Livro Secreto #1 Uma Mulher Não Chora de Rita Ferro
Terminei hoje a leitura do primeiro livro que recebi do Livro Secreto promovido pela M.J..
Falar, comentar, e feedbackar livros não é a minha especialidade, mas vou tentar dar a minha opinião acerca de cada livro que lerei neste desafio.
Eis o primeiro livro:
Ora aqui está a sinopse retirada da Wook:
Depois de O que Diz Molero, de Diniz Machado, e da Crónica dos Bons Malandros, de Mário Zambujal,Uma Mulher não Chora, de Rita Ferro, foi o terceiro grande best-seller português e o primeiro assinado por uma mulher. Conta a história de uma mulher pós-feminista - livre, independente, emancipada - às voltas com a ambivalência da sua condição: de um lado, o sonho romântico e o fantasma da solidão; do outro, o orgulho e a exigência de quem pode, finalmente, escolher, ou para quem a dignidade se tornou mais imperativa do que a companhia de um homem. Uma clivagem dolorosa, que toda a mulher divorciada, ou casada segunda vez, conhece intimamente.
Há semelhança de outros livros da autora, Uma Mulher Não Chora é um livro de leitura bastante fácil, não apenas por ser pequeno - a edição que li, da Contexto, tem apenas 201 páginas -, mas por existir uma grande proximidade com o leitor, uma vez que retrata situações do dia-a-dia. Conseguimos por isso, tomar as dores das personagens sem grande dificuldade em compreender o que nos dizem e a mensagem passa com facilidade.
Resumindo, o livro retrata a vida de uma mulher divorciada - Ana - em busca da sua felicidade e estabilidade emocional, que no entanto, foge do compromisso. No fundo, Ana tem medo da rotina e do final da paixão que a estabilidade emocional acarreta e vai conhecendo vários homens à medida que explana a relação, de certo modo egoísta, que estabelece com os filhos. É a partir dos filhos e dos homens que Ana se caracteriza e que demonstra as suas fragilidades e emoções. É por isso uma personagem com sentimentos ambivalentes face aos homens, face a si própria, face ao que quer efectivamente da vida. As conversas que tem com as suas amigas, maioritariamente sobre homens e sexo, lembra muito O Sexo e a Cidade e são por isso engraçadas, ainda que com muitos clichés.
De um modo geral, gostei bastante do livro, ainda que não tenha criado empatia com a personagem principal, uma vez que tem uma maneira muito diferente da minha, de ver a vida e confesso que tive alguma dificuldade em me distanciar da autora - cuja figura não me encanta por a considerar demasiado snob. As personagens são relativamente snobs, tratam-se por "você" e confesso que isso me irritou um pouco ao longo do livro. No entanto, gostei bastante da falta de controlo que Ana tem sobre a sua vida, que dá muita realidade à trama, e de como se vai modificando com os acontecimentos. Existe uma evolução clara do pensar da personagem.
Achei, porém, que os últimos capítulos mereciam ser melhor explanados, e o final precipitado.
Venha o próximo!