A minha vida profissional, até então, permite-me catalogar as pessoas em dois tipos, no que toca a uma conversação:
- Os que tentam dominar e minar a conversação: tentam, que a Mula cá não é burra e não deixa. Ter o controlo de uma conversa SEMPRE!
- Os que são tão submissos que enervam e temos que arrancar tudo a ferros e obtemos zero de informação adicional: Limitam-se a responder exclusivamente ao necessário nem que para isso estejam a responder "sim" e "não" durante uma hora.
A minha profissão diz-me também que há algumas pessoas no meio termo mas... são raras. Muito raras. Eu, confesso que depende muito do meu estado de espírito, mas... Sou maioritariamente uma controladora e tento sempre ter o controlo da conversa, seja telefónica ou pessoalmente...
E vocês? Como é que se consideram enquanto comunicadores?
Este ano foi quase toda a gente, da minha parte, corrida a relógios, e também eu recebi dois.
Será que é uma mensagem subliminar de que queremos oferecer tempo? Ou de que andamos todos a tentar fazer as pazes com o tempo que nos foge por entre os dedos?
O meu ginásio mandou-me esta mensagem... Será que ele tem noção que eu estou a treinar, não para queimar o que comi e ainda vou comer em 2019 mas para queimar - AINDA - o que andei a comer ao longo de 2009?
Não acredito em milagres, e há muito que perdi a magia do Natal, mas parece que se deu o verdadeiro milagre de Natal.
Meu caro Júlio Farinha, disseste-me aqui que "é exactamente de cabeça perdida que se cometem os maiores actos de heroísmo!". Falávamos do meu anjo da guarda.
Longe estavas tu de saber quão certo estavas - digo eu!
Mesmo de cabeça perdida o meu anjo da guarda ajudou-me, e finalmente a Mula mudou de trabalho, não de empresa, essa é a mesma, mas felizmente as minhas preces foram ouvidas e mudei de departamento para um trabalho bastante mais satisfatório, para uma área que há algum tempo queria pertencer.
A mudança assusta, é um trabalho completamente diferente do anterior e fui selecionada sem experiência perante candidatos com bastante experiência, sinto o peso da responsabilidade sobre os meus ombros. Claro que assusta, mas a vontade de fazer parte impulsiona muito mais do que trava, por isso brindemos juntos aos desafios que isto ou vai ou racha.
Preguiçar e descansar parecem sinónimos, mas a vossa Mula vos garante: Não são, porque a preguiça nos impede de fazer coisas que nos permitem ficar tranquilos e se não estamos tranquilos, não descansamos.
Exemplificando:
Na quarta-feira, quando a louca da Elsa decidiu assombrar este país fora, a Mula deixou o carro lá fora, porque a atual logística de pôr o carro na garagem é desgastante: Procura Hachi, prende Hachi - é que ele não ainda não aprendeu a afastar-se do carro... - abre portão, fecha portão, abre garagem, fecha garagem - tudo à lá pata - e na manhã seguinte tudo igual... Para além de estar a chover, eu estava super cansada.
Estaciono o carro à porta de casa como habitual, olho para o lado "hmm... estão ali os contentores...". Saio do carro e penso: "não vai acontecer nada!" Já a entrar em casa, volto a olhar para o carro e para os contentores e torço novamente o nariz, volto a ligar o carro e coloco-o à porta do vizinho, mais à frente, afastado dos contentores do lixo, que não estão amarrados nem têm qualquer tipo de proteção.
Vou para casa.
"Com um temporal destes e eu não estacionei o carro na garagem...", resultado não preguei olho. Sempre que parecia que as minhas janelas do quarto se iam desintegrar, com o vento, eu só pensava "vai voar alguma telha! Vai voar qualquer coisa, o meu carro vai ficar feito num oito! Mas porque raio não estacionei na garagem?!" Eram 3 da manhã quando olhei para o relógio e pensei sair de casa para o ir guardar, mas estava demasiado horrível. Quem ainda voava era eu - piada seca do dia, como se eu fosse suficientemente leve para isso! - e tentei dormir, mas a verdade é que não preguei olho.
