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Desabafos da Mula

Desabafos do quotidiano, por vezes irritados, por vezes enfadonhos, mas sempre desabafos.

Desabafos da Mula

Passatempo: Selfita-te com um Stick - Já participaram?

O sorteio original estava agendado para dia 30/10 mas porque dia 31 é dia de Halloween e o Selfie Stick já poderá ser útil para irem festejar com os amigos, decidi antecipar o sorteio para dia 17 de Outubro. Ou seja, participem para se habilitarem a um selfie stick até dia 16 de Outubro. Assim os vencedores serão anunciados no dia 17 ou 18 de Outubro, cujos vencedores deverão fornecer aqui à Mula a morada de envio o mais tardar até ao dia 23 de Outubro e eu procederei logo ao envio para garantirem que vos chega antes do dia 31.

 

Relembrando:

 

 

 

Regras de Participação (Sorteio):

  1. Sigam a página do Facebook dos Desabafos da Mula (olhem que eu vou verificar seus batoteiros);
  2. Preencham o formulário que se encontra mais abaixo, até ao dia 16 de Outubro;
  3. O sorteio será realizado no dia 17 de Outubro e os resultados divulgados no próprio dia, ou assim que possível.

  

 

ACEDAM AO FORMULÁRIO AQUI

 

 

Notas gerais:

  • Envios realizados apenas para Portugal - continente e ilhas;
  • Assumo o valor dos portes de envio em correio normal;
  • Não me responsabilizo por qualquer extravio ou não funcionamento do stick.
  • A divulgação dos vencedores ocorrerá no dia 17 de Outubro, ou noutra data posterior oportuna.
  • Os participantes podem participar apenas uma vez.
  • Os dois selfie sticks serão entregues a duas pessoas distintas, por isso ocorrerão dois sorteios.
  • A não resposta dos vencedores no prazo de uma semana a contar com a data de envio do e-mail, originará atribuição do selfie stick a outro participante.

 

No formulário é-vos pedido que indiquem outra utilidade do selfie stick. Não é obrigatório, mas se quiserem colaborar, a Mula agradece. De futuro, reunirei todas as sugestões dadas e criarei um post com as mesmas.

 

Boa sorte!

Fraga das Ferraduras - Um tesouro escondido no Douro

Lembram-se aqui que a minha mãe queria ir à Fraga das Ferraduras? Pois que nesse Natal ninguém me convenceu mais a sair de casa, mas uns anos mais tarde, na Páscoa de 2013, lá me convenceram a ir ver as Fragas das Ferraduras de Ribalonga situada em Carrazeda de Ansiães. Garantiram-me que era um caminho em terra batida perfeitamente circulável por estar identificada e ser um trilho reconhecido. Não me mentiram e apesar do mau tempo - fomos num dia lindo de chuva - foi um passeio muito bonito que ainda me valeram umas belas fotos. 

 

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- Pela direita é que é o caminho -

 

 

O trilho está integrado na Rede Municipal de Percursos Terrestres de Carrazeda de Ansiães e tem um total de 12,7 km. No entanto como estávamos em Ribalonga, só fizemos meio percurso, o mais bonito e mais natural: pelas matas e campos agrícolas.

 

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- Rede Municipal de Percursos Terrestres de Carrazeda de Ansiães -

 

 

Logo no início do percurso, fizemos uma descoberta arqueológica... Mais tarde, porque encontramos outras, descobrimos que era só uma pegada da Laika, a cadela dos meus tios, que nos acompanhou toda a viagem.

 

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- Pegada da Laika -

 

 

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- Ribalonga -

 

 

Parecia que já tínhamos andado muito mas aqui era só o início de uma longa caminhada e ainda nem 500m tínhamos andado quando começou a chover. Mas claro que a chuva não nos deteve, só me alagou as botas, nada de mais.

 

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- Felizmente todo o caminho era assim circulável -

 

 

A chuva até deu um ambiente mais bonito, e as fotos ficaram com umas cores incríveis, pelo que neste dia tirei as minhas duas fotografias favoritas desde sempre, a próxima é a primeira.

 

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- Já vos tinha dito que adoro quedas de água, certo? -

 

 

Adoro quedas de água, e quando encontrei esta fiquei encantada. Nem imaginam o número de fotos que tirei a esta pequena queda de água: com arrasto, sem arrasto, mais escura, mais clara. Fiquei encantada. Só para o caso de as fotos à ida não terem ficado bem, à volta voltei a tirar mais umas quantas. Esta é a minha favorita.

