Adicta
Claramente tenho um vício, e claramente é cada vez mais difícil de o abandonar. Nem tão pouco sei se o quero abandonar... De facto!
Quem me segue no Instagram sabe que desde que trabalho junto ao rio que me viciei no mar, tão perto, logo ali ao lado. Agora que o sol se põe tarde não há dia que não saia do trabalho e não o vá só e apenas contemplar. As ondas a bater na areia - "O mar enrola na areia... Ninguém sabe o que ele diz, bate na areia e desmaia, porque se sente feliz!" -, o sol a refletir no mar, as pegadas deixadas por gentes e animais, gente a ir e a vir, casais, solitários como eu. Viciei-me no cheiro a maresia e no barulho das ondas. Tinha saudades de me sentir assim: leve, tranquila, como o mar...feliz!
Tenho reparado ainda num pormenor importante e que de pormenor tem muito pouco: quando estamos só e apenas assim, felizes, coisas boas vêm ter connosco e as coisas que simplesmente nos deixam e que numa outra altura até nos poderiam causar algum tipo de dano, abandonam de mansinho sem causar mossa ou fazer barulho, quiçá abafado pelo barulho dos risos interiores ou exteriores.
O mar faz-me feliz, e eu estou viciada no mar porque no fundo estou viciada em ser feliz!