De manhã quando estou a sair de casa agradeci a minha intuição: Os contentores do lixo estavam no sítio onde eu tinha deixado o carro inicialmente. Felizmente não aconteceu nada, talvez porque o meu anjinho da guarda mexeu os cordelinhos para dar alguma sorte à estronça da humana que ele guarda... Mas ontem o carro já foi direitinho para a garagem, para não correr riscos...
... E para dormir!
Há riscos, por mais preguiça que se tenha, que não valem a pena correr!
O Hotel & Spa que deveria de ter o Spa entre aspas
A Mula foi de fim de semana para relaxar, que lá no trabalho aquilo tem estado caótico. Então a Mula e o Moço escolheram um sítio que fosse pertinho mas que desse na mesma para passear - se o tempo assim o tivesse permitido! - e que desse também para relaxar. Assim, e aproveitando uma promoção da Via Verde lá fomos para o In Gold Hotel & Spa, em Águeda.
O In Gold Hotel & Spa fica bem próximo do centro da cidade de Águeda, que nesta altura está lindíssima com toda a decoração de Natal - já é linda durante o ano, mas nesta altura tem um encanto mais especial.
O Hotel é muito porreiro, é acolhedor, limpo, organizado e com funcionários muito simpáticos e prestáveis, no entanto o Spa... O Spa na realidade não é Spa e foi uma autêntica desilusão. Em primeiro lugar o suposto Spa do Hotel é fora do Hotel. É um edifício à parte sem qualquer ligação coberta, o que no inverno - como foi o caso! - é horrível, até porque estava a chover... Ou seja, quer para irmos para o edifício, chamemos-lhe da piscina, quer para voltarmos - todos molhados - apanhamos chuva - e gripe, no fundo... e gripe, que isto de vir todos molhados de uma piscina quente e apanhar com chuva não é agradável e o corpo não gosta.
Mas adiante...
Ia eu toda lampeira de livro na mão, a acreditar que ia passar algumas horas na espreguiçadeira a ler um pouco, até porque o edifício da piscina era no alto e parecia ter vistas - e tinha! - e foi quando levei com a primeira desilusão. Tem apenas 3 espreguiçadeiras - e zero estavam livres - e nem um local para pendurar toalhas. Lá voltou a Mula aos cacifos para pousar o livro e usufruir apenas da piscina. 'Bora lá, que a Mula também gosta de nadar.
As vistas da piscina são agradáveis e desafogadas e tem bastante luz natural o que me agradou bastante. A água é aquecida e tem dois jatos para relaxamento. Ponto número dois negativo: Para ligarmos os jatos de água temos de sair da piscina, porque os botões junto aos jatos não funcionam. Por sorte tivemos um menino que se divertia a carregar nos botões e mal aquilo parava ele carregava, se não, teríamos de nadar até à extremidade onde estão as escadas, sair da piscina e carregar nos botões. Não nos faz sentido e é a primeira vez que vimos tal.
O Spa é tudo isto que vêm na foto. É constituído por uma piscina, e duas mini cabines de sauna e banho turco em que cabem duas pessoas em cada uma delas. E ali estão as 3 espreguiçadeiras que vos falei. O espaço tinha também uns chuveiros junto à piscina - normalmente antes de entrarmos temos de passar pelos chuveiros... - mas não funcionavam. Lamento mas na ótica da Mula isto não é um Spa... Já passei por alguns hotéis com Spa com valores semelhantes e nada a ver com isto.
Mas vamos aos quartos.
O quarto da vossa Mula.
As vistas do quarto.
E a vossa Mula toda entusiasmada antes de saber que não ia ler junto à piscina.
Felizmente o Hotel era bom. O quarto não sendo enorme, tinha boa área, minimalista, senti a falta de uns tapetes ou de alcatifa, achei o quarto um pouco impessoal e frio, mas o colchão era muito confortável e as almofadas também que é o que é verdadeiramente importante.
