Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Desabafos da Mula

Desabafos do quotidiano, por vezes irritados, por vezes enfadonhos, mas sempre desabafos.

Desabafos da Mula

Coisas que só a mim... #4

Há uns meses deram-me uma bola de pilates. Não era nova, mas como não a usavam e como sabiam que eu queria comprar uma, deram-me. Nunca a tinha utilizado porque entregaram-me vazia. Entretanto semana passada arranjaram-me uma bomba para eu a encher...

 

... E eu estive ali, de punho firme a dar a dar para encher a dita durante uns 15 ou 20 minutos... E quando já cansada finalmente a encho totalmente...

 

... Descubro que aquilo não tem a tampinha para tapar a bola!

 

 

E o resto suponho que vocês já imaginem o que aconteceu!

Uma espécie de Review de alguém que não percebe nada disto: Samitério de Animais

Samitério de Animais é um filme obrigatório para os fãs de Stephen King, como eu, ainda que seja nestas alturas que tenho pena que Stanley Kubrick já não seja vivo. Ainda que os realizadores Kevin Kölsch e Dennis Widmyer não estivessem mal, algumas arestas poderiam ser limadas e o filme teria muito mais potencial para ser ainda mais assustador.

 

 

Não, não é um erro ortográfico. O filme não explora propriamente um cemitério de animais, mas antes um samitério de animais, que é muito mais sinistro e macabro.

 

O Samitério de Animais conta a história de uma família que se muda da cidade de Boston para uma terra no interior de Maine e que descobre que a sua propriedade inclui um cemitério de animais onde procissões e cultos são realizados aos animais domésticos que morrem naquela zona como forma de lhes prestarem homenagem. E se desde o início da mudança a família percebe que algumas coisas estranhas acontecem na zona, tudo piora quando o gato da família, Church, morre. Na tentativa de não fazer sofrer a filha do casal, o gato é enterrado numa terra indígena que promete trazer coisas de volta, e assim é despoletada toda um conjunto de reações em cadeia que leva a família à desgraça.

 

O lema do filme é "Às vezes é melhor estar morto" e por isso mesmo, o filme demonstra que tentar adulterar a realidade para tentar de alguma forma escapar ao sofrimento, não vai dar bom resultado e que por isso devemos aceitar o que nos acontece, seja de bom ou de mau. O filme marca claramente uma posição: não devemos nunca alterar a ordem das coisas, ou adulterar determinados acontecimentos sob pena de influenciarmos uma data de reações adversas, mesmo daqueles que nos rodeiam.

 

O Samitério de Animais coloca-nos algumas questões importantes, essencialmente no que toca ao tema morte. Foca muito a forma como diferentes pessoas lidam com a morte, e como passamos esse tipo de informação para as crianças. É um filme que também nos coloca numa posição indelicada e extremamente desconfortável: E se pudéssemos trazer de volta à vida alguém que amássemos muito e que já não está connosco, seja pessoa ou animal? Quem nunca o desejou fazer...? E se tivéssemos essa oportunidade mesmo sabendo que nada iria ser igual?

 

O filme está claramente dividido em duas fases: A primeira metade do filme é a mais lenta mas é também a mais intensa, com cenas mais assustadoras e macabras. Com cenas mais desconfortáveis essencialmente para pessoas que como eu idolatram os gatos. Confesso que na primeira metade do filme me arrependi amargamente de ter ido ver o filme, pois ver um gato numa posição tão... Ingrata?... Me deixou bastante desconfortável, obrigando-me um pouco a reviver o que eu passei com o meu Pulga, apesar de - obviamente - serem situações bastante distintas. Até à primeira metade o filme é mais realista - dentro do irrealismo - e por isso mais assustador, no entanto, quando chegamos à segunda metade do filme em que as cenas avançam a uma velocidade atroz o filme torna-se um pouco mais desinteressante: Primeiro pela previsibilidade das cenas, segundo pela perda do terror para dar espaço à violência. O final não tem a capacidade para nos deixar maravilhados e acontece tão rápido que no fundo é apenas um repetir das cenas. Não querendo ser spoiler mas sendo-o totalmente - e por isso se quiserem ir ver o filme, parem de ler por aqui - basicamente filha mata mãe, que por sua vez mata pai, que por sua vez quer matar o outro filho e vivem felizes para sempre... Tudo isto nos últimos dois minutos de filme... É demasiada morte para tão pouco tempo de filme... E é aqui que o filme peca. Claramente os realizadores não conseguiram dar a volta ao texto e transformar um final tão insosso num final wow, e foi isso que fez falta ao filme. Começou muito bem, desenvolveu-se bem - apesar de ter alguns elementos não fundamentados apenas para dar terror às cenas - e na segunda metade do filme a qualidade desceu a pique e o final desiludiu.

