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Desabafos da Mula

Desabafos do quotidiano, por vezes irritados, por vezes enfadonhos, mas sempre desabafos.

Desabafos da Mula

Lutar contra o excesso de peso #1

Atingi o meu peso máximo, de sempre.

 

Na quarta-feira fui à consulta com a nutricionista e apesar de não ter entrado com 50kg e ter saído de lá com 80, a verdade é que pela primeira vez me caiu a ficha de um modo doloroso. Não tenho, como achava que tinha, excesso de peso, já ultrapassei essa fase. Estou neste momento declarada como obesa. Obesa grau I, perfeitamente recuperável em tempo útil, é verdade, mas obesa, e nunca esperei ouvir esta palavra a mim associada em conjunto com aquelas séries de avisos e perigos devido à minha "condição" - chamemos-lhe assim. Eu, Mula, que sempre me classifiquei de gorda - mas numa de estar acima do peso - caiu-me o mundo, quando ouvi a palavra obesidade, porque acho que só agora tomei consciência do quão gorda efetivamente estou. Congelei a olhar para o gráfico. Tenho um corpo de uma pessoa de 44 anos, disse-me a nutricionista e aquilo que mais reclamavam no ginásio - a minha massa muscular - é agora o melhor resultado de todos - incrível - e até a água está baixa, baixa, baixinha. E se eu vos disser que passei a beber o dobro ou triplo de água do que bebia desde que estou no novo trabalho? Nem sei que vos diga...

 

Sempre olhei para as pessoas com obesidade mórbida com olhar de crítica. Eu Mula me confesso. Faço parte daquele leque de pessoas que, quando vê uma pessoa que mal se consegue mexer, arrastar-se até ao balcão do McDonalds, que fica chocada e a pensar como é que é possível alguém deixar-se chegar a este ponto. Acho que no fundo, tenho estes julgamentos, pela mesma razão que gays que se escondem no armário a sete chaves, desenvolvem tantas vezes atitudes homofóbicas: Por medo. Sempre disse para com os meus botões que era impossível que isso algum dia me acontecesse. Espero sinceramente que seja impossível e que tenha olhos na cara e bom senso no cérebro para que realmente isso nunca me aconteça, mas a verdade é que percebi - finalmente? - que é apenas uma linha que me separa dessas pessoas, porque é muito fácil perder o controlo - muita gente não compreende, mas a verdade é que alma de gorda uma vez, alma de gorda para sempre. Sem um espelho, sem uma balança e pessoas ao meu lado que me ajudem, é muito fácil chegar àquele ponto, a verdade é esta. É muito fácil uma pessoa como eu, ficar gorda quase irrecuperável, porque eu tenho efetivamente uma alma de obesa, e um estômago ainda pior, que eu consigo comer quantidades astronómicas de comida e ainda achar que comia mais um 'cadito se sobrasse.

 

Há dois anos consegui perder bastante peso, 10kg, e ainda me aguentei algum tempo. Mas recuperei-os no último ano sem dar conta e ainda mais alguns de bónus, que era para não me sentir sozinha. Por isso se é fácil engordar 10kg num ano, é muito fácil engordar 20, 30 ou 40 em dois ou três anos. É fácil não darmos conta porque o aumento é gradual, é fácil perdermos o controlo, é fácil desmoralizarmos das dietas quando elas não têm os resultados que nós queremos, é fácil desistirmos de perder peso quando cada vez mais aumentamos de tamanho.

 

Eu neste momento decidi dizer basta, e foi por isso que decidi pedir ajuda. Já tinha andado em nutricionistas, mas sempre foram consultas no âmbito de ginásios. Foi a primeira vez que fui a uma nutricionista por minha livre e espontânea vontade e apesar de nos próximos dias ir passar muita fominha - não adianta darem-me palmadinhas nas costas que eu sei que vou passar muita fome - para já estou motivada - na realidade não estou motivada estou só tão abalada que só de pensar em açúcar me dá nojo - pelo que espero conseguir alcançar os objetivos da xô dôtora que é 1kg por semana, só com dieta, sem exercício.

