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Desabafos da Mula

Desabafos do quotidiano, por vezes irritados, por vezes enfadonhos, mas sempre desabafos.

Desabafos da Mula

Uma espécie de Review de alguém que não percebe nada disto: Operação Entebbe

Como sabem porque apregoo no instagram sem vergonha na cara, #queriaserfitacabeigorda e por isso domingo foi dia de encher a barriga de pipocas, que é como quem diz, foi dia de regressar ao cinema. Não tinha assim nenhum filme que quisesse muito ver - parece que o Ocean's 8 só estreia em Junho! - mas o Operação Entebbe chamou a atenção do Mulo e lá fomos ver.

 

Operação-Entebbe.jpg

 

O Operação Entebbe dirigido pelo brasileiro José Padilha, é um filme histórico que relata o sequestro do avião da Air France em Junho de 1976, que seguia de Telavive com destino a Paris pela Frente Popular para a Libertação da Palestina e pelas Células Revolucionárias da Alemanha. O Avião que deveria de ter aterrado em Paris, acabou a aterrar em Entebbe, no Uganda, fazendo reféns mais de 250 passageiros, incluindo a tripulação do avião, com o apoio do presidente do Uganda, Idi Amin. O objetivo do sequestro seria a libertação de cerca de cinquenta militantes detidos essencialmente em Israel. Assim, os terroristas separaram os israelitas e judeus, acabando por libertar os elementos das restantes nacionalidades. O sequestro durou 7 dias. No entanto, Israel não esteve nunca disposto a ceder às exigências dos terroristas e conduziu uma operação por forma a impedir o massacre que esteve prestes a ocorrer.

 

Antes de mais adorei a forma como o filme contou a história e o paralelismo que fez com uma peça de dança: Intensa, desgastante, metódica. Tal como na dança, numa guerra um passo em falso vai alterar todo o seu curso e é preciso estar-se bem preparado e concentrado.

 

Na história os dois elementos alemães demonstram ter ideais muito diferentes dos terroristas, e ao longo do filme vamos percebendo o que os levou até ali. Criamos até uma espécie de empatia com estes dois terroristas alemães porque percebemos que nunca era intenção dos mesmos colocar em risco a vida de todas aquelas pessoas, contrariamente aos que lideravam a missão, que estavam dispostos a ceifar vidas de inocentes para levarem a sua causa avante e mostrarem ao mundo a sua importância e poder. Assim desde logo percebemos a diferença entre extremistas e crentes.

 

Com este filme percebemos também que a perseguição aos judeus é continua e que nuca se esgotou com o fim do Holocausto. É por isso fácil de compreender que ao longo dos tempos sempre tivemos - e teremos, infelizmente -  pessoas que acreditam que há vidas que valem mais do que outras.

 

No filme, percebe-se que o facto de os terroristas terem libertado os cidadãos de outras culturas e terem ficado apenas com os cidadãos israelitas que fez com que o povo de Israel pressionasse o seu presidente a negociar, mas a posição do seu presidente manteve-se sempre estável: Não negociar com terroristas. Não poderia não estar de acordo. Negociar com terroristas - ainda que em causa possam estar demasiadas vidas - é abrir precedentes. É dizer aos terroristas que podem fazer o que quiserem que vão sair vitoriosos, que raptar, matar e ameaçar é solução, que têm força. Negociar com terroristas é prolongar as guerras. E numa guerra, sinceramente, não acho que existam vencedores e vencidos, na minha opinião só há vencidos, todos perdem. E perdem o que há de mais precioso: A vida!

 

Gostei bastante do filme e se gostarem de filmes históricos, não percam a Operação Entebbe. que tanto quanto sei é bastante fiel à realidade, sem manobras hollywoodescas. Aqui não há efeitos especiais nem missões impossíveis de ocorrer na realidade. Aqui há relatos, e poderia perfeitamente ser um documentário: essencialmente muito credível. E é um filme que nos prende ao ecrã o tempo todo.

 

Quem é que já viu o filme?

Juro!

Juro que isto aconteceu!

 

Ia eu na auto-estrada, a uns 120km/h quando sou ultrapassada por um moço,  pé na tábua. Entretanto, encontrando trânsito  mudei-me para a faixa onde o moço ia a abrir caminho. Ele ia lá à frente, eu cá a trás em velocidade constante.

 

Eis que um aguaceiro decide cumprimentar! Não era uma chuva miudinha mas também não era uma tempestade. Era só um pouco de água. 

 

O gajo não tem mais nada: Pé no travão e reduz drasticamente a velocidade. Fui atrás dele a 50km/h uma boa parte da viagem... Fila parada de um lado, fiquei sem alternativas, lá fui atrás do emplastro. Avisto então com grande alegria minha, a portagem, aí teríamos três faixas e eu iria conseguir ultrapassar... 

 

... Mas ao passar a Via Verde a chuva passou... E eu nunca mais o vi!

 

Eu levo muito a sério a questão da moderação da velocidade em tempo de chuva mas... A menos que o moço tivesse o motor das escovas avariado, nada justifica passar de um extremo a outro!

 

Juro que não entendo.

Desafio de Cinema | 52 filmes em 52 semanas

#14 Melhor Filme Dramático

A Vida é Bela, agora e sempre. É para mim dos filmes mais tristes de sempre. Não pelo filme em si - que até é contado com algum humor -, mas pelo seu significado, pela sua história, por tudo. Agora e sempre A Vida é Bela

 

 

E vocês? Que filme elegeriam para ser o melhor filme dramático de sempre?

O flagelo das crianças que não aprenderam a brincar....

Esta semana, pela janela de minha casa, vi duas crianças com aproximadamente 8 anos supostamente a brincar. Basicamente falavam uma com a outra através de um walkie-talkie estando uma ao lado da outra. Não, não foram uma para cada ponta, não se esconderam, nada. Estavam simplesmente ao lado uma da outra, fazendo de conta que não se conheciam, falando para um walkie-talkie.

 

Parece que definitivamente as crianças já não sabem brincar sem ser com aparelhos e mesmo com eles... Não os sabem utilizar.

 

Isto para mim são apenas crianças a serem crianças mas crianças que não aprenderam a brincar.

 

E vocês, que exemplos vocês conhecem que comprovam este flagelo?

Desabafos do quotidiano, por vezes irritados, por vezes enfadonhos, mas sempre desabafos. Mais do que um blog, são pedaços de uma vida.