E porque a Mula é doida, não bate bem da cabeçorra, a Mula decidiu participar num novo desafio. Desta vez, não será de livros mas sim de filmes. Se foram durante quase 2 meses bombardeados com publicações sobre livros e mais livros, preparem-se agora para serem bombardeados com publicações sobre a minha paixão das paixões: CINEMA!
Durante todo o mês de Abril, às 15h como tem sido habitual - incluindo fins-de-semana - sairá uma publicação em resposta às seguintes questões:
Em casa ou na sala de cinema?
Com ou sem pipocas?
Género preferido
Género detestado
Grande desilusão
Grande surpresa
Já vi muitas vezes
Não quero voltar a ver
Não vi nem quero ver
Detestei
Parece mentira, mas nunca vi
Actor preferido
Actriz preferida
Embirração (actor/actriz)
Adormeço sempre a meio
Saga preferida
Devia ter uma sequela
Deviam era ter feito só um
Se a minha vida fosse um filme
Se eu fosse uma personagem
Grande banda sonora
Personagem inesquecível
Pior personagem
Erro de casting
Sugeriram-me e adorei
Toda a gente adora menos eu
Estou ansiosa por ver
Aprendi muito com
Fartei-me de chorar
O meu Óscar vai para...
E quem se quiser alista à malta, é só avisar ali a menina que tem um cão muita giro. O Desafio começa já, já amanhã, e não... não é mentira!
Recebi esta semana a habitual newsletter do supermercado Lidl. Entre muitas coisas, tinha esta imagem, que não reflecte em nada a realidade.
Como se fosse possível alguém estar tão feliz por estar com um ferro de engomar na mão...
Eu odeio passar a ferro, odeio tanto que simplesmente não passo, ou vá... vou passando, conforme preciso das coisas. O Mulo, que usa camisa, passa as suas camisas diariamente, e também ele não esboça este belo sorriso quando está de ferro em punho. Há por isso nesta imagem qualquer coisa que me estar a escapar...
Comprar bilhetes para um concerto de uma das nossas bandas favoritas, e não nos dizerem nada... pedindo-nos apenas para os acompanharmos a um qualquer e aborrecido seu compromisso.
[Fui ver Deolinda sem contar... ainda estou meia abananada! Quando é que descobri? À entrada do edifício onde ele teria o tal "compromisso"...]
Tenho uma doença, que não é grave mas que por vezes me causa alguns transtornos. Lembram-se desta história que contei à Chic'Ana? A verdade é que padeço de um mal - para uns, que para mim não é mal nenhum - que me faz ouvir música mesmo quando a música não toca. Sofro de musiquite aguda.
No dia de Páscoa eu e o Mulo fomos contemplar a beleza de Trás-os-Montes, rádio desligado, um silencio agradável, e eu estava a rabiscar qualquer coisa no meu caderninho quando de repente vejo o Mulo a rir-se de mim...
Mula: O que é que foi? Estás rir do quê?
Mulo: Que música estás a ouvir?
A princípio não compreendi a questão. Depois, foi inevitável, comecei a rir também! A verdade é estava com uma crise de musiquite aguda, e estava a abanar a cabeça e a mexer os lábios - sem emitir qualquer som - como se efectivamente estivesse a ouvir uma música - e na minha cabeça, estava mesmo. Lá lhe tentei explicar que música estava a "ouvir", acho que ele não conhecia...
A questão aqui é que são ações mais ou menos inconscientes... Eu oiço efectivamente a música e como tal, se há música, dança-se.
Se vocês já desconfiavam que eu não era normal, agora têm a certeza absoluta!
Ontem fui, finalmente, ao registo civil marcar o casamento, quase que morria. Só vos digo isto: quase que morria.
Chego ao registo civil, olhamos para a máquina das senhas, não percebemos qual a senha que deveríamos tirar e pedimos ajuda a um funcionário.
Funcionário: Ah isso não é aqui. Fica no topo da rua... no outro registo.
Certo. Saímos, estacionamos o carro novamente, mas alguns metros mais à frente, e lá tiramos uma senha singela que dizia: Atendimento geral. Rapidamente chamaram por nós e lá fomos, felizes e contentes pedir, literalmente pedir, para casar.
Nós: Queríamos marcar um casamento.
Ela: Com certeza, qual é a data?
Nós: 19 de Junho. - Dizemos nós sorridentes.
Fez-se um silêncio constrangedor.
Ela: Isso é um domingo...
Nós (já com o sorriso amarfanhado): É sim...
Ela: Não sei como vai ser... então. Mas esperem um bocado.
