No dia em que quase morri... de susto! #2
De x em x tempo encontro alguém nesta vida que me quer matar. E não, não ando a ver demasiados filmes de ação e de bandidos. Simplesmente encontro gente parva, sem noção que me coloca de alguma forma em risco. Tipo o professor de TRX - brincadeira! -, ou o senhor que decidiu assaltar-me na brincadeira. Desta vez a situação aconteceu em Palma de Maiorca e o meu único alívio é que se morresse ali, já seria no pós-férias, não teria mais de voltar ao trabalho e até morreria feliz, minimamente bronzeada e de alma leve.
Apanhei um táxi do hotel para o Aeroporto, pelo que percebi não havia nenhum autocarro direto da zona onde eu estava para o Aeroporto e andar a fazer transbordo de malonas na mão não é confortável, por isso optamos pelo mais simples, até porque lá infelizmente não há uber, e pedimos ao hotel que nos chamasse um táxi.
Chegou em menos de 5 minutos, aqui foi fantástico, entramos, o senhor também parecia simpático, tentou fazer alguma conversa, mas não estávamos muito faladores por isso acabamos por fazer a maior parte da viagem em silêncio. O horror aconteceu quando chegamos à autoestrada. Eram 18h, como é habitual em qualquer parte do mundo por volta desta hora, o trânsito estava intenso, e o senhor simpático transformou-se, a condução que até então era suave virou grosseira, acelerava com o trânsito parado e por diversas vezes íamos batendo no carro da frente porque o homem em vez de olhar para a frente olhava - sei lá eu porquê - para o lado... Da primeira vez, se não fosse eu a berrar o homem teria mesmo batido no carro da frente. A juntar a todo este cenário fantástico e maravilhoso ainda foi todo o caminho a dizer palavrões, e que "ah e tal não entendia o motivo do trânsito, porque não haviam acidentes!" Como é que ser seis da tarde não é motivo suficiente para existir trânsito? Como é que alguém que vai a servir outros, vai o caminho todo a resmungar e a dizer palavrões? Não têm noção mas eu fui a rezar a todos os santinhos para chegar o mais depressa possível, para o quanto antes sair daquele cenário de horror!
É por estas e por outras que eu em Portugal já não ando de táxi.
Como eu gostava de ter uma aplicação para avaliar pessimamente o homem que nunca mais deveria de exercer nesta vida, vida de taxista.