Quando o ano de 2018 começou, estava longe de imaginar como iria terminar. Este ano não pareceu um ano, pareceram 3 ou 4. Eu que me queixo que o tempo voa, desta vez o ano foi enorme. Essencialmente desde Setembro até agora. Parece que de Setembro até agora foi uma eternidade e tanto aconteceu... Na vida, no blog... Toda a minha vida se reestruturou.
O que vocês não sabem é que no início do ano comecei a tentar engravidar. E como é que passamos de uma tentativa de maternidade para um divórcio? Pois...
Entendem como foi um ano enorme?
2018 foi o ano em que completei 30 anos e onde a crise dos 30 me atirou ao chão e rebolou sobre mim. Com o divórcio, regressei a casa da mãe. 10 anos depois. Curiosamente saí em Outubro de 2008 e regressei em Outubro de 2018, podemos dizer que foi um ciclo completo. Que coisa estranha esta coisa da vida...
Aqui, com 30 anos tive de me reerguer. Aprender novas rotinas, ganhar novas forças, e apesar de tantas vezes cair ao chão, deitar as mãos à cabeça e perguntar-me vezes sem conta porque estou a passar por isto, estou a reerguer-me o melhor que sei. Tenho saído, tentado conviver com pessoas, divertir-me. Estou a tentar fugir da solidão que tantas vezes nos atira mais ao chão e nos cobre de pó. Eu não quero estar no chão coberta de pó.
Em 2018 foi também quando olhei para o espelho e comecei a gostar um pouco mais do que via. Ao menos isso. Imaginem o que era eu, gorda, divorciada aos 30 e sem pingo de autoestima? Ao menos sou gorda, divorciada aos 30, mas com uma autoestima que me permite aguentar com um sorriso no rosto o dia-a-dia. Todo o dia. Hoje gosto mais de mim, e talvez por isso tenha olhado para trás e percebido que merecia mais, que precisava de mais, que queria mais. Não por uma questão fútil ou egoísta, mas porque batalhei toda a vida por mais, apesar de não ter tido a sorte esperada. E 2018 foi também o ano que eu percebi que posso ter mais e isso no fundo acalenta-me o coração.
Posto isto, confesso que estou um pouco assustada com o novo ano que vai entrar, não que a mudança de um calendário faça diferença alguma mas... Estou assustada com o novo ano que vai entrar, ainda que... sejamos sinceros, pode sempre piorar eu sei mas... Qual é a probabilidade de ser um ano pior que este?
Tive quase um ano para ler este livro tão pequeno... Também confesso que não é um livro para ser lido todo de uma vez, é para ir lendo, devagarinho e consoante nos fizer sentido, mas ainda assim foi demasiado tempo. Isto diz muito sobre o que eu achei do livro, digo-vos já.
O livro é uma reunião de várias crónicas/diálogos sobre o amor nas suas várias perspetivas. Fala sobre respeito, sobre paixão, sobre o desgaste, sobre o fim do amor. Sobre sacrifícios, sobre escolhas e sobre desejos e vontades.
Não é um livro espetacular e mais de metade das crónicas/diálogos são para encher chouriços, enfadonhas, e não acrescentam nada, mas há crónicas muito boas e muitas dessas boas crónicas permite-nos criar reflexões e como eu gosto de dizer: Faz-nos olhar para dentro. Digamos que muitas dessas crónicas nos faz pôr a nossa vida em reflexão e nos faz questionar o que estamos a fazer de bem e de mal e como poderemos fazer diferente, e até chamar-nos a atenção para um amor que nós não desejamos, porque o nosso respeito e dignidade são tantas vezes colocadas em causa em pequenas coisas que quase não notamos mas que nos causam mossa. Com este livro no fundo percebemos que não estamos sozinhos quando achamos que estamos a cismar em algo exageradamente.
Há crónicas que realmente me fizeram questionar muito o relacionamento que eu tinha e que colocou por palavras muito do que eu sentia e não sabia que sentia. Por isso é um livro que apesar de tudo deve ser lido com cuidado, porque lido numa altura má - em que nos sentimos mais em baixo - pode ser devastador.
Apesar de ter sido um livro que na generalidade me desiludiu confesso que gostei de ler e as crónicas boas, são mesmo muito boas e valem pelo livro todo.
E deixo-vos com um exemplo das crónicas que mais gostei.
Tive o sofá livre toda a tarde. O Simba esteve deitado no balcão do bar toda a tarde. Decido desligar o PC e ponho-o no braço do sofá. O Simba vai para onde? Para cima do braço do sofá. Que tinha o quê? Isso mesmo, o computador... E ainda consegue olhar para mim como que a dizer "podias tirar isto daqui? Estorva um bocadinho..."
Cadeira da secretária livre a tarde toda. Simba deitado no chão a tarde toda. Kika decide ir para a cadeira da secretária. Simba faz o quê? Fica sentado a olhar para ela deitada como que a dizer "Ai! Ali é que se deve estar confortável!" Faz o quê? Tenta ir para lá, mas a Kika não lhe dá abusos e expulsa-o. Tenta uma segunda vez mas o mesmo final. Simba vai amuado novamente para o chão.
Podia continuar a enumerar imensas situações de como esta vida é injusta para os gatos desta casa... Realmente ser gato é mesmo difícil!
