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Desabafos da Mula

Desabafos do quotidiano, por vezes irritados, por vezes enfadonhos, mas sempre desabafos.

Desabafos da Mula

Remodelar

ou como quem diz, o depois de uma publicação de Janeiro de 2019

Mais vale tarde do que nunca, certo...?

 

Mesmo que o tarde sejam quase 2 anos de atraso, certo...?

 

 

Certo! Pois claro, que certo! E agora até tenho mais tempo...

 

Ora bem, deixe-me enquadrar-vos.

 

Mudei-me para casa da mãe em Outubro de 2018 e como precisava de algum alento na minha vida, investi o dinheiro que (não) tinha num quarto, porque se era para regressar a casa da mãe por tempo indeterminado, que ao menos tivesse um quarto embonecado que eu merecia, porque se olharmos em volta e gostarmos do que vemos é meio caminho andado para nos sentirmos bem, e eu precisava de me sentir bem.

 

Então, em 2019, mais propriamente em Janeiro, renovei o meu quarto de adolescente e transformei-o no meu quarto atual, todo menina, como nunca tive. Deixem-me só dizer-vos que não podia ter escolhido melhor altura para fazer a renovação do quarto - sou uma idiota! Começaram a pintar o quarto tinha eu saído do hospital há um dia ou dois, conclusão, quando me vieram entregar a mobília, eu também não consegui aqui dormir porque estava muito sensível do nariz e o cheiro da tinta demorou a passar pra xuxu - pintar no inverno foi uma ideia muito inteligente - pelo que quem estreou o meu quarto foi a minha mãe, que ainda por cima odiou o colchão.

 

Mas pronto, meninos e meninas, só assim para vos fazer uma breve apresentação do quarto antigo...

 

... Este era o meu quarto de solteira, muito branco, muito impessoal, muito deprimente para uma recém divorciada:

 

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E este é o meu quarto atualmente - o quarto de gaja que nunca tinha tido:

 

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Como vêm é um quarto pequenino, mas a verdade é que ganhou espaço e luz com a nova decoração.

 

Gastei algum dinheiro é certo, mas não foi uma fortuna e a verdade é que às vezes pequenos pormenores e alguns apontamentos e cor, ajudam a criar um ambiente diferente. Apostei numa mobília simples, de tons claros, porque já sabia que iria querer têxteis de cores mais fortes e vibrantes. Ainda tenciono colocar uns cortinados nos mesmos tons dos tapetes e do edredon mas ainda não encontrei os tais, e como tal, mantenho-me com estes branquinhos já todos picados pelas garras dos meus pequenos príncipes.

 

Para tornar a obra mais barata, fui eu que comprei a tinta e chamei apenas um senhor para pintar. Digo um senhor, porque era um jeitoso - que na realidade de jeitoso tinha muito pouco - e não um pintor. O senhor não era muito competente ainda tive que me chatear - apesar de mal abrir os olhos, gaseada de dores - porque começou a  pintar diretamente sem diluir em água - não comentem, não vale a pena... é que até eu que não percebo nada disto, sei que é preciso diluir! - e obviamente gastou no teto do meu quarto a tinta que era para pintar o teto do quarto e duas casas de banho. Confesso que aqui o barato saiu um pouco mais caro que o previsto, mas... No que concerne à técnica, a coisa ficou bem feita, ficou bem pintado e a verdade é que gosto muito das minhas escolhas e sou uma apaixonada pelo meu quarto.

 

Entretanto apenas um conselho: Não gastem as vossas economias em mobília da Conforama. Há muita gente que se queixa do Ikea mas... o meu antigo quarto era do Ikea, assim como o colchão e nunca tive problemas e posso dizer-vos que foi muito mais barato. Esteticamente poderia não ser tão atrativo, mas a qualidade era sem sombra de dúvidas superior. Até posso ter tido azar mas...

   Primeiro: O estrado chia ao ligeiro movimento da cama - nada de se porem aí com risinhos malandros que eu durmo sozinha - e tive de arranjar umas esponjas isoladoras para colocar entre o estrado e o colchão para não ranger como uma cama do tempo dos meus avós.

   Segundo: A medida do colchão veio errada - é um pouco maior do que o suposto - e  com apenas dois anos de uso já começa a dar sinais de cansaço. Já começa a abalar mais para um lado - do lado que durmo. E o colchão não foi nada barato!

   Terceiro: Recusaram-se a colocar o estrado e o colchão aqui em casa porque teria de passar por uma janela e telhado. Teve de ser a minha mãe e o moço a tratar disso, quando eu paguei o serviço de colocação de tudo no sítio.

 

Podia ter reclamado? Podia, claro. Mas eu estava tão debilitada que eu só queria ver tudo no sítio e foi-se arranjando as coisas à medida de ficarem em condições, mas a verdade é que não voltarei lá a comprar peças de mobiliário, até poderei comprar de decoração, mas nada que implique durar muito tempo de modo estável e silencioso.

 

Mas à parte disto...

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Desabafos do quotidiano, por vezes irritados, por vezes enfadonhos, mas sempre desabafos. Mais do que um blog, são pedaços de uma vida.