 

E se a mini cascata não é suficiente para vos convencer, olhem só para a paisagem que nos acompanha em todo o percurso.

 

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- Com um pouco de sol, não muito, teria ficado perfeita -

 

 

E porque acho que as imagens falam por si e não há nada que não vos faça querer conhecer a zona, está na altura de vos apresentar a Laika.

 

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- A Laika à esquerda, e o seu amigo guardador de rebanhos à direita. -

 

 

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- E os rebanhos que a Laika adora fazer correr. -

 

 

E finalmente chegamos. Onde estão as fragas afinal? O que são as fragas afinal?

 

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- E toda a gente quer ver as fragas. -

 

A Fraga das Ferraduras de Ribalonga situa-se entre Ribalonga e a zona do cachão da Rapa, a norte do rio Douro. É um local arqueológico, com uma inscrição numa rocha em forma de ferradura e alguns cruciforme, referente a Júpiter e ao culto pagão. No fundo, e para quem como eu não percebe nada disto a não ser o que lhe contam, a Fraga das Ferraduras é uma rocha rabiscada, mas que se não vale pelas seus rabiscos, vale bem pelas vistas e pelo percurso em si. 

 

- carreguem nas setas à direita para verem mais fotografias -

 

 

As fragas são os desenhos que se encontram nestas rochas com vista para o Douro, para os vales e montanhas. "Só isso Mula?" Só isto? Nem só de fragas se faz este percurso. Este percurso tem quedas de água, tem montes, tem rebanhos, tem belas paisagens, tem ar puro e acima de tudo oxigénio, coisa que cada vez há menos na cidade... Oxigénio. Mas sim, relativamente às fragas, é isto. Eu não percebo nada de arqueologia e não sou assim tão interessada, mas... Sou interessada em paisagens, em fotografia, em cores, e aqui tive tanto, mas tanto disso, que assim que tiver oportunidade tenciono repetir.

 

Fraga14.jpg- As rochas que contêm as fragas, a desculpa para a caminhada -

 

 

E entrentando, eis que tiro a minha segunda fotografia favorita desde sempre. Claro que a Laika encharcada teria de fazer parte. Obrigada Laika por me teres deixado captar este fantástico momento.

 

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- A Laika em cima das históricas Fragas das Ferraduras -

 

 

Tal como a Laika estávamos todos molhados, todos badalhocos, com os sapatos todos molhados e cheios de lama. Sujos mas felizes. Adorei esta caminhada apesar do tempo ter dificultado.

 

Digam lá que não tenho sorte de ter passado aqui uma grande parte da minha infância. Não tão aqui, que não sou assim tão velha histórica, mas aqui nesta terra. 

 

Ribalonga é uma terra pequena, tem uma área de apenas 7,04 km² e de acordo com os Censos de 2011, 92 habitantes. Atualmente já não existe como freguesia, pertencendo agora à União das Freguesias de Castanheiro do Norte e Ribalonga. Uma boa altura para visitar esta terra é no dia 18 de Julho, dia da Festa de Santa Marinha, onde o andor da Santa lidera todo um desfile de andores belíssimos e bem decorados em sua honra. À noite, porque feta é feta, há música, pois claro.

 

Se algum dia tiverem oportunidade, visitem este pequeno tesouro escondido à beira do Rio Douro.

Semana 41 - Desafio 365 Fotos

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Ai nem me quero lembrar desta semana!... Foi uma semana gulosa. Demasiado gulosa!... E por isso são fotos maioritariamente de comida... Vamos lá, e isto vai acabar por isso deliciem-se agora que a Mula vai tentar acabar com isto!...

 

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Foto 1- Cheescake de Lima para mim, cheescake de morango e chocolate branco para a Miss Little! Hmmm....

 

Foto 2- Bolinhos de requeijão e amêndoa acabadinhos de sair no forno. Receita aqui.

 

Foto 3- Foto do feriado. Bom dia a quem está nas lonas, e eu prestes a ter uma despesa extra, estava mesmo nas lonas.

 

Foto 4- As primeiras castanhas do ano. Muito boas!

 

Foto 5- Eu estava em dieta mas... o continente fez promoção de pringles e lá se foi pelos ares...

 

Foto 6- Há espera do metro para ir para casa. Mais um dia de trabalho passado.

