10 razões para não ir ao cabeleireiro...
... e tratar do cabelo em casa.
Vocês sabem, sou eu que cuido do meu cabelo, normalmente procuro as soluções sozinha e raramente vou ao cabeleireiro, na realidade, só lá vou uma a duas vezes por ano - para cortar - e mais uma ou duas vezes por ano - para fazer o alisamento. Não gosto de ir ao cabeleireiro, sou como as crianças. Na realidade nunca gostei, mas desde que aprendi a cuidar da minha trunfa em casa, não quis outra coisa e não me arrependo. Tenho um cabelo muito mais saudável neste momento.
1. O tira-ao-alvo na coloração:
Este foi o grande ponto de viragem na vida do meu cabelo. Corria o ano de 2015, eu era loira e corri duas cabeleireiras na esperança que me mantivessem o meu cabelo loiro como eu gostava. Nunca acertavam com a coloração: ora escureciam-me demasiado o cabelo ficando quase castanho, ora aclaravam-me demasiado o cabelo ficando quase branco... Imaginam o que isto faz ao cabelo certo? Também já me enganei a comprar a tinta é certo, mas aconteceu apenas uma vez em dois anos, acho que me consigo perdoar, já quando ia à cabeleireira, nunca corria como esperado na realidade.
2. A perda de tempo:
Senhores e senhoras, o tempo que se perde no cabeleireiro. Eu devo ter sido homem numa outra vida: não tenho paciência nenhuma para estar à espera antes de me atenderem, não tenho paciência para estar sem fazer nada enquanto tenho tinta no cabelo, não tenho paciência... A verdade é essa, não tenho paciência, nem grande tempo para perder tempo num cabeleireiro. E como viram na curta de ontem: Sabemos sempre a que horas entramos num cabeleireiro, mas nunca sabemos a que horas de lá saímos, e passar três horas neste espaço é matar-me um bocado por dentro.
3. O gasto de dinheiro:
Não falo de poupança efetiva. Falo de canalizar o dinheiro que se gasta no cabeleireiro para bons produtos em casa. Desde bons champôs a boas tintas eu sei o que coloco no meu cabelo. Se champô sempre pude controlar, a verdade é que quando ia ao cabeleireiro pintar o meu cabelo ficava muito mais ressequido, muito mais estragado. Eu uso tintas que nos salões são caras, mas que em casa ficam por uma bagatela. Vivam as lojas de produtos de cabeleireiro. Vivam as lojas online com bons e baratos produtos. Vivam!
4. A falta de compreensão:
Palavras como: espontar, aparar e manter, raramente existem nos seus dicionários. Desde a coloração ao corte, desde o volume à falta dele. Já me aconteceu de tudo: pedir para espontar um cabelo que tinha abaixo dos ombros e sair de lá com o cabelo pelo queixo, pedir para dar "um jeitinho" à franja, e sair de lá quase sem franja. Pedir o cabelo liso e sem volume e sair de lá com uma cabeleira quase afro. Sim, já me aconteceu um pouco de tudo.
5. A conversa de circunstância:
Porque se alguém te está a mexer no cabelo vai sentir a obrigação de falar contigo. Se é a tua primeira vez num cabeleireiro e não te conhecem, vão começar por tentar perceber onde vives, o que fazes, porque estás ali, e porque somos simpáticas e educadas vamos responder. Ao fim da 10º visita já sabem sobre ti e já opinam sobre a tua vida. E foi por isto que deixei a cabeleireira mais longa que tive.
6. As vendas assistidas:
Têm sempre um produto milagroso para vender cuja marca desconhecemos - e por isso não temos como opinar - que vai fazer maravilhas pelo nosso cabelo. Esse produto não só não é tão milagroso como pintado, como é muito mais caro no salão do que diretamente numa loja. Existe ainda aqueles salões que tentam pôr tudo no nosso cabelo enquanto lá estamos "quer um champôzinho específico para esta quebra terrível que tem? Olhe que lhe ia fazer bem!" "Vamos pôr este sérum milagroso que lhe vai selar as pontas espigadas? Vai ver que vai sentir a diferença!" A quem cede uma breve explicação: Todo e qualquer tratamento capilar seja com champô, seja com séruns, só resulta se for contínuo e usar no salão uma vez por mês um champô redutor de quebra só vai aumentar a conta no final, não vai aumentar os resultados capilares. Felizmente a atual cabeleireira onde vou não me impinge nada, nem para comprar, nem para me pôr enquanto lá estou.
7. O regresso dos anos 80:
Eu não sei se sou eu que não tenho sorte nenhuma, se sou a única a sentir-me assim, mas odeio como me esticam o cabelo nos cabeleireiros. Saio de lá com demasiado volume, com a franja demasiado enrolada e com o cabelo demasiado brilhante, parece que saio do salão diretamente para uma série dos anos 80!
8. O banho forçado:
Não sei se o mal é geral, ou se eu é que tenho um estranho azar. Já passei por vários cabeleireiros nesta vida e raramente saio de lá sem ficar toda molhada. Mesmo com a toalha de proteção. Para além de me inundarem os ouvidos, salpicam-me a cara toda com água e champô, molham-me com muita frequência a roupa. Se é no verão não tenho qualquer problema, se é no inverno o caso muda de figura. Denoto também uma dificuldade enorme na regulação da temperatura da água, verifico constantemente uma dificuldade em manter a água numa temperatura tépida: ou está demasiado quente, ou está demasiado fria e isso confesso aborrece-me. E já agora... Que máquina de tortura é aquele lavatório? Aquilo dói o pescoço pra chuchu!
9. O ruído:
Sou pouco tolerante a ruídos constantes. E ruídos elevados horas a fio deixam-me com dores de cabeça. Aquele barulho de fundo dos secadores deixa-me louca.
10. O excesso de coscuvilhice:
O que é que há em excesso nos cabeleireiros? Pessoas caladas que desatam a falar assim que uma pessoa sai porta fora. "sabes quem era aquela? sabes o que faz? com quem vive? o que come? com quem dorme?" Não, se não tenho paciência para coscuvilhices de gente que conheço, muito pior quando se trata de vizinhas que nunca vi na vida.
Por isso digo-vos... não há nada como cuidar do cabelo em casa.
Assim como assim...
No dia em que o vosso cabelo sair perfeito do salão, vai estar a chover, ou uma ventania trópica que vos vai estragar tudo o que conseguiram...