Interpretação de Músicas - Boa noite Cinderela dos Villa Baggage
Em tempos fizeram-me uma das perguntas mais difíceis de sempre, à qual eu achava que sabia a resposta, mas que afinal não:
Achas que deve existir limites para a arte?
Respondi prontamente que não, que a arte deveria de ser livre, e que quando a arte é limitada, seja legalmente seja socialmente, é censura, e eu sou contra a censura. No entanto, logo após a minha pronta resposta vieram-me complicar a vida:
- Então és a favor de livros ou esculturas, que descrevam e promovam actos violentos como a pedofilia? Pois claro que sou contra!
- És a favor de músicas machistas que incitem a violência dos homens sobre as mulheres? Óbvio que sou contra!
- Tu que gostas de graffities, és então a favor de graffities racistas que exprimam uma opinião negativa contra diferentes raças? Não sou não senhora!
- Então e aqueles quadros belíssimos em que guerreiros se defrontam e se matam? Não é arte? É pois, o quadro The Triumph of Death de Pieter Bruegel é arte... Então mas não é bárbaro? É pois...
Pois que me lixaram tudo o que eu achava sobre o que deve ser a arte, pois que agora já não acho que a arte deva ser assim tão livre, mas ainda assim, admito o perigo que é censurar um artista. Porque por exemplo, e no caso de um pedófilo, o expor dos seus desejos em arte pode ser uma forma de não consumar, pelo poder libertador que pode originar a escrita, a escultura, a música. Mas, por outro lado, pode soar a promoção de actos bárbaros. Pois olhem não sei. A verdade é que há muita coisa com a qual eu não concordo, e que acabo por nem considerar arte. E uns dias mais tarde, encontrei por acaso esta música que vou agora analisar, e é horrenda e são este tipo de músicas, por exemplo, que eu acho que não deveriam de ser criadas. Para mim não é arte, não é música, é só... parvo! Vejamos porquê:
Boa noite Cinderela - Villa Baggage