Factos estranhos sobre a Mula
As últimas publicações foram um tanto intensas, um tanto ou quanto desgastantes e saíram-me mesmo da alma, são demasiado de mim, tanto de mim que por vezes olho, releio e penso que não deveria de ter escrito, ou não deveria de ter publicado, mas já foi e não quero saber. Tento não pensar muito nisso.
Mas porque isto estava a ficar sério de mais, e porque hoje é sexta-feira e porque é o meu último dia de trabalho antes das férias, vamos a uma publicação um tanto ou quanto parva, com factos estúpidos sobre esta vossa Mula que até parece normal - sei que não pareço, mas pareceu-me uma boa maneira de começar esta publicação - mas que tem muitos problemas em:
- Sentir madeira não envernizada, desde móveis a talheres... Não gosto de talheres de madeira no geral, mas os não envernizados dificilmente lhes consigo tocar. Piora se estiverem molhados!
- Alisar tecidos ou ouvir alguém a fazê-lo. Arrepia-me até aos dentes, de impressão. Então se forem lençóis ou toalhas... E isso faz com que tenha dificuldades em dormir sem meias, mesmo no verão, porque não gosto da sensação dos pés a "rasparem" nos lençóis. Em contrapartida adoro andar descalça e sentir o chão! Incoerente? Possivelmente!
- Encontrar chinelos. Nunca sei onde eles estão, como gosto de andar descalça, nunca sei onde os deixo, porque me esqueço de os calçar. Quando preciso deles, podem estar em qualquer lado: debaixo da cama, debaixo de uma mesa, no meio da sala, na cozinha... Enfim!
- Sentir as mãos ou cara sujas, ou molhadas. Sou aquela que parte um ovo, lava as mãos, parte o segundo ovo, lava as mãos e assim sucessivamente até concluir a tarefa. E no ginásio com o suor a pingar? Que arrepios na alma.
- Ouvir música de phones em casa. E nem é pelo perigo acho eu, porque consigo ouvir música com as colunas no máximo e o perigo parece-me igual. Mas que me sinto vulnerável, de phones, sinto!
- Dormir com portas ou gavetas abertas. Não só para dormir, não saio de uma divisão com um armário ou gaveta aberta, e por aberta entendam mal fechada. Se estou na cama e olho para o meu camiseiro e vir uma gaveta ligeiramente entreaberta aquilo causa-me uma agonia, que a agonia é maior que a preguiça de me levantar e tenho de fechar.
- Tomar banho sem lavar o cabelo. Não me sinto limpa se não lavar o cabelo, mesmo que o cabelo esteja limpo. Tenho tido esta luta diária comigo mesma para resistir ao ímpeto de lavar o cabelo todos os dias... E às vezes até mais do que uma vez por dia... Nem sempre consigo resistir!
- Perder tampas de canetas. Causa-me stress! Já estive mais de uma hora, no meu antigo posto de trabalho à procura da minha tampa da bic azul - a minha caneta de eleição - porque ela caiu e eu não percebi onde.
- Lidar com superstições. Sou supersticiosa. Odeio ver calçado revirado, não consigo passar por cima de pessoas - mesmo quando passo por cima dos meus animais dá-me um aperto no peito -, não varro os pés a ninguém e longe de mim abrir um guarda-chuva em casa, já me bastavam os guarda-chuvas abertos na loja onde trabalhava... Não imaginam a dificuldade que tive em lidar com isso. Só não tenho superstições com gatos pretos porque isso é só parvo, gatos são lindos de qualquer cor, e pretos ainda mais, são panteras em miniatura!
- Acordar seja a que hora for! Precise de acordar às 7h ou às 11h o despertador fica programado sempre para uma hora antes de precisar de me levantar e tocará sempre de 15 em 15 minutos até finalmente me levantar... Sei que é irritante para quem possa estar a dividir a cama comigo mas se puser à hora, primeiro: é violentíssimo; segundo: ninguém me aturaria durante o resto do dia. Eu não tenho mau acordar, mas tenho um acordar lento que dói.
E é isto, hoje ficaram a saber umas quantas coisas estranhas sobre a Mula.
E vocês? Contem-me factos estranhos sobre vocês! Partilham algum com a Mula?