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Desabafos da Mula

Desabafos do quotidiano, por vezes irritados, por vezes enfadonhos, mas sempre desabafos.

Desabafos da Mula

Fraqueza

Fraqueza

Sinto-me a ficar mais fraca.

 

Cada dia que passa, vejo cada vez pior, oiço cada vez pior, e as minhas pernas parecem não se querer mover. Sinto-me a desvanecer. Tu, que pareces igualmente mais fraco, parece que deixaste de querer ver, de querer ouvir e as tuas pernas parece que já não andam à minha procura.

 

Acho que nos acomodamos. Tenho medo de me ter acomodado, que te tenhas acomodado. Tenho medo que nada valha a pena e que ao fim da recta haja um precipício inevitável. Há um precipício! Eu sinto o precipício! Queres voltar para trás? Quererei eu, voltar para trás? Que queremos nós, afinal?

 

Sinto que és igual a mim: vais (sobre)vivendo, vais respirando de quando em vez para não te deixares morrer, para não me deixares morrer. E eu, vou também como tu, morrendo lentamente.

 

Tu não sabes, mas às vezes olho para o espelho e não vejo lá ninguém. Sabes como são matreiros os espelhos. Às vezes mentem... Mas não está lá, efectivamente, ninguém. Eu estou vazia. Dentro de mim já não há ninguém.

 

Peço-te para fazeres em mim *knock-knock a ver se a minha alma desperta. Mas tu não me ouves, tu não te moves, e eu não desperto! E vou morrendo lentamente...

Sinto-me a ficar mais fraca. Sim, sinto-me a ficar mais fraca...

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Desabafos do quotidiano, por vezes irritados, por vezes enfadonhos, mas sempre desabafos. Mais do que um blog, são pedaços de uma vida.