Escapadinha parte I - Óbidos
Andava para ir ao Bacalhôa Buddha Eden há alguns anos. Sempre que andávamos para aqueles lados estava frio ou a chover e acabamos por ir adiando, até que me lembrei que poderíamos ir festejar os nossos 14 anos de namoro até Óbidos - terra que amo de coração - e já que lá estávamos... Ir então ao Buddha Eden no Bombarral.
Já conhecia Óbidos, nunca lá tinha passado a noite, mas sempre que podíamos passávamos nesta vila histórica, que tantas rainhas acolheu. Fomos descendo devagarinho, pela nacional, fizemos algumas paragens, nomeadamente em Caldas da Rainha e Leiria e quando chegamos a Óbidos começamos por dar uma volta pela estação, que parece totalmente parada no tempo - mas de modo positivo - com os seus azulejos bem conservados, relativamente limpa e com árvores de fruto.
Paramos ainda à entrada da vila, longe de imaginar porque estava tão carregado o céu...
E fomos para o nosso curral daquela noite, tomar uma banhoca, mudar de roupa para sairmos para jantar na Foz do Arelho. Ficamos numa Guest House muito encantadora, com gente calada mas simpática, que é também um salão de chá. Chama-se Infusion, e fica a uns 5 minutos do centro de Óbidos.
Toda a Guest House está bem decorada, quer no seu interior, quer no seu exterior:
E o quarto era moderno e amoroso:
Depois de tomado o pequeno almoço, foi altura de ir passear para a vila.
Óbidos está muito diferente do que me recordava. Não na estrutura, mas na quantidade de pessoas que agora visitam a vila. É quase impossível passear pelas quelhas sem sermos atropelados por um francês, por um alemão ou por um chinês. As lojas estão cheias - ainda bem, espero que se traduza na caixa ao final do dia - os restaurante apinhados e nos parques em redor do castelo é um vaivém de autocarros de turismo que ora levam, ora trazem pessoas.
Por isso tentamos fugir um pouco das vielas principais, e acabamos por passear nas vielas mais secundárias, onde o encanto ainda é maior, porque é mais puro, mais tradicional.
É para mim uma das vilas mais bonitas de Portugal, no entanto imagino o terror que seja viver com tantos desconhecidos à porta, imagino que o que seja em bom para os comerciantes é em mau para os moradores.
Para descansarmos um pouco encontramos uma casa - aparentemente desabitada - com uns belos jardins que deram um bom descanso, longe da confusão, longe do barulho, apenas com a paz à volta... E muito calor pois claro, que apesar de ainda ser de manhã o termómetro já marcava 30º.
(Olhem o Mulo ali ao fundo armado em paparazzi!)
E neste jardim ficamos a recuperar forças para sairmos de Óbidos e irmos até à nossa próxima paragem: Bacalhôa Buddha Eden, que relatarei numa próxima.
Fiquem desse lado e não percam a publicação do maior jardim oriental da Europa!