Escapadinha - Dois dias e meio em Valência parte II
Percorrido todo o centro de valência, chegou a altura de vos falar sobre o centro histórico. Tão belo, tão rico. Acho que me habituaria a caminhar por entre as várias vielas deste centro histórico diariamente.
Se querem comida típica, o centro histórico parece-me adequado. Digo parece-me, porque realmente de típico não comemos nada, mas as esplanadas e restaurantes estavam cheias, por isso parece-me um bom local para comer, ainda que os preços fossem um pouco fora do que desejamos pagar e daí nos termos afastado deste local no que toca a refeições.
Centro Histórico:
O ideal para conhecer o centro histórico, também conhecido por Cidade Velha - se não quiserem ir a pé - é sair na estação de metro de Colón que não sendo propriamente no centro histórico é bastante perto.
Chegamos à Plaza de la Virgen e aqui encontramos a Catedral de Santa María de Valencia, sendo que a porta que aqui vemos na fotografia é conhecida pela Porta dos Apóstolos.
(Catedral de Santa María de Valencia vista pela Plaza de la Virgen)
Logo ali ao lado, temos a Basilica de la Virgen de los Desamparados, conhecida pela incrível cúpula de tijolos azuis, sendo uma das mais importantes da cidade uma vez que é onde se encontra a padroeira da cidade: A Virgem dos Desamparados.
(Basilica de la Virgen de los Desamparados, vista da Plaza de la Virgen )
Um pouco mais à frente, caminhando por uma rua que liga à praça, encontramos a Porta de Serrans, cuja subida à torre fica gratuita com o nosso Tourist Card.
(Torre de Serrans)
(Vistas da Torre de Serrans)
(Há sempre tempo para algumas brincadeiras)
Um pouco acima do centro histórico, bem visível aqui do cimo da Torre de Serrans, temos o Jardim de Túria, planificado no antigo Rio Túria. São nove quilómetros de jardins, pontes, lagos e diversos parques para diversas atividades para miúdos e graúdos. O Rio Túria foi desviado do centro de Valência após as inundações de 1957 que devastou a cidade e onde morreram 81 pessoas, assim de forma a evitar futuros incidentes, desviaram o rio e no seu canal construiram algo que as pessoas da cidade pudessem usufruir, sendo atualmente o maior parque espanhol.
(Antigo Canal do Rio Turia - Atual Jardim de Turia)
Algo que achei curioso em Valência é que tudo está escrito em duas línguas: Valenciano e Castelhano, mas pelo que percebi, entre si as pessoas falam o castelhano. O valenciano é estranho, é como se fosse uma mistura entre o italiano, o castelhano e o francês a pesar de se perceber minimamente achei-o demasiado estranho.
É uma cidade com muitas pessoas. É uma cidade de movimento: As ruas sempre cheias de gente, com imenso barulho, com transportes sempre a passar e confesso que isso nos agrada. Já a zona da costa - talvez por ainda não estarmos no verão - é uma zona mais calma, com menos movimento do que imaginei, apesar do calor.
(Plaza de la Virgen)
Algo estranhamente curioso é a reação das pessoas com a temperatura. Só os turistas andavam de t'shirt, de vestidos, e de corpo ao léu. Já os nativos... Os nativos andavam como se fosse inverno. De casacos, de lenços, de tudo como se estivessem 10ºC, e não como os 30ºC, que estiveram na terça e na quarta-feira.
À noite, as ruas continuam cheias de gente, mas torna-se mais difícil para jantar. Pelo menos todos os restaurantes que tentamos ir estavam fechados à noite. E os que estavam abertos, eram os mais turísticos: uma vez mais, esses não nos interessavam. O que gostei muito nesta cidade é que dá a sensação de uma cidade segura. Não se vê gente estranha, nem pessoas a tentar vender coisas ilegais, mesmo no metro. Eu não gosto de andar no metro de Londres porque é povoado por gente demasiado estranha que dá uma sensação de insegurança, mas aqui não. Foi muito tranquilo.
Para jantar, ao fim de andar e andar e andar e já começar a desesperar e a procurar o McDonalds mais próximo, encontramos um pequeno restaurante italiano que nos pareceu muito bem. Pizza vegetariana para ele, um fusili com pesto para mim. Delicioso.
E terminamos assim o dia dois desta escapadinha por Valência.
E o terceiro e último post está quase aí. E então, vão deixar passar?