Não é questão de descriminação mas de educação
Esteve aqui na loja um moço de cadeira de rodas acompanhado por uma rapariga, suponho que sua namorada. Entraram mudos saíram calados, digo boa tarde, olharam-me de lado. À saída da loja ele com a cadeira derruba-me um serviço de loiça, ele até pode não ter reparado, a rapariga que o acompanhava reparou de certeza, teve que levantar o pézinho para poder avançar. Acham que olharam? Acham que pediram desculpa? Acham que se preocuparam se partiram ou não? Claro que não...
Compreendo que possa ser difícil de circular com uma cadeira de rodas, e que a loja onde eu trabalho está tudo menos adaptada a carrinhos de bebé e a cadeiras, no entanto, e mesmo sabendo que não foi por mal acho que uma palavra só lhes ficaria bem.
Muita gente de cadeiras de rodas dizem se sentir descriminados e que não têm as condições essenciais para circularem mas com atitudes destas não vão longe, creio eu, é que aqui não é uma questão de descriminação mas sim de educação, ou neste caso, da falta dela. É que para mim toda a gente é igual, tenham perninhas ou não, tenham bracinhos ou não, e o respeitinho é bonito e pronto... gosto!