 

É um bom filme de terror? Eu gostei e ainda dei alguns saltos na cadeira e tapei a cara com o meu lenço algumas vezes... Mas não é o melhor filme alguma vez feito, nem acho que vá deixar uma marca verdadeiramente profunda na memória... Mas eu gostei.

 

Já viram? O que acharam?

Pedido de ajuda

Malta dos gatos, compadeçam-se de mim e ajudem aqui a Mula:

 

Como dar, presencialmente, festas/mimos virtuais a gatos?

 

Como assim Mula, é presencial ou é virtual? Eu passo a explicar.

 

O Simba, o meu leão gatarrão de serviço, é um mimalho, mas vá-se lá saber porquê, evita ao máximo contacto humano e só aceita receber festas e mimos em condições muito específicas e inclui sempre um humano sentado ou deitado. Deve achar que os humanos ficam mais vulneráveis nesta posição e sente-se  mais confortável, não sei. Por sua vez, Kika mimalha atrevida vem sempre receber festas. Simba ao ver a Kika a receber mimos vem também. Inclina a cabeça para nós lhe fazermos festas e quando estamos quase, quase, quase a tocar-lhe Simba desaparece do mapa e se formos atrás dele então nunca mais o vemos...

 

Ora, eu gostava de amimalhar o meu Simba como tanto ele gosta, e estupidamente quer, mas o bicho não é fácil de lidar, e também não queremos irritar o miúdo que 6,5kg de gato ainda é capaz de fazer mossa.

 

 

Mais alguém com algum gato mimalho mas com a mania que é independente?

Estou oficialmente em modo depressão...

... Mais conhecida por depressão pós-férias!

 

(Imagem retirada daqui)

 

E estive de férias nesta última semana... E já terminaram!

 

E custou demasiado acordar cedo... E custou horrores sair da cama... E custou imenso regressar ao trabalho... E custou um montão enfrentar o fim do descanso...

 

Essencialmente porque não fiz nada do que estava inicialmente programado, essencialmente porque choveu demasiados dias dos poucos dias que tinha para passear! Essencialmente porque nasci para ser rica apesar de ter carteira de pobre...

 

Mas apesar de estar em modo zombie há uma coisa que me alimenta a alma: Falta menos de um mês para as minhas próximas férias! E é isto que me mantém viva!

Factos incontornáveis...

... tão incontornáveis como as fases da lua.

 

 

Facto incontornável: O fim de uma relação não dita o fim de um sentimento.

 

É meu ex-marido mas nunca será meu ex-amor!

 

Há uma clara diferença entre o ser incompatível e o deixar de amar, o nosso caso foi claramente a primeira situação. Por isso tentamos ser amigos fora da relação, tentamos continuar a vermo-nos regularmente e tudo isso falhou redondamente. Claramente não conseguimos ser amigos porque ainda há sentimentos que ultrapassam em larga medida a amizade. Ele nunca acreditou quando eu lhe disse "eu ainda te amo, mas já não consigo continuar" e achava que lho dizia apenas por piedade, para tentar de alguma forma diminuir o sofrimento, como se existissem formas de diminuir o sofrimento de uma separação.  Não, não menti.

 

O Triptofano algures por aqui, perguntou à Mula o que falhou na nossa tentativa vã de sermos amigos. O que falhou? No fundo tentarmos ser amigos era só continuar com a cabeça na guilhotina depois de decepada. É sofrimento desnecessário e há gestos que são quase inconscientes e que temos de lutar contra e é só horrível: Como não dar a mão a alguém a quem demos toda a vida? Como dar um beijo no rosto a alguém que toda a vida beijamos na boca? Como não agarrar quando toda a vida foi um porto seguro?

 

Facto incontornável: Nem todos os portos seguros são eternos.

 

Esta semana li um artigo que falava sobre pessoas que não conseguem ficar juntas apesar dos sentimentos que as unem...

 

... Isto nunca me fez sentido...

 

Até agora!

 

Facto incontornável: Um amor e uma cabana não é suficiente para uma relação se manter sólida, saudável e inquebrável pelo tempo.

 

Para uma relação ser suficientemente e positivamente segura é necessário duas pessoas remarem no mesmo sentido, quererem as mesmas coisas, terem minimamente os mesmos objetivos... Lutarem em conjunto por um bem comum.

 

Dizem que toda a panela tem seu testo... Devemos por isso procurar o testo que nos pertence mas sempre com a consciência deste último facto...

 

Facto incontornável: Prosseguir e procurar um futuro não é esquecer um passado.

Pág. 1/3

Desabafos do quotidiano, por vezes irritados, por vezes enfadonhos, mas sempre desabafos. Mais do que um blog, são pedaços de uma vida.