 

Foto 7- Hoje quando cheguei a Campanhã estava assim. Parecia frio, sabia a frio... Estava frio!

 

 

E se ainda não tinhas visto estas fotos é porque ainda não segues a Mula no Instagram. 'Bora lá seguir a Mula no Insta!

 

Prá semana há mais!

Uma aventura... No Natal!

Podia perfeitamente ser um título de mais um livro da coleção escrita pela Ana Maria Magalhães e pela Isabel Alçada, mas neste caso a Mula é protagonista e não há gémeas no cenário.

 

A história contada hoje pela m-M na rubrica da Chic'Ana One Smile a Day fez-me lembrar uma aventura que aconteceu no Natal de 2006 e da qual recordo com carinho porque já passou, que na altura confesso não achei piada alguma.

 

Fomos passar o Natal à aldeia, e foi a altura em que apresentei o Mulo a toda a família e ele veio passar o Natal comigo. Como na ceia de Natal, para não variar, tínhamos exagerado nos doces, decidimos ir fazer uma caminhada, assim a minha mãe teve uma ideia: "Vamos ver as Fragas" - que são umas quedas de água no meio do monte. Toda a gente sabe que eu adoro cascatas, quedas de água e afins. Então pareceu-me muito boa ideia, imaginando que existia uma espécie de trilho para as visitar. Os meus tios também alinharam. Assim fui eu, o Mulo, a minha mãe e os meus tios todos pimpões com frio fresquinho monte acima e monte abaixo para ver as fragas. À ida, o caminho não era muito complicado, por vezes um pouco íngreme mas era relativamente fácil de andar.

 

Chegamos às fragas.

 

Eram realmente bonitas, pequenas - tanto que no verão secam - mas bastante inclinadas e por isso imponentes. Como no inverno o sol se põe que é um instante e no meio do monte não há propriamente iluminação, não tivemos por isso muito tempo para ficar admirar as ditas. Tivemos que colocar os pés ao caminho

 

O meu tio dizia conhecer um caminho diferente para voltar, para não estarmos a voltar pelo mesmo, assim ficávamos a conhecer um novo caminho. A minha tia dizia que esse caminho não estava circulável, que tinha sido abafado por silvas e afins. O meu tio insistia que o caminho estava em perfeito estado que era até melhor ir por lá que não era tão inclinado. A minha tia insistia que não. O meu tio ganhou. Fomos por esse tal novo caminho, até porque à vinda tínhamos descido uns rochedos e seria complicado de os subir.

 

A minha tia tinha razão. O caminho não estava nada circulável, tentamos desviarmo-nos, perdemo-nos. Eu não tinha sinal no telemóvel, se o sinal já é fraco perto das casas, ali era inexistente. Andamos algumas horas perdidos quase em círculos, tivemos de trepar rochas, descer outras tantas e sorte a nossa que existiam uma espécie de arbustos muito resistentes que nos podíamos agarrar a eles para ajudar a trepar. Numa das descidas magoei um pé. Pois que se o caminho já era difícil com dois pés assentes no chão, ainda mais difícil era com um pé que mal tocava no chão. Pobre do Mulo que tinha que se segurar e ainda me segurar.

 

Começou a anoitecer. E eu comecei a entrar em pânico. Acho que a minha única tranquilidade era que o meu tio era fumador, tinha isqueiro e o que não falta são casas abandonadas no meio dos montes, por isso em última análise passaríamos lá a noite à volta de uma fogueira. Todos os filmes me passavam pela cabeça, até porque ali há veados e javalis - aliás os restaurantes da zona são conhecidos por essas duas especialidades. Não estava nada confortável. Tinha frio, tinha dores, tinha medo... acima de tudo medo.

 

Lá continuamos a andar, andar... e lá demos com o caminho de volta. Chegamos a casa era já noite praticamente.

 

No dia seguinte diz a minha mãe: "Hoje vamos ver a fraga das ferraduras? Para lá o caminho é melhor..."

 

Como podem ver não fui buscar a mariquice à mãe...

 

Eis uma foto da ida.

 

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Existirá momento mas belo que aquele em que se avista o Douro? Há sim.... quando se avista a estrada principal! Palavra de Mula.

Desabafos do quotidiano, por vezes irritados, por vezes enfadonhos, mas sempre desabafos. Mais do que um blog, são pedaços de uma vida.