Durante muito tempo era complicado dançar em público e tocar à vontade no corpo, baloiçar corpo e cabelos de forma leve e sensual, como o faço enquanto limpo a casa de música em alto som, qual Freddy Mercury. Esqueçam apenas a vestimenta e os saltos do Freddy, que aqui é mesmo de pijama e pantufas, mas durante as limpezas dança-se de tudo e dou altos espetáculos para os meus gatos.
Não sei se é vergonha, falta de confiança, desconforto com o próprio corpo, ou se um mix tipo cocktail molotov, mas a verdade é que quando dançava em público os movimentos eram rígidos, como se estivesse colada ao chão e o corpo pesasse chumbo.
Tenho evoluído imenso desde que danço com mais frequência e aqui percebi que não sou a única com esta... chamemos-lhe limitação. É impossível não rir quando as professoras e os professores gritam: "toquem que é vosso", ou "aqui é para ser sem vergonha, a vergonha fica lá fora". Lembro ainda dos tempos em que fiz aulas de danças afro-latinas, de como era rígida ao dançar com par, ficava desconfortável, era estranho, ficava firme e hirta como uma viga de betão, nem o professor me conseguia domar. Ao fim de uns meses, quando dançava com o professor ele levava-me para onde queria e bem lhe apetecia que eu deixava-me conduzir sem medos ou problemas, quem visse de fora pensava que era uma bailarina nata. Não era e não sou, era apenas porque me deixava conduzir sem problemas, com alguém que não saiba dançar ou não saiba conduzir, eu danço zero e o ideal é levar botas de biqueira d'aço.
Encontrei na dança mais uma alavanca para o desenvolvimento da autoconfiança e autoestima, que tenho vindo a falar aqui nos últimos tempos e estou a dar baby steps para me melhorar. Deixei as danças Afro-Latinas, pois perdi o meu par, mas continuo na Zumba, faço FitBrasil e até já fui a duas ou três aulas de Sensual Moves - aí sim, aí sim é para soltar tudo! - para me soltar, para deixar de lado a rigidez corporal e deixar apenas fluir. Lembram-se quando vos disse que não conseguia gritar? Até nisto estou a trabalhar. Aos poucos tento que se solte um pouco de voz, quando a malta começa a gritar feita louca. Mas isto ainda é estranho... Acho que nunca partilhei com ninguém, mas quando grito dá-me vontade de chorar, mesmo quando estou a divertir-me, feliz... Preciso de libertar isto de mim, não quero isto pra mim!
Por isso acho que dançar deveria de ser obrigatório. Dançar sem medos, com sensualidade, sem vergonhas ou ansiedades, deixar apenas fluir. Ser natural! O que funcionou comigo foi começar a treinar algumas das coreografias em casa, pelo facto de ficar menos preocupada, durante a aula, em acertar os passos e poder aprimorar a técnica e o movimento, e assim aos poucos ganhar cada vez mais confiança e já se sabe...
De acordo com Stephen Covey, de 100% das coisas que acontecem nos nossos dias, apenas 10% estão fora do nosso controlo. Assim, os restantes 90% são da nossa responsabilidade e provocados pelas reações que temos àqueles 10% que não controlamos.
Confuso? Ora vejamos.
Estamos a sair de casa e temos um pneu furado, isto faz com que cheguemos atrasados ao trabalho. Não conseguimos prever e/ou controlar o furar ou não furar do nosso pneu. Assim, o furo no pneu corresponde aos 10% do nosso dia - que não controlamos -, mas a nossa reação a esse acontecimento - e que vai condicionar o resto do dia - pertence aos restantes 90%.
Se forem como a vossa Mula - estou no caminho da mudança, não me julguem já -, o furo do pneu e consequentemente o chegar atrasada ao trabalho, vai-me estragar o resto do dia e vou certamente provocar-me muitos mais problemas, porque estou irritada, de cara fechada, pouco disponível... Que vai gerar a sensação de que o dia começa mal e acaba pior...
Se forem pessoas mentalmente sãs e sem surtos psicóticos frequentes - como os da Mula -, aquele imprevisto não irá condicionar o resto do vosso dia e assim o dia que até começou mal pode acabar muito bem, porque assumem que é um acontecimento isolado, que não conseguiam controlar e a vida segue.