 

E assim resumindo o meu plano para os mais curiosos:

  • Consultas de 15 em 15 dias - que eu não sou de fiar.

  • Litro e meio de água com drenante pras coxas -. a sorte é que aquilo é bom e faz-me beber mais água - mas só até às 16h para não me abalar o sono nas idas noturnas constantes à casa de banho.

  • Muitas coisas secas pra veia, perdão para o estômago, como tostas, tostas extra finas, bolachas marinheiras e tantas outras coisas cuja existência até então desconhecia. Quem me conhece sabe que eu não sou fã de bolachas ou tostas, mas entre isso e fome, venham até a mim as tostas deste mundo que até me sabem a cheescake.

  • Muitos legumes, alguma fruta (máximo de 3 peças), e nada de hidratos de carbono - massa, arroz, batata - à noite.
  • E olhando agora para o plano: Cadê o leite? Não há leite! E agora? Não há leite, mas há dois iogurtes que podem ser comidos duas vezes ao dia - ao pequeno-almoço e ao lanche - e até posso comer um pãozinho escuro - aiii que provei um de alfarroba delicioso - com queijo de barrar light ao pequeno-almoço.

  • Molhos: Só polpa de tomate. Queijos: Só frescos e a reduzir à proteína - carne/peixe - no prato principal.

  • Quanto às porções... Não falemos de coisas tristes se não eu choro.

 

E pronto é isto. Entretanto vou só ali chorar um bocadinho enquanto como uma folha de alface para deprimir! Ai não, esperem! Estou proibida de fazer refeições fora dos horários permitidos, pequenos lanches não são permitidos! Pronto, vou só deprimir sem folhas de alface então.

 

Tudo por um corpo de verão 2020!!!

Uma questão de nervos #1

Comentários que me tiram do sério:

No tempo dos nossos avós é que as pessoas eram saudáveis! Porque não comiam nada desta porcaria das comidas processadas e fast foods.

 

Aceito que me digam que as comidas processadas são um cancro na nossa vida. Aceito que me digam que as pessoas comiam coisas mais naturais, aparentemente mais saudáveis, quer na altura das nossas avós como das nossas mães. Mas gente, o que eu não aceito é que me digam que as pessoas eram mais saudáveis do que são hoje. Porque isso não é verdade. As pessoas morriam por espirrar! [Daí o "Deus te salve!" que habitualmente sucede o aaaatchimmm.]

 

GENTE, aprocheguem-se cá à Mula... Em 1970 - nesta altura ainda só se comia couvinhas boas e peixe sem petróilo certo? - a esperança média de vida  (EMV) rondava os 67 anos! As pessoas nos anos 70 morriam antes de chegar à reforma atual (ok, agora também...)! Atualmente a EMV ronda os 80 anos!

 

Se eu acredito que sem fast food, sem salsichas e sem peixe e fruta contaminada poderíamos chegar aos 100 anos? Acredito pois claro que acredito, mas não me venham com histórias que antigamente é que era, porque antigamente muitas crianças - e nem as couves do campo lhes salvavam a vida - não chegavam a ser adolescentes, e hoje em dia o que não falta por aí são adolescentes parvos para me azucrinar a cabeça!

 

Por isso deixem o salmão em paz, deixem-me comer as maçãs à vontade venham elas de onde vierem e siga para a fila do McDonalds mais próximo, que o que nos falta em juízo, felizmente a nossa medicina tem em dobro!

 

Fujam dos clichés como o diabo foge da cruz, se não os pelos da Mula eriçam-se todos!

 

 

 

P.S.1: Sempre se morreu de cancro - o tabaco e o alcool não são uma invenção moderna do século XXI -, de diabetes - aiii a quantidade de açúcar que tem a fruta! - e de castrol elevado - que os enchidos do interior do país não decoravam só as casas das aldeias e as gentes barravam o pão com BANHA DE PORCO, como é que isto pode ser saudável? - só não tinham era uma televisão preocupada em buzinar isso a toda a hora. "Ah ó Mula mas não existiam pessoas obesas!" Minha gente boa, a minha avó nunca deve ter comido um BigMac na vida e garanto-vos que deveria de pesar umas três vezes mais do que seria recomendado. Pensem nisso!