Tenho um problema que muitos têm... E poucos falam sobre isso.
A Mula sofre de hemorroidas. É verdade, não é uma coisa bonita de se dizer nem de se falar sobre, mas a verdade é que é um problema como tantos outros. E não a Mula não anda aí em raves loucas - apesar de não me livrar das piadas! -, a Mula tem apenas de ter muito cuidado com o que come e infelizmente há algumas coisas que lhe escapam do controlo.
Sofro deste problema desde que comecei a ter uma alimentação saudável. Incrível não é verdade? Nunca tive problemas quando me alimentava à base de hambúrgueres, fritos, quilos de pão e massa. Mas parece que comer legumes e fruta com variedade não é coisa que os intestinos e afins sempre adorem. Ou então adoram, e são explosões de adoração! #sóquenão Ou então é a PDI e não tem nada a ver com a alimentação e não há nada a fazer... Assim como assim, digo-vos e quem sofre com isto sabe bem: É desconfortável, é doloroso... É horrível!
Os últimos dois verões posso garantir-vos que foram horríveis. Sempre que vem o calor, o pesadelo começa e este fim-de-semana, vésperas de Natal, sem que nada o fizesse prever - até porque durante o tempo frio não é comum -, voltei a ter problemas. Farta que os cremes e medicação não façam efeito, fui diretamente ao hospital.
Digo-vos desde já que não tenciono voltar ao centro de saúde voltando a ter este problema. Fui logo lancetada e apesar de ser um procedimento horrível - não vos minto, só a anestesia é uma coisa horrível, acho que nunca disse tantos palavrões em frente a um estranho - mas a verdade é que o facto da situação ficar logo resolvida é um alívio.
E foi por isto que passei os meus últimos dias de cama, não de rabinho para o ar, mas quase. E passei um Natal fantástico, com um humor de cão, e com muita vontade de festejar. #sóquenão Tive inclusive de deixar de tomar um dos medicamentos, já que o tomava e 15 minutos depois era uma morta-viva: não conseguia andar porque não tinha força nas pernas, não conseguia comer porque vomitava tudo, não conseguia abrir os olhos porque todo o mundo girava a uma velocidade alucinante... Tive inclusive de ser ajudada a comer. Sim, digamos que os últimos dias têm sido no mínimo interessantes do ponto de vista físico e psicológico... tudo.
Este 2018 tem sido um ano fantástico... Só não sei é porque raio ainda não acabou!
Fiquei de ir comprar a prenda da minha mãe sábado à tarde depois do trabalho... Mas tive uma pequena cirurgia de urgência - sim o meu Natal foi fantástico, mas calma está tudo bem - e acabei por ficar de cama no Sábado... No Domingo... e ontem...
Sim, é isso, a minha mãe ficou sem prenda porque eu deixei tudo para a última.
Já dizia o outro: Não deixes para amanhã o que podes fazer hoje! Aprendi!
Sou - era? - fã assumida do Natal. Era das que vibrava com as prendas debaixo da árvore, era das que abanava e procurava as prendas escondidas e das que ficava sentada a olhar os embrulhos numa tentativa - ora vã, ora certeira - de adivinhação. Este espírito durou até à idade adulta. Adoro - adorava? - as luzes de natal, a aletria e as rabanadas.
Este ano esse espírito não desceu em mim. Não me apetece tratar das prendas, e tudo o que olho parece horrível, os embrulhos foram feitos à pressão e sem qualquer amor ou motivação. Não criei um banner para o blog a preceito, nem coloquei flocos para decoração. Não decorei a árvore de natal, nem tirei o pinheirinho de madeira que tenho guardada no meu armário, para decorar a secretária de trabalho.
Este ano poderiam cancelar o Natal que eu nem perceberia. Sinceramente só quero que o ano termine, que tudo termine para que se possa reconstruir qualquer coisa boa. Um dia.
Não. Este ano não há espírito de Natal em compensação tenho um Grinch a nascer dentro de mim...
E porque nem só de famosos blogs vive a nossa praça. Popicas e popicos da Têbê deixem passar aqui a malta anónima que uma vez por ano também chega a nossa hora de brilhar. Pois é, pois é... E que dizer agora? Parece que a música que a vossa Mula vos cantou, vos enlouqueceu porque também vos encantou... E vocês doidos, ou ao engano - mas agora também não adianta chorar sobre o leite derramado porque já está! - lá votaram na vossa Mula... E votaram... E votaram... E votaram... E transformaram a vossa Mula numa Sapa. Na Sapa do Ano!
Votaram leve, levemente, como quem chama por mim. Será nulo? Será branco? Branco não é, certamente e o nulo não sabe assim.
É talvez um sapo: mas há pouco, há poucochinho, nem um sapo se ouvia na quieta melancolia dos blogs no caminho…
(...)
E uma infinita alegria, uma funda exaltação entra em mim, fica em mim presa. Cai a publicação do resultado que acelera o meu coração.
E antes que seja acusada de plágio e me encerrem já o curral... Só uma palavra, de quem não tem palavras:
Há filmes cujas imagens valem por mil palavras, e há um que à parte de ser um grande filme tem uma imagem lindíssima. Cada frame daria um belíssimo quadro.
Falo-vos do Cisne Negro.
Acho que dispensa apresentações... E eu adorei. Quem é que viu e gostou?