Acho que até ter aprendido o conceito, nunca tinha parado muito tempo para pensar neste tipo de questão, mas reconheço-lhe relevância! Percebo que se tivermos a autoconsciência bem desenvolvida, em vez de culparmos o karma, o universo e o azar - continuo a acreditar nos três, só para clarificar - e percebermos que temos mais responsabilidade na nossa vida do que acreditamos ter, que poderemos chegar muito mais longe e sermos seres muito mais desenvolvidos psicologicamente e... humanamente.
Nota para o futuro: Nosso barco, nossa rota, nossa responsabilidade. Não adianta chorar sobre o leite que não foi derrubado sobre o nosso controlo e responsabilidade.
Não sou a pessoa mais otimista deste mundo, e tantas vezes olho à volta e sinto-me injustiçada - quem nunca? - quer porque merecia uma vida diferente - digo eu, c'os nervos! -, quer porque ao que eu trabalho merecia um salário diferente - aqui tenho a certeza -, quer porque às lutas que já tive na vida deveria de ser muito mais resiliente e ter conquistado muito mais do que o que tenho, em todos os campos da vida. Culpo com frequência o acaso, o azar, o karma, mas... Na realidade e analisando-me bem, eu também me acomodo com elevada facilidade, quer no emprego, quer na dor, quer na ausência de ação perante os problemas. Analisando-me bem, esta guerreira acobarda-se demasiadas vezes perante a mudança... Por isso, analisando-me bem tenho consciência que sou responsável - ou co-responsável, vá - por muito do que me acontece de mal, e de bem na vida.
Agora que conheço bem o conceito - só a teoria, vamos ser sinceros, mas já é um começo -, vou tentar estar mais atenta às minhas reações... e emoções! Obviamente, que autoconsciência só pode ser desenvolvida com o bom reconhecimento das nossas emoções. Depois sim, podemos partir para o desenvolvimento de estratégias para o autocontrolo, mas sem as reconhecermos... nada feito! E... não sei se vos acontece igual, mas eu não raras vezes, não sei o que estou a sentir, posso saber reconhecer se isso me faz sentir bem ou mal, mas tantas vezes não consigo dar um nome à emoção...
Li em tempos que "somos nós os donos do nosso destino" e a ser verdade, e cada vez mais acredito realmente que é verdade, assusta-me, porque esta condutora está tantas vezes desgovernada, com o volante em piloto automático, à espera de indicações claras para seguir... Imagino que tendo em conta isto, que convém não sair do banco do condutor nem tirar as mãos do volante sob pena de capotar.
Tenho um longo caminho pela frente, por isso, o melhor é ir indo... Até já!
E vocês? Já pararam para pensar nisto? Como se deixam afetar pelos 10% que não controlam?
Já vos tinha dito aqui que comecei a investir no aumento da minha autoestima, inicialmente com o programa SER + EU da Sara Portela - não se esqueçam que têm desconto de 20% no programa se utilizarem o código de desconto MULA20 - e agora mais recentemente com uma formação em inteligência emocional, que descobri que é fraca - não a formação, mas a minha inteligência.
Apesar de não ser uma pessoa com uma autoestima demasiado baixa, já que normalmente sei reconhecer o meu valor e não me rejo pela falsa modéstia, a verdade é que com o tempo percebi que também não tinha a autoestima ideal, porque se assim fosse não estaria durante mais de um ano e meio a correr atrás de quem não quer saber de mim...
Durante mais de um ano e meio humilhei-me, sobrevivi de migalhas, que na altura parecia tanto... Mas percebi que não era tanto assim... Na realidade não era nada, e isso mudou. Após mais de ano e meio ganhei juízo. Vamos sempre a tempo! Aprendi que não faz sentido tentar manter perto quem nos faz mal, quem nos deixa na lama e nos estraga os dias, as manhãs e as noites... Essencialmente as noites.
Ninguém me devolve as noites em que adormeci a chorar, mas percebi que apesar de não conseguir mudar o passado, que posso melhorar o meu futuro e percebi que há alturas na vida que temos de saber escolher o nosso bem estar e afastarmo-nos das guerras que não têm de ser nossas.