 

P.S.2: A francesinha, a feijoada à transmontana, o cozido à portuguesa, os rojões à minhota, as papas de sarrabulho e outros que tal, não são invenções recentes. O presunto, as alheiras e as partes gordurosas dos animais, como patas e outros que tal, faziam parte da alimentação de muitas famílias e não sendo fast food, fazem mal pra chuchu e fazem parte da alimentação portuguesa há décadas... E já nem quero falar nos queijos que ficavam ao ar livre a apanhar todo o tipo de bactérias e mais algumas... Que aí, aí perco vontade de comer queijo! [Mentira, eu nunca perco vontade de comer queijo.]

 

P.S.3: A "revolta" contra a comida saudável não tem nada a ver com a visita à nutricionista, nem com o barramento de tudo o que é bom nesta vida e qualquer semelhança com este facto é pura conspiração vossa!

 

P.S.4: Irra que o número de palavras calão bateram recordes históricos neste blog. Perdoem-me, amanhã regressarei ao registo normal. Grata pela compreensão!

 

P.S.5: Conclusão do dia: Nós não comemos demais... Mexemo-nos é de menos! [Pronto está bem, e comemos demais, mas isso agora também não interessa nada!]

Curtas do dia #661

Estava no centro comercial quando começo a ouvir com alguma insistência, uma senhora a berrar: "Gonçalo" para logo outra mais velha acrescentar "pega!", e logo continuava "Anda cá, pega! Pega" e logo a mais velha assobiava estalava os dedos e juntava-se à festa "Pega! Anda cá, anda!"

 

Olho em volta para ver onde o pequeno Chihuahua se teria metido... E eis que passa por mim uma criança com uns 2 anos a correr em direção ao infinito... Eis o Gonçalo, que eu tomei - e a sua família também - por um Chihuahua pouco amestrado e desobediente.

 

Confesso que já assisti várias vezes animais a serem tratados como crianças - os, meus! - mas crianças como animais - no sentido lato da expressão - acho que é a primeira vez!

Acho que não sei estar triste...

Sou uma pessoa alegre por natureza. Não digo que já nasci alegre, porque dirá a mãe que é mentira, que pela maneira como abria as goelas para berrar, muito alegre não deveria de ser, mas sou, normalmente uma pessoa bem disposta, quase sempre com um sorriso plantado e uma gargalhada pronta. 

 

Ainda assim, e apesar de não ser comum, sou humana e por isso nem sempre estou nos meus dias. Por vezes acordo deprimida, nem sempre a vida me vai de feição e por isso nem sempre tenho essa alegria a correr-me nas veias. Sou no entanto anormal a mostrar tristeza. Acho que não sei expressar tristeza, acho que não vim com essa funcionalidade. Assim, quando estou triste ou deprimida, demonstro apenas mau feitio, fico resingona e até meia bruta. Quando estou triste sinto a paciência a esvair-se pelo suor, ou simplesmente pelo oxigénio... Assim, quando estou triste as pessoas olham para mim e veem apenas uma Mula chateada, aborrecida, mal humorada... Uma Mula, portanto, e como tal, fazem poucas perguntas. Tem no fundo as suas vantagens.

 

Acho que não sei estar verdadeiramente triste, com aquele olhar à gato das botas e aspeto despedaçado ao estilo da azulinha do filme Divertida-Mente.  Fico só trombuda, calada e pouco dada a convívios...

 

Mas tu não choras Mula? 

Choro pois. Aliás choro por tudo e por nada. Choro a rir, choro por estar triste, choro por estar nervosa, choro por empatia se alguém chorar à minha beira, choro por estar com raiva... É como vos disse: choro por tudo e por nada, por isso este também não é um fator diferenciador...

