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Desabafos da Mula

Desabafos do quotidiano, por vezes irritados, por vezes enfadonhos, mas sempre desabafos.

Desabafos da Mula

Sobre a invisibilidade...

... A tal da invisibilidade no ginásio!

Disse algures por aqui num comentário, que uso e abuso de um manto de invisibilidade no ginásio, mesmo que não seja propositado. Se alguém vai para o ginásio meter conversa e conhecer malta gira e jeitosa -  ou não, que acharem que no ginásio é tudo giro e jeitoso é puro mito - a Mula não é essa pessoa. A Mula entra muda e sai calada, passa discretamente por entre os moçoilos - e as moçoilas, pelos vistos - e mal vê e mal é vista, até porque faço essencialmente aulas, por isso raramente desfilo a bunda por entre as máquinas e os corredores.

 

Mas atentem na minha teoria da invisibilidade, que semana passada concluí que é mais grave do que parecia.

 

Estou nos balneários a trocar-me para treinar. Balneários vazios. Estou eu numa ponta de todo um banco enorme de correr, e estão mais três bancos desses grandes lá solitários no ginásio que àquela hora não estava lá praticamente ninguém. E não é que vem uma senhora depositar as suas tralhas mesmo junto às minhas e eu ainda tive que arrastar o meu saco porque as coisas dela estavam a tocar nas minhas? 

 

Já vos disse que os balneários estavam vazios? Falta apenas dizer que naquele balneário cabem, à vontade e sem tocar em ninguém, umas 20 pessoas, e se apertarmos um pouco pelo menos umas 30, e a senhora no meio de todo aquele vácuo tinha de estar praticamente em cima de mim. Porquê? Porque tinha o casaco lá pendurado onde eu estava! Ou seja o casaquito deveria de conter tijolos nos bolsos que a senhora não poderia mudar de lugar e despir-se tranquilamente sem me apertar!

 

Continuo a dizer que tenho muita que tanta gente não tenha aprendido rigorosamente nada com o covid. Não sou invisível, porra!

Desabafos do quotidiano, por vezes irritados, por vezes enfadonhos, mas sempre desabafos. Mais do que um blog, são pedaços de uma vida.