Neste momento eu já só pensava: "oh céus, quinta sinalizada, fotógrafos sinalizados, convites impressos e enviados... isto não vai dar para casar... ai... aii... aiiiiiiii!!!!"
Mulo: Tem calma... podemos ir a outra conservatória.
Eu: [calada que nem uma Mula está claro... em pânico!]
Ela (berrando para uma colega): Oh X! Estes jovens querem-se casar dia 19 de Junho e é um Domingo, eu estou de férias, tu não podes... como é que se vai fazer?
Neste momento eu já não via bem, a minha visão entrou em túnel, tudo desfocado, fiquei apenas de olhos postos e fixos na boca da mulher e via-a a palrar coisas que me desagradavam imenso, e só pensava "lá se vai o meu casamento de sonho... já não há casamento para ninguém..."
A colega: Liga para a Z que ela de certeza que os casa no Domingo.
Ela: Vou ver então, vou ligar-lhe.
Ela liga para a Sra. Z, que era de outra conservatória, e após conversa de circunstância, onde disse que A estava bem, B também, e perguntou como estava C. Onde referiu o que fez o fim-de-semana, onde ia nas férias e o que ia comer logo a noite, lá voltou à nossa mesa. Eu nesta altura já estava com um sorriso parvo, percebendo que a Sra. Z tinha aceite casar-nos na data que estava impressa nos nossos convites, ganhei uma adorável simpatia por essa senhora. Pelo discurso d'Ela, a Sra. Z pareceu-me solteira, sem grandes afazeres nem fins-de-semana muito ocupados, possivelmente rodeada por gatos... centenas de gatos.
E assim ressuscitei. Depois disso perguntaram-nos se éramos familiares (wft?), se éramos adoptados (hein?), se éramos casados (não convinha, realmente) e pronto, marcaram a data.
É oficial, vai haver casamento! Obrigada Sra. Z, estou ansiosa por conhecê-la!
Pessoas, vou fazer-vos um pedido, em nome da humanidade e das pessoas que estão atrás de um balcão a aturar-vos. É que nós não temos culpa.
Nunca, em tempo algum, façam aquele joguinho com as pessoas que vos acompanham:
Pessoa 1: Eu é que pago, não aceite o dela!
Pessoa 2: Nada disso, não aceite o dela, eu é que vou pagar!
Pessoa 1: Não. Eu é que pago!
Pessoa 2: Olhe que fico chateada consigo se aceita o dela!
E não vale a pena deitarem-me olhares de ódio, não vale a pena fazerem chantagem emocional, que eu tenho uma técnica para resolver esta situação: Pego no que estiver mais próximo de mim, e como acabei de dizer a uma cliente, agorinha mesmo: "Decidam-se que para mim o dinheiro é igual, e é-me indiferente quem paga!"
Estão à espera que a empregada de balcão faça o quê? Que descortine quem tem mais ou menos dinheiro? Quem tem mais ou menos poder? Quem tem mais ou menos sanidade mental?... Lamento informar, mas a empregada de balcão, não quer saber. Só que, sem querer, colocam-nos numa situação bastante chata...
O balanço deste desafio é bastante positivo, ainda que tenha tido algumas dificuldades, nomeadamente na lembrança de títulos de livros que tenha lido.. Tive grande dificuldade em me lembrar de alguns livros que li e que já não possuo, ou que me emprestaram, ou que simplesmente requisitei e acabei por me centrar mais nos livros que tenho nas prateleiras da minha estante, o que poderá ter resultado em negligência para com outros livros e autores, originando inclusive mais repetições do que as que desejava. No entanto, foi um bom exercício de memória, e gostei bastante de ver as preferências de todos os outros participantes. É curioso ver que livros que eu não gosto - como o Harry Potter - é um dos preferidos do pessoal, e como há autores cuja existência desconhecia e que tenciono, depois do desafio, ler. Como é o caso da Jodi Picoult e Khaled Hosseini.
Um ponto negativo que retiro do desafio: o desafio foi demasiado longo, a meu ver, e com o tempo fui perdendo algum interesse, quer pelas minhas respostas quer pelas respostas dos outros. No entanto, sou de palavra e não desisto facilmente e por isso levei este desafio até ao fim. Será que mais alguém sentiu isto?
E... depois deste, segue-se um desafio de cinema, que decorrerá ao longo do mês de Abril. Eu devo estar doida para voltar a ingressar novamente nesta loucura... Mas ó pá... eu adoro cinema, ainda mais que ler, por isso não tive como escapar.