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Desabafos da Mula

Desabafos do quotidiano, por vezes irritados, por vezes enfadonhos, mas sempre desabafos.

Desabafos da Mula

Coisas que acontecem por cá...#17

Veio um senhor a uma ENTREVISTA de TRABALHO - perdoem as letras gigantes, mas em breve vocês entenderão o motivo - e digo para o senhor: "Pode acompanhar-me?" 

 

Diz o senhor descontraído, para minha grande estupefação:

 

"Acompanho, sim, logo que não me ponha a trabalhar!

 

 

E ri-se! Eu confesso que fiquei em dúvida se me ria ou se chorava... Optei pelo rir para não chorar! 

 

Eu não sei, que eu cá não percebo nada disto, realmente, mas normalmente, julgo eu, quando alguém vai a uma entrevista de trabalho, a pessoa, à partida, quer trabalhar. Claramente não era o caso e deve ter sido a entrevista mais rápida da história e menos de 2 minutos estava cá fora. Claro que - e por isso é que quando vamos a uma entrevista, devemos ter uma linguagem cuidada com qualquer elemento da empresa - alertei o meu colega para esta graçola, que claramente também não apreciou, mas ainda assim o espírito da pessoa realmente não se coadunava com o nosso.

 

Há pessoas que só fazem os outros perder tempo...

SheIn - À segunda foi...

Podia ter-me ficado pela primeira impressão não é verdade? Podia... Poder podia... Mas não, sou teimosa vocês sabem.

Lembro-me da desilusão que foi comprar aquela camisola, mas também vos digo, primeiro estranha-se, depois entranha-se, e a verdade é que passei a usá-la muitas vezes - encontrei o look perfeito para a dita - e quando a bicha encostou às boxes - manchei-a não sei bem como... - fiquei triste, porque apesar de ter um corte estranho passei a gostar bastante dela.

 

Percebendo que a coisa afinal não era assim tão má, a SheIn é hoje em dia um vício. Dificilmente passo um mês sem mandar vir coisas de lá. Consigo preços muito bons, mas o motivo nem é esse, a questão é que ali consigo encontrar o que não consigo nas lojas.

 

Biquínis, casacos, calças, camisolas, camisas e acessórios, já comprei um pouco de tudo e raramente me arrependi - acho que assim de repente de tudo o que comprei só um vestido nunca o usei, e até já expliquei aqui o porquê. E pronto, teria poupado uns bons tostões se me tivesse ficado pela primeira impressão... Mas o que é que aconteceu? Marrei na coisa e a ligação deu-se, para desgraça da minha saúde financeira.

Coisas que só a mim... #8

... Mas que provavelmente acontecem a outras pessoas.

Estava a falar com uma cliente ao telefone e não estava a conseguir descobri com quem ela queria falar, ela dizia-me o primeiro nome, mas temos várias pessoas com aquele nome e isso não me ajudava. Ainda por cima o assunto era relativo a uma situação antiga.

 

Eis que lhe digo assim, descontraída.

 

Mula: Pois realmente não sei a quem se refere... É que ainda por cima pode ser alguém que já não esteja entre nós....

 

Mal terminei a frase caí logo em mim, e lá explliquei que o que queria dizer é que poderia ser alguém que já não trabalharia connosco.

 

Ó céus!

 

Vou para o inferno...

Realmente a minha mente é poluída, não terei lugar no céu quando me for deste mundo para o outro.

 

Ora se não, vejamos.

 

Entra um senhor no edifício. Andava de forma estranha, foi contra uma parede, e nem a mim se dirigiu. Fui eu a correr ter com o homem para perceber o que é que ele queria dali, e só pensava "ó pronto, um bêbado, era o que me faltava hoje!". 

 

Mula: Boa tarde, posso ajudar?

Senhor: Venho para uma entrevista com o Sr. X.

["Pronto, vem bêbado para uma entrevista! A sério?"]

Mula: Claro, acompanhe-me por favor. - E vou a praguejar baixinho, para mim... Vantagens do uso da máscara, não podem ser só desvantagens. 

 

Eis que...

 

 

...Percebo que o senhor não estava bêbado... O senhor tinha um problema numa perna. 

 

Parvoíce do dia

Recordam-se desta publicação?

 

Descobri que afinal não estou a perder o meu talento, o vinho maduro é que me faz mal!

 

Continuo a conseguir andar a Gin a noite toda - consegui tirar as teimas no casamento da Mel - mas assim que mudei para o vinho - branco maduro - a coisa não foi bonita... Ou seja: Bebidas brancas? Siga. Vinhos... Vamos lá com cuidado!

 

Uffa! Que estou muito mais tranquila!

 

A nossa Mel casou-se!

[Mais minha do que vossa, já que esta menina abandonou a blogosfera descaradamente. Shame, Mel. Shame!]

 

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O casamento foi lindo mas fez-me descobrir que estou a ficar velha. Eu não chorava em casamentos! Aliás achava até estranho as pessoas chorarem, porque é suposto celebrar-se, é suposto estarmos felizes. Mas estou velha, chorei... Chorei e em vários momentos e sim, chorei de felicidade porque foi tudo lindo, a noiva estava linda, a cerimónia, ainda que pelo civil, foi linda, e eu não m'aguentei!

