuar a reclamação e para que eles tentassem chegar ao contacto com o proprietário. Pediram-me 24 horas para resolver a situação pois também não o estavam a conseguir contactar.

 

Terceiro, a resignação: Não sabíamos como, ainda, mas teríamos de ali passar a noite. A vossa Mula não é de bloquear, pelo que tratou logo de resolver a situação e verifiquei que a máquina de levar do alojamento também era de secar pelo que colocou logo tudo a lavar, teríamos "só" de esperar 7 horas para termos toalhas e lençóis limpos. Entretanto também existiam produtos de limpeza pelo que tratei logo de desinfetar todo o alojamento, ainda que, deixem-me já vos dizer que os anteriores clientes eram extremamente limpos - ou limparam a casa antes de ir, não sei - porque se não fossem os lençóis e as tolhas eu não diria que por ali teria passado alguém. Estava tudo aparentemente impecável e nem um único cabelo no chão, mesmo na casa de banho - e pelo que percebi pela conta da Netflix que lá tinha ficado deixada, deveria de ser um casal com dois filhos.

 

Quarto, a maestria:  De tanto andar às voltas na casa para acalmar o nervoso, percebi que a cama era um sommier, e chamou-me a atenção o facto de ter um aloquete. Na minha mente estava ali tudo, lençóis, toalhas, loiça... Sentei-me no chão e pus-me a rodar o código do aloquete, que definitivamente não era dos mais seguros que eu já tinha visto - até o meu fraquinho do ginásio tem mais qualidade que aquele. Ao rodar os primeiros números, devagarinho, senti uma espécie de vibração quando chegou ao número 6. Hmm.... Será? Passei para o segundo número, e voltei a sentir uma vibração quando chegou ao segundo 6, e uma terceira vibração quando chegou ao terceiro número 6. O aloquete abriu. A sério? O número da besta? Realmente senti que aquele proprietário era besta, fazia sentido. A minha intuição não me falhou, ali estava tudo, lençóis, toalhas, gel de banho, produtos de limpeza... Tudo o que poderiam imaginar. Já não precisava de esperar que a máquina acabasse de lavar e de secar. Fizemos as camas, deixei tudo direitinho, voltei a fechar o aloquete e aterramos no sofá.

 

Ao fim de algumas horas, após o alojamento estar limpo e imaculado, o proprietário finalmente responde às mensagem com um simples "Ya veo, hable con Booking para que le cancelen sin cargos". O quê? Depois do trabalho todo que tive queria que eu cancelasse a reserva? Claro que não! Liguei logo com o homem, disse-lhe que não ia cancelar porra nenhuma que já tinha limpo tudo, posto a máquina a lavar, que era de noite, que estava cansada e que dali já não saía. Ficou chocado por ter limpo tudo, e prontificou-se a levar logo lá lençóis e toalhas - que obviamente não lhe disse que lhe tinha assaltado o sommier. Pronto, foram lá umas pessoas entregar-me novos lençóis e toalhas que guardei direitinho no sommier, novamente, e prossegui com a minha vida. Prossegui, obviamente, na mesma com a reclamação do Booking - que indicou que como a situação fora resolvida que não haveria lugar a qualquer compensação - e reclamação do alojamento, apenas pela atitude.

 

O que me chateou verdadeiramente não foi o alojamento sem limpeza, porque já se sabe que nem todas as pessoas são confiáveis e aparentemente o que aconteceu foi que a pessoa da limpeza faltou e não avisou. O que me chateou foi alguém ter um negócio e estar-se a marimbar para ele, foi o facto do proprietário não estar contactável, apesar de saber que iria ter entrada de hóspedes. Foi terem-me garantido que iriam no dia seguinte fazer na mesma a limpeza deles - apesar de eu ter dito que não era necessário, mas eles terem insistido, ao que eu disse no meu melhor espanhol, "claro, muchas gracias!" - e ninguém mais lá ter ido. Achei a atitude miserável, pelo que sim, procedi com a reclamação pública no site do Booking, para além de que a casa era para 4 pessoas e tinha de se aguardar 1 hora entre banhos que a água da caldeira mal era suficiente para um só banho. 

 

Mas prontos, a modos que percalços à parte, aproveitei imenso a viagem, molhei os pés na água do mar, estendi-me na areia, comi coisas boas e desconectei do meu anterior emprego para começar em grande e com disponibilidade espiritual e mental para o novo. Hoje olho para este percalço como uma história para contar aos netos, aos amigos e a vocês, porque já se sabe que uma vida rica, é uma vida cheia de histórias! À parte de tudo isto continuo a sentir Málaga como a minha casa, é incrível o quão bem eu me sinto nesta cidade que não perde o encanto, nem no Inverno! Se quiserem ver o que podem encontrar em Málaga, espreitem aqui.

