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Desabafos da Mula

Desabafos do quotidiano, por vezes irritados, por vezes enfadonhos, mas sempre desabafos.

Desabafos da Mula

Gente parva

Aqui na minha terra havia uma rua estreita que dava ligação a uma rua principal e onde, por só passar um carro, existia a constante necessidade de se fazer marcha-atrás, para o carro que já estava no estreito, passar. Já ali bati - quando tinha carta há pouco tempo - a fazer marcha-atrás, acabei por bater num carro que estava atrás de mim e que eu estupidamente não vi.

 

Há uns anos alargaram a rua para ser possível passar dois carros e evitar manobras desnecessárias.

 

Adivinhem o que fazem agora nesse local?

 

Isso mesmo... estacionam!

 

Fátima

Não sou a pessoa mais religiosa que vocês possam conhecer. Tenho Deus no meu coração, tenho as minhas crenças e fé mas olho a religião com algum cuidado e descrença porque há determinadas situações que não me entram. Porque se Deus nos ama a todos de modo incondicional não pode haver exceções, não pode haver descriminação, preconceitos e outros que tais. A igreja deveria de ser inclusiva, compreensiva e empática, e apesar de achar que estamos mais próximo disso do que nunca, ainda temos um longo caminho a percorrer.

 

Fui a Fátima este fim-de-semana, e se há sítio onde me sinto em paz é em Fátima, ou em qualquer outra igreja, essencialmente sem missa, vazia. Eu, Deus e os meus pensamentos para lavar a lama da alma. Ali sinto-me pequenina, e quanto mais pequenina me sinto mais as minhas dores diminuem, mais os meus problemas se tornam pequenos. É bom diminuir os problemas, ainda que por momentos, é bom podermos ter, ainda que por momentos, a cabeça fria, ouvirmo-nos, sentirmo-nos já que a correria do dia-a-dia tantas vezes não nos permite.

 

Prefiro assim, as igrejas vazias, não gosto de ir à missa, onde tantas vezes acho que é falado o que não é sentido.

 

Gosto assim, eu em paz com a minha fé.

Cada vez mais zarolha...

"Pode apostar nos óculos que o seu astigmatismo é bastante estável, não irá evoluir facilmente."

 

Quantas mentiras nos contam ao longo da vida... Eu acreditei. Eu acreditei que iria continuar com a minha percentagem mínima de problema e comprei os óculos, e usei os óculos, até que veio a pandemia, e com ela, as máscaras, e com as máscaras os óculos embaciados e com ele a balança: faz pior não usar os óculos ou usar os óculos e não ver um cu porque está tudo embaciado? Certamente que faz pior usar os óculos sempre baços, porque esforço muito mais para focar... 

 

[... silêncio]

 

Alias, se o meu astigmatismo é estável, também não irei piorar seja de uma maneira ou de outra... não vou usar!

 

[...silêncio]

 

Eu percebo tanto disto que deveria de tirar um curso qualquer ligado a esta área... #sóquenão obviamente.

 

Eu notava que andava a ver pior, dei-me mil e uma desculpas, porque o ecrá era mais pequeno, porque tenho fraca luminosidade e bla bla bla, mas eu já tinha percebido que andava a ver pior. Eis que fui ao médico do trabalho e fizeram-me o teste à visão. Levei os meus óculitos, e lá fui toda pimpona fazer má figura na mesma... Antes nem os tivesse levado que assim tinha feito melhor figura.

 

Diz o médico: "Isto está grave... passa-lhe uma nota de 500€ pelas mãos, ainda vê apenas 50€ e fica a perder 450..." claro que ele estava a brincar, mas a verdade é que eu via bem ao perto e não estou a ver e a diferença de um olho e de outro aumentou significativamente. Estou quase como o Camões, mas com rimel, eyeliner e sem pala, basicamente é isto. Conclusão, eu queria comprar um par de óculos extra - para ter um no trabalho e outro em casa, que estou sempre a esquecer-me deles - e vou acabar a comprar um par e umas novas lentes para atualizar as dioptrias.

 

Ó salário que me foges por entre os dedos, sem que te sinta permanecer...

 

Querida MultiOpticas, não queres patrocinar aqui uns belos pares de óculos fofinhos à Mula mais catita - e única, espero - desta blogosfera? Conto contigo!

 

 

P.S.: É possível que esteja a piscar a outra óptica qualquer... é que a visão não é o meu forte!

 

P.S2.: A par do teste à visão fizeram-me um teste à audição. Ouvidos de tísica. Ouço ó, uma borboleta a bater as asas do outro lado do planeta. Tivesse eu a visão como a audição, acho que até visão infravermelhos eu tinha incluídos... Não se pode ter tudo, dizem.

Lutar contra o excesso de peso #30

 

Sábado foi dia de pesagem. Sobrevivi com estilo: Menos um quilo e meio no bucho!