 

Acho que só vim com o termostato das emoções avariado, mas cá dentro no peito, sinto tudo. Talvez por isso sinta tanto a necessidade de escrever, porque escrita não é aparência, escrita é sentimentos... E eu quando escrevo sinto que me expresso verdadeiramente, ao passo que quando tento falar... Apenas meto os pés pelas mãos e não sai nada de jeito... Ainda assim, nunca tentem compreender tudo o que escrevo, que por vezes, talvez por vir tão do fundo de mim, não tem compreensão possível, porque nem tudo é verdadeiramente racional. Por vezes é só um conjunto de incoerências escritas pela mesma ordem que são sentidas.

 

Nem sempre tenho coerência interna... Quanto mais escrita... 

Curtas do dia #660

Em miúda, passei por uma fase em que queria ser decoradora de interiores, ainda bem que nos entretantos mudei de ideias: Olho para os papéis de parede que os decoradores do Querido Mudei a Casa escolhem e acho-os sempre pavorosos... Mas depois adoro o resultado e fico encantada!

 

E já que estamos a falar do Querido Mudei a Casa: quem vê, já reparou que eles quando fazem salas, tiram sempre as televisões às pessoas e não põe nenhuma?

 

#teamtvnasala #devolvamastvsàspessoas #queremostvnasala #oqueseriadaminhavidasemtv

Sabem aqueles dias...

Em que tudo vos corre bem, em que acordam bem dispostos e aparentemente com o cu virado para a lua

 

Aqueles dias em que parece que toda a gente vos sorri, vos ajuda e o dia é feliz? 

 

Hoje não é um desses dias. 

 

Obrigada e boa tarde! 

 

P.s.: se não der notícias nos próximos dias é porque cortei os pulsos e em lugar oportuno alguém vos dirá onde podem conhecer a Mula empalhada! 

É incrível como o Portal da Queixa...

...Transforma os impossíveis em possíveis!

Acho incrível já que não possamos resolver os nossos problemas como antigamente: ligar para uma linha de apoio, sermos atendidos por uma voz amiga, minimamente simpática, minimamente disponível, minimamente - o mínimo dos mínimos - competente. Trabalhei durante três anos numa linha de apoio ao cliente e eu era assim, tomava as dores de quem me pedia ajuda e só não ajudava quando não podia ou quando a pessoa era maximamente antipática e arrogante. Bem sei que é uma profissão terrível, desgastante, mal paga, and so on, and so on, and so on... Mas assumiram um compromisso quando assinaram um contrato, recebem um salário para isso, pelo que o mínimo que peço é que me ajudem, quando solicito essa ajuda, porque eu não ligo a enxovalhar, não ligo a insultar, mas começo a pensar que se calhar essas pessoas é que estão certas.

 

Mas explicando...

 

A minha mãe recebeu uma mensagem com a indicação de que tinha ativado um serviço e que a partir desse momento lhe iriam descontar 3,99€ POR SEMANA! Assim que recebeu a mensagem e lhe descontaram o saldo - por acaso estava com ela - liguei de imediato para a operadora a explicar que não tinha sido solicitado qualquer ativação de serviço e que como tal solicitava o cancelamento do mesmo e consequentemente a devolução do valor descontado.

 

No meu tempo de operadora de call centre de telecomunicações, esta chamada era uma das minhas favoritas, era rápida, era resolvida na hora, não gerava conflito. Fui formada para não gerar conflito. Mas os tempos mudaram... 

 

Fui informada que o tal serviço, um tal de Broadcast Fun não era um serviço da operadora e como tal não poderiam fazer nada. Informei que não tinha pedido nada daquilo, que sabia que existia a possibilidade de bloquear esses serviços por obrigação da ANACOM - isto já era do meu tempo - e que queria solicitar o barramento desse serviço e uma vez mais solicitei a devolução do saldo. 

 

Não era possível, volta a referir a voz do outro lado, num vazio e apatia quase surreal. Dizia que tinha de ser eu a ligar para um número de valor acrescentado, que custava 25 CÊNTIMOS POR MINUTO, e que essa era a minha ÚNICA possibilidade, que não havia outra forma. Comecei a barafustar porque queria que ele me explicasse como é que era possível eles não poderem fazer nada, como é que tinha de ser eu a gastar mais um dinheirão para ligar para um número que eu não queria para desativar um serviço que eu não solicitei. E atenção que se a minha mãe me diz que não colocou o número em lado nenhum eu acredito! Porque sei que isso é possível.