 

E a vocês, já vos aconteceu algo semelhante?

Pela nossa saúde...

.. Mental e vital!

Cada vez mais, temos dificuldade em saber, verdadeiramente, o que estamos a comer. Se no tempo dos nossos avós a fruta, os legumes, a carne e os ovos eram uma verdadeira injeção de nutrientes benéficos para o nosso bem estar... Todos sabemos que já não é bem assim. Mesmo o que consideramos saudável não o é tanto como desejado e cada vez mais o natural está impregnado de químicos, de corantes, de conservantes, e não daquilo que verdadeiramente o nosso corpo necessita. Quem já reparou que a fruta vendida pela maioria dos supermercados não envelhece e apodrece da mesma maneira que a bela da fruta biológica?

 

Com o tempo a nossa saúde reclama. Falta-nos vitalidade, memória, energia no geral. Na realidade falta-nos nutrientes essenciais ao nosso bem estar físico e mental.

 

A par da alteração dos alimentos saudáveis, está o nosso ritmo diário. Cada vez mais vivemos num ritmo alucinante, onde não há tempo para nada. Vivemos num mundo onde sandes, bolachas e pequenos snacks são almoço, lanche e jantar. Vivemos num mundo onde gostamos de estar rodeados à mesa a partilhar uma refeição com quem amamos mas também num mundo onde tudo é feito à pressa e onde já não apreciamos verdadeiramente uma refeição. Quantos de vocês tomam o pequeno almoço em pé a olhar para o relógio? Eu acuso-me!

 

O nosso corpo queixa-se e vai dando sinais. Teimamos em ignorá-lo. Eu treino, quem me segue no Instagram sabe que eu treino, mas nem todos os dias tenho um verdadeiro rendimento. Quantas vezes vou treinar sem lanchar? Quantas vezes depois de um treino é chá, bolachas e cama? Adoro reclamar da falta de resultados... Mas mudar o que está errado... É demasiado complicado! Nem sempre há tempo... Ou paciência. Raramente me alimento mal por falta de conhecimento. Quase sempre é por falta de vontade de fazer diferente. É mais fácil e mais rápido fazer mal. Volta e meia os joelhos queixam-se, porque a minha recuperação muscular é terrível - porque será, não é verdade? -, a cabeça lateja durante os treinos, provavelmente por fome... Ou desidratação que beber água também não é comigo, porque a minha memória é terrível e esqueço-me de beber água mesmo com a garrafa ao lado...

 

Tudo isto se vai refletindo ao longo do tempo e piorando a nossa saúde com o passar dos anos. O nosso corpo vai dando sinais. Quando a alimentação não é adequada e quando não obtemos os nutrientes necessários temos por vezes de recorrer a suplementos alimentares de modo a colmatar determinada carências. Por exemplo, por vezes ficava com os olhos trémulos e a visão baça e só quando fui ao oftalmologista é que percebi que era carência de magnésio e precisei de tomar suplementos de magnésio durante uns meses. Claro que depois disso comecei a usar e abusar das bananas desta vida, mas ainda assim às vezes não é suficiente e lá regresso ao magnésio! É incrível como o nosso corpo funciona. Eu pelo menos, quanto mais aprendo sobre alimentação, mais me surpreendo.

 

 

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A pensar em pessoas como eu, e provavelmente como tu que me lês e que te interessas pela tua saúde e bem estar, nasceu a loja de suplementos Oollive, uma loja online especializada em suplementos alimentares e nutrição funcional, nomeadamente de suplementos para o cérebro - para que a vossa memória não seja tão ruim como a da vossa Mula -, pelas mãos da Patrícia, licenciada em Engenharia Alimentar e Pós-Graduada em Nutrição Funcional e Terapêutica Ortomolecular, que baseando-se na premissa de que "o alimento é o remédio", selecionou suplementos premium, 100% naturais e por isso sem corantes nem conservantes ou adoçantes artificiais.

 

A Oollive disponibiliza portes gratuitos em compras superiores a 49€ - 79€ no caso das ilhas - e envia para Portugal e Espanha continental.

 

Se quiserem experimentar, deixo-vos aqui o código OOLLIVE5 para beneficiarem de um desconto de 5% na primeira compra.

 

Porque a saúde é o nosso bem mais precioso!

 

E por aí, já tomaram suplementos alimentares? Qual a vossa opinião?

Desabafos do quotidiano, por vezes irritados, por vezes enfadonhos, mas sempre desabafos. Mais do que um blog, são pedaços de uma vida.