 

 

Desde 28 de Janeiro que perdi 5kg, reduzi centímetros vários em todo o corpo e reduzi de 7 para 4,5 a gordura visceral. Estou a ir, devagarinho estou a ir para onde quero. Desde Abril de 2020 já perdi 10kg e já "só" me faltam perder 7kg, estou perto, tão perto. Só não me quero perder pelo caminho, desta vez não. Já não tenho idade para me perder... Mas a verdade é que desde que a balança saiu dos 70kg que ando muito mais motivada, mesmo quando a bichinha empanca semanas a fio no mesmo valor não me desmotivo porque sei que já passei tantas vezes por isso que será só mais uma vez e que irei conseguir superar este embruxamento do meu metabolismo.

 

Parece pouco, mas um quilo e meio nesta altura do campeonato é muito positivo, tendo em conta que reduzi os treinos para metade - devido ao curso - e passei por um casamento bem recheado e regado e por uma despedida de solteira cheia de coisas boas... Não me privei de nada em nenhum dos momentos. Fiz as minhas escolhas, tentei fazer as melhores escolhas possíveis dentro do que foi encher a Mula - literalmente - desde que lá cheguei até à minha partida, mas fiz escolhas. Fugi dos queijos, não comi a massa folhada que enrolava o bife, escolhi apenas provar duas sobremesas, e nas entradas evitei o pão. Também dancei muito, ajudou, mas também bebi demasiado o que prejudicou. Mesmo com as escolhas, andei mais de uma semana a recuperar do casamento, mas a verdade é que se fosse hoje não faria nada de diferente - talvez o vinho, não teria bebido o vinho, que sinto que tive uma experiência de quase-morte - porque feta é feta e ninguém drome toda a gente come! E nesses dias é para aproveitar, para festejar e divertir, e comer pois claro. Prefiro ser uma gordinha feliz do que uma magra amargurada. Prefiro ter resultados mais lentos, mas ser feliz, e quem me conhece sabe. Comer faz-me feliz. Demasiado feliz. Transbordo felicidade!

 

 

Acho que a minha sorte, no fundo, é que eu sou tão feliz a comer um hambúrguer como a comer uma salada. Para mim o que importa é o sabor, e a combinação de ingredientes. Claro que adoro gordices, pizas, hambúrgueres, lasanhas. Mas também sou menina para pedir uma bela de uma salada com salmão fumado - ou até cru! Adoro salmão cru! -, queijinho do bom e abacate. Gosto de coisas saborosas, por isso é que coisas só cozidas... Sem piada e sem sabor... Meh! Aí não sou feliz. Por isso é que mesmo no dia-a-dia tento colocar sabor no que como, ainda que sejam maioritariamente coisas cozidas e grelhadas. Adoro atestar os meus brócolos cozidos com alho em pó e cebola em pó. Não vão a saltear, economizo nas gorduras, mas no dia seguinte ao almoço - continuo a levar marmita - eles estão super saborosos como se tivessem sido salteados.

 

E são estas opções que me fazem seguir em frente confortável e feliz. E orgulhosa. Orgulhosa também. Orgulhosa porque no trabalho tenho uma máquina de vending carregada de chocolates, croissants e bolachas gulosas e digo-vos que em quase 4 meses de trabalho tirei uma fatia de salame de chocolate e um pão de sementes com queijo! Quando quero uma gordice vou às máquinas da prozis, é um pecado, mas não é um pecado tão pecaminoso, nutricionalmente falando - tirando umas barritas energéticas que eles lá têm e que uma vez tirei e vi que aquilo tinha tanta caloria, mas tanta caloria, que jurei que a barrita haveria de durar 3 dias... e durou! - e por isso estou orgulhosa de conseguir resistir ao pecado apesar de ele morar logo ali ao lado e me acenar com alguma frequência.

 

Sim, estou orgulhosa e a minha querida Nutricionista também disse que era motivo para estar e que poderia comer uma porcariazita para festejar. Escolhi uma bela de uma açorda de marisco, num restaurante à beira mar - ouvia-se as ondas... tão bom! - e mousse de chocolate - caseira!!!! - para sobremesa. Domingo treinei duas horas, até doer tudo! Lei da compensação... 

 

 

E resumidamente é isto. Já caibo nas minhas calças amarelas, que era um grande objetivo para este verão - e não foi preciso chegar ao verão - e agora só preciso de ganhar cu - perdoem-me ser tão direta mas ando mesmo triste que o meu rabo está mesmo a desaparecer! - afinar e endurecer aqui e ali, perder a gordura dos braços que é das teimosas e barriga. Basicamente e resumindo, agora é treino, muito treino.

 

Eu consigo! 

 

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Desabafos do quotidiano, por vezes irritados, por vezes enfadonhos, mas sempre desabafos. Mais do que um blog, são pedaços de uma vida.