 

Perguntou-me a minha mãe se chorei porque me lembrei do meu... Não foi isso. Claro que me lembrei do meu, é impossível não recordar nestes momentos, o meu, mas não foi isso. Acho que estou é uma lamechas, e é inegável que a Mel e o - agora - marido têm uma cumplicidade como nunca vi e isso emociona. Pensem num casal perfeito... São eles os dois! Por isso ver toda aquela felicidade, ver todo aquele amor e compromisso, comoveu-me... E desejei ter algo assim para mim, um amor pleno, perfeito. Eles acham que é para sempre. Eu também acho e desejo que sim, até porque são estes amores que me fazem acreditar que é possível ser-se feliz e encontrar alguém perfeito para nós, com um amor correspondido em toda a sua plenitude.

 

Mas adiante, que a publicação está a ficar demasiado séria e não era a sua finalidade.

 

Este casamento foi o evento do ano, e após mais de um ano sem grande vida social - obrigadinha, covid!  - o casamento da Mel foi o que mais próximo estive de uma saída à séria, dancei até os pés me doerem, e mesmo após doerem, diverti-me como se o mundo fosse terminar no dia seguinte. Chata chata é a máscara, que isto de estar aos pulos com máscara não dá jeito nenhum e abafava um pouco. Ainda por cima quando éramos cerca de 30 pessoas e fomos todos testados... O ambiente estava controlado, achei a máscara um pouco desnecessária apesar de que entendi a posição da quinta, e respeitei pois claro.

 

Choveu muito, o dia amanheceu frio e pôs-se gelado, mas a verdade é que isso não nos travou. Casamento molhado é casamento abençoado certo? E só quero que tenham toda a bênção possível.

 

Brindamos aos noivos?

Olhar fixamente nos olhos

 

Tenho um problema com pessoas que me olham fixamente nos olhos enquanto falam... E ainda mais quando nada dizem e continuam a olhar fixamente no meio do silêncio. Não vos sei explicar, parece que sinto a minha alma a ser sugada...

 

Olho nos olhos enquanto falo claro, ainda que volta e meia desvie, olhe em volta, olhe para o telemóvel, para o sol ou para as paredes. Mas em silêncio, nunca olho fixamente para ninguém, a não ser que seja alguém que me seja muito íntimo, aí os silêncios e os olhares não me incomodam. Mas quando é alguém que não me pertença ao ciclo íntimo... a história é outra. Assim que se faz o primeiro segundo de silêncio, tenho tendência para desviar logo o olhar. Acho confortável assim, para mim e para os outros.

 

E quando eu desvio o olhar, ou estou a fazer uma coisa qualquer que implique não poder olhar para a pessoa com quem estou a falar, e sinto os olhos cravados em mim? Quase que sinto um arrepio na espinha...

 

Mais alguém? Digam-me que não sou uma pessoa estranha...

Eu Mula me confesso

Sou racista...

 

... Folheal!

 

E perguntam vocês o que é isso, e muito bem!

 

Pois que descrimino as partes de trás das folhas dos cadernos!

 

Não sei se vos acontece o mesmo mas quando escrevo na parte da frente das folhas dos cadernos está tudo bem, fica tudo bonitinho, tudo no seu devido espaço. Já quando falamos da folha traseira... A história é outra! Fica tudo muito espaçado, para acabar rápido, e por norma não fica com tanto brio.

 

Mais alguém tosco como a Mula?

O lado mau da fama

Tinha esta publicação nos rascunhos já há alguns meses... Parece-me oportuno agora, mais do que nunca, numa altura em que o país ficou em choque com a morte da tão jovem, bela e talentosa Maria João Abreu. 

 

Há quem deseje ser famoso. Há quem o tente toda a vida. Eu não gostaria de o ser, prezo demasiado a minha privacidade, nem gostaria que os meus fossem, prezo demasiado a minha sanidade mental.

 

Penso frequentemente como deve ser triste ter um familiar que morreu mas que permanece sempre vivo na televisão ou nas rádios. Já repararam bem a quantidade de vezes que repetem na televisão filmes de pessoas que já não estão entre nós? Já para não falar na música...

 

Sei que a televisão tem o dom de imortalizar as pessoas, mas já pensaram no sofrimento de quem os ama, para lá da fama? De quem os conheceu? De quem tem saudades de os beijar? De os esborrachar?

 

Quando o meu Mimo morreu, tive mais de um ano sem conseguir ver fotografias ou vídeos, era demasiado doloroso. Imagino a dor que é estar a fazer zapping e ver o marido, o filho, o irmão, o pai ou a mãe... Pior, ainda a pessoa não foi enterrada e as televisões enchem-se de homenagens, pergunto-me sempre como conseguem preparar uma grelha com uma só pessoa em tão pouco tempo. Já estariam à espera? Percebo que a ideia é ser algo bonito, mas para mim é só macabro... Será geral o sentimento ou eu é que lido assim tão mal com a morte?

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Desabafos do quotidiano, por vezes irritados, por vezes enfadonhos, mas sempre desabafos. Mais do que um blog, são pedaços de uma vida.