Fizemos duas refeições lá no hotel - jantar e pequeno-almoço - e a comida é boa mas uma vez mais o hotel demonstra falta de organização. Enviaram-nos a ementa por email aquando da reserva, e depois na hora os pratos nada tinham que ver com o que apresentado na ementa enviada. Questionamos o motivo, disseram-nos que não sabiam mas que trabalhavam com pratos do dia e que todos os dias eram diferentes. Tudo bem. A ementa não era muito atrativa - tinha apenas um prato de peixe, outro de carne e um vegetariano - mas acho que fizemos uma boa escolha e a comida era saborosa.
Recebemos o couvert com azeitonas com um molho muito saboroso com azeite, limão e ervas. como entrada comemos creme de cenoura e como prato principal optamos os dois pelo Salmão com grelos e batatas parisienses. Estava bom. Sobremesa: só tinham à escolha entre gelado ou fruta. Achei a ementa mesmo muito pobrezinha. Estamos a falar de um restaurante de um hotel de 4*... Mas a verdade é que os valores do restaurante também são muito mais acessíveis que o normal. Enquanto, por exemplo, no Pena Park Hotel - também de 4* - uma refeição para 2 pessoas rondam os 70€, aqui no In Gold Hotel & Spa fica por metade do preço, isto também é importante salientar no entanto, são comparações que não é possível ficar indiferente e tendo já aqui outras experiências como base, a realidade ficou um pouco aquém das nossas expectativas.
O pequeno-almoço apesar de estar longe de ser o mais variado que já encontrei, tinha uma seleção agradável. Os sumos, como habitual não eram naturais, os bolos não eram caseiros mas as compotas eram boas e os ovos mexidos também muito saborosos lembrando os que faço de manhã. Tinha umas três qualidades de pão - que eu tivesse visto - e vários pastéis em miniatura. O que adorei na política do hotel - porque o que é bom também tem de ser ressalvado - é que ao fim de semana dispõe de pequeno almoço tardio e em vez de terminar como é habitual às 10h, aos fins de semana o pequeno almoço termina às 11h.
Outra grande vantagem do hotel é ter estacionamento coberto incluído, até porque não há estacionamento à porta ou próximo e tem entrada direta para o hotel.
Se a vossa ideia é uma noite de passagem, apenas para dormir, a Mula recomenda: é um hotel confortável com pessoal muito simpático e refeições acolhedoras. No entanto, se a vossa preferência recai sobre o descansar, o relaxar e aproveitar o Spa, então esta não é a escolha mais acertada.
Não uma história bonita, não uma história de encantar. Uma história só. Deixa-me contar-te ao ouvido a história da minha vida, a história dos meus sentimentos. Dos meus sentimentos por ti. Dos meus sentimentos por ti e talvez até dos sentimentos por nós, um nós que não existe mas já existiu outrora. Ou existe e sempre existirá?
Deixa-me contar-te uma história sobre sensações e ambições. Uma história sem final feliz, mas com esperança. Uma história só. Deixa-me contar-te ao ouvido a história dos meus desejos e das minhas vontades. Dos meus desejos de te fazer feliz, e talvez de ser feliz também. Uma história sobre uma felicidade que já existiu, mas não existe mais. Ou existe e sempre existirá?
Deixa-me contar-te uma história sobre príncipes e princesas. Sobre cavalos e cavaleiros em países longínquos e austeros. Uma história onde não há vencedores nem vencidos. Uma história onde não vences tu, nem eu. Onde perdemos os dois, ou até talvez uma onde somos os dois vencedores. Podemos ser os dois vencedores?
Deixa-me contar-te...
Não...
Espera!
Não nasci para contar, nasci para viver. Rasga todas os papéis das histórias que te escrevi, dá-me a mão e vamos simplesmente viver.
Não... Não nasci para contar... Nasci para sentir, para cheirar, para correr e para cair, talvez até um pouco para sofrer...