Imagino eu, que vocês já deitem Londres pelos olhos, e que até já tenham perdido alguma vontade de ouvir falar sobre esta bela capital europeia. Mas como prometido ao Sr. Solitário mostro-lhe pontos bem conhecidos e bem visitados desta cidade.
Sim, porque apesar da Mula fugir dos lugares comuns, dos pontos mais turísticos e das confusões das multidões, a Mula das duas primeiras vezes que visitou Londres também andou como os carneirinhos em passo lento em frente ao Big Ben e às Casas do Parlamento, também tirou fotografia com o leão de Trafalgar Square e com as cabines mais famosas do mundo, bem como também quis ver o ponto mais central do mundo - longitudinalmente falando - e aconselha a que todos os que visitem esta capital europeia a visitar também cada um destes pontos antes de passar para os que fui referindo nestas reportagens anteriores. A verdade é que ninguém acreditará que foram a Londres se não passarem pelos pontos mais turísticos. Por isso vamos lá:
E este foi o nosso último dia em Londres, foi dia de dizer adeus e regressar a casa. Foi por isso um dia mais calmo, porque acabamos por ficar nas imediações do local do transfer, que era perto da estação ferroviária de Victoria.
Onde é que nós íamos? Ah sim... Íamos em Covent Garden a caminho do London Transport Museum. E antes que perguntem... Sim, aquela coisa loira despenteada sou eu no museu (acho que já vos tinha dito que o meu cabelo nem é peixe nem é carne, e fica aqui a prova, para a posteridade).
O terceiro dia amanheceu cedo (não me julguem, 'tá?), e às 10h estávamos a desembarcar na estação ferroviária de London Brigde. Que dia lindo e quente! À saída dos torniquetes, verifiquei que os nossos Oyters (os bilhetes de transporte em modo pay-as-you-go) não tinham os mesmos valores, apesar de termos carregado exactamente com o mesmo valor. Fomos ter com umas meninas no balcão de informação da estação que nos aconselharam a procurar alguém do apoio no metro. Assim fomos. Encontramos um funcionário que prontamente nos ajudou, com uma simpatia que... confesso, nunca senti em Londres. Notava-se claramente estar habituado a lidar com turistas e até um certo gosto pela profissão. Prontamente assentiu a ver os nossos bilhetes, e com um sorriso de orelha a orelha explicou-nos o que tinha acontecido - um dos bilhetes numa das saída não verificou validação e o valor máximo por dia tinha sido cobrado - e sem que fosse necessário pedir, devolveu o total do valor dessa viagem - e não apenas a diferença. Fiquei maravilhada!
Recordam-se onde ficamos? Estávamos a caminho do Kyoto Garden e finalmente chegamos ao Kyoto Garden! E o que é que acontece assim que nos sentamos para comer o que tínhamos comprado no nosso supermercado favorito de Londres - Marks & Spencer? Claro, obviamente... começou a chover! Após tanto tempo a andar, cansados, esfomeados, começou a chover para nos dificultar um pouco mais a viagem. Se em Portugal iria começar a dar gritinhos e correr em direcção a algum abrigo, em Londres sou uma Mula completamente diferente. Basicamente, continuei sentada, resignada a comer o que tinha comprado com toda a felicidade de quem está sob um dia de sol radiante. É parvo? É capaz de ser um pouco, mas estava num parque... não tinha muito por onde fugir, e agora que tinha finalmente chegado nada nem ninguém me iria arrancar daquele espaço.
O dia amanheceu cinzento, mas com uma Mula e um Mulo muito felizes.
O easyHotel pode ter os quartos mais pequenos do mundo e umas casas de banho que lembram as dos aviões... Mas a verdade é que nunca tive razões de queixa com a limpeza, e quer a cama quer as almofadas são muito confortáveis. E não é apenas isso que verdadeiramente importa? A verdade é que estávamos tão cansados que nos deixamos dormir mais do que pretendíamos, e já saímos do hotel um pouco tarde - cerca das 11 horas - mas ainda assim, fomos direitinhos tomar o que para mim é o melhor pequeno-almoço do mundo no Prêt-a-Manger.
Como vos disse aqui, volto sempre onde já fui feliz, e eu sou muito feliz em Londres. Sou também uma pessoa muito cansada em Londres... Cansada e feliz, essencialmente. A única coisa de que não sou muito fã em todo este processo, é da viagem. Não sou fã do avião: chateia-me a hora de partida, do tempo que se tem de estar no aeroporto, das filas de embarque, dos lugares apertados, dos preços que se praticam a bordo e claro... Da própria viagem, que me deixa enjoada, "entupida" e rabugenta. Mas... Como tudo na vida, há sacrifícios que se têm de fazer, e Londres vale bem este sacrifício.