 

A chamada oportunamente caiu. 

 

Uma vez mais, no meu tempo se uma chamada caía eu era obrigada a ligar de volta ao cliente, aliás se não o fizesse e estivesse a ser avaliada tinha o meu emprego em risco. Escusado será dizer que ninguém ligou de volta.

 

A minha mãe já resignada "eu ligo para lá..." e eu que já fervia.... Já fervia... Vocês sabem que eu sofro dos nervos... Disse não, bati o pé e disse que iria fazer a queixa no Portal da Queixa. Fiz a reclamação no sábado, ontem de manhã aprovaram a reclamação, ontem à tarde a questão já estava resolvida. 

 

Afinal o serviço que eles não podiam cancelar de "forma alguma" foi cancelado, o saldo que descontaram que eles não tinham "nada que ver" foi devolvido, mas, claro que a má conduta da operadora tinha de estar presente em toda a fase do processo, ligando à minha mãe a avisar que para a próxima tem de ter cuidado cuidado que não voltam a ajudar, quando estão fartos, fartinhos de saber que esses serviços podem ser ativados por qualquer pessoa através da Internet, sem qualquer tipo de verificação ou validação. 

 

Tenho muita pena que para estes senhores, os clientes não tenham qualquer importância, que sejam apenas mais um e que não se preocupem minimamente em tentar passar uma boa imagem, uma imagem de preocupação... Esquecem-se é que sem clientes, não há empresa.

 

Para terem noção, em tempos, numa outra operadora tive o mesmo problema, mas liguei a admitir que achava que tinha ativado qualquer coisa mas que não sabia o quê, e do outro lado uma profissional competente, desativou o serviço sem que eu precisasse de barafustar e devolveu o saldo sem eu pedir... Mas empresas que se preocupam com os seus clientes é outro tipo de empresas... Esta não faz parte desse lote, e já não é a primeira vez que tenho problemas com esta operadora. Em tempos tive inclusive que pedir a ajuda a um advogado porque a comunicação com eles era simplesmente impossível, e com o advogado nem disseram "Mas"disseram logo "com certeza" e tudo ficou resolvido. Vários anos se passaram desde então e parece que não aprendem mesmo a lidar com o cliente e para o cliente conseguir ser ajudado tem mesmo de ganhar cabelos brancos e pôr pés ao caminho... 

 

O mau do Karma... É que jurei que nunca mais seria cliente destes senhores, e estes senhores compraram a operadora telefónica a que eu pertencia... Oh Karma! Karma!

 

Agora a sério, digam gente: Era mesmo necessário isto tudo*?

 

 

 

*Ser não seria, mas não era a mesma coisa, porque há uma linha que separa as boas empresas das muito más! Pois que assim seja!

Não sei se me ria, não sei se chore #3

E porque hoje falamos de comportamentos rodoviários, parece-me oportuno partilhar este momento convosco.

 

Duas senhoras com bastante alguma idade, no comboio falavam sobre deslocação... Uma pergunta à outra:

 

Senhora 1:  Porque é que não tiraste a carta? 

Senhora 2:  Porque é muito difícil... 

Senhora 1:  Difícil é conduzir um avião! 

Senhora 2:  Por que é que dizes isso? 

Senhora 1:  Já viste a quantidade de botões? Para além de que nos aviões eles têm de saber para onde vão!

 

Não está, obviamente, em causa que efetivamente a condução de um avião é complexa e por isso acho que comparar um avião a um carro é só estúpido, porque a exigência não é comparável, mas olhar para a condução de uma viatura - seja ela qual for - com esta leviandade, parece-me muito perigoso, e por isso espero que a senhora já não tenha carta - se efetivamente algum dia a teve, e por isso não sei se me devesse rir ou chorar perante esta afirmação...

 

E agora não consigo deixar de pensar...: Os automobilista não têm de saber para onde vão? Ó céus as coisas que eu oiço...

Desabafos do quotidiano, por vezes irritados, por vezes enfadonhos, mas sempre desabafos. Mais do que um blog, são pedaços de uma vida.