Dói? Dói muito! Dói diariamente mais do que se espera, ou do que nos contam, mas dói mais protelar a inevitabilidade de uma ausência. Não sou de desistir fácil, acho que este tempo em que lutei por esta causa perdida diz muito, um ano e meio é demasiado tempo. Demasiado tempo que impedi que outras pessoas pudessem entrar na minha vida, por continuar à espera que alguém que não vem, um dia viria. Não vem. Percebi que não vem e não virá e como tal é tempo de seguir em frente. Doeu muito fazer o corte, mas que sentido faz esperar por um comboio numa estação desativada? Que milagres esperamos nós, tantas vezes?
Milagres só na igreja, dizem, naquela em que senhores berram rezas estranhas com a mão na testa das pessoas, para no fim pedirem o dízimo. Na vida não há assim tantos milagres... E quando se espera demasiado, cansamo-nos de esperar. E assim, cansei-me de me maltratar. Sim, aprendi que só eu sou a culpada, que fui eu que me coloquei na situação, que fui eu que escolhi esperar, até porque na realidade ninguém me pediu tal, ainda que tantas vezes as ações contrariavam as palavras.
Luto diariamente por uma autoestima mais forte, para nunca mais ir ter a apeadeiros desativados e devolutos.
Dói? Sim, dói muito. Mas dói mais ter a vida em stand-by. Ter inteligência emocional, entre muitas outras coisas, é também perceber que fugir da dor só vai trazer mais dor, que ficar no canto simplesmente à espera que a vida aconteça, só vai causar ainda mais frustração, e acima de tudo saber dizer "não" e "basta", essencialmente o "basta"!
Hoje escolho ser mais eu. Nos dias de fraqueza em que pego no telemóvel e escrevo uma mensagem que não envio, escolho ser mais eu. Nos dias em que pessoas que foram e vieram vezes sem conta sem motivo aparente voltam na esperança de estar tudo igual e eu estar disponível, escolho ser mais eu e não permito mais que me humilhem. Hoje escolho ser mais eu e quem vier para me fazer bem, pode ficar, quem for para me fazer mal ou simplesmente fazerem-me perder o meu tempo, a porta é ali, adeus e obrigada!
Um dia disseram-me que era importante que eu pedisse desculpa a quem eu já tinha magoado. Hoje é o dia:
Porque um boost de autoestima nunca fará mal a ninguém!
Nem sempre nos percecionamos da maneira que efetivamente somos, e pelo que vejo à minha volta, tantas vezes nos consideramos inferiores e com menos capacidades do que os outros. Porquê? Talvez por estarmos dentro do nosso quadrado - ou triângulo, ou o que seja, que não sou grande fã de rótulos - nos impedimos de ver as coisas incríveis que conseguimos fazer e dos seres fantásticos que conseguimos ser! Quer dizer, falo por mim, admito que há uns quantos energúmenos no mundo, cuja solução parece-me já não existir. Ainda assim, se virem bem, há pessoas horríveis com uma autoestima gigante e que apesar de horríveis conseguem fazer coisas incríveis. É impressionante - para o bem e para o mal - a forma como a nossa autoestima (ou falta dela) nos molda e influencia.
Quantas vezes nos culpabilizamos por situações em que não tivemos qualquer culpa? Quantas vezes pedimos desculpa sem termos efetivamente razões para o fazer? Quantas vezes deixamos de usar uma peça de roupa que adorávamos porque alguém teceu um comentário menos positivo sobre ela? Quantas vezes dissemos sim, quando na realidade queríamos dizer não? Quantas vezes disfarçamos o desânimo, perante uma crítica, que mesmo em tom de brincadeira se torna mordaz?
Eu não sei quanto a vocês, mas este tipo de situações já me aconteceram inúmeras vezes - mais do que tenho orgulho em admitir -, e tantas que já me fizeram duvidar do meu valor e das minhas capacidades. Ainda que a vossa Mula seja facilmente movida pelo desafio e um "não vais conseguir" é motivo para tentar até alcançar, isso só prova que tais palavras fizeram mossa cá dentro. Provar aos outros a minha capacidade - e agora nas minhas novas funções é algo que começa a tornar-se diário - só prova que não sou imune a fatores externos, acho que na realidade ninguém é, mas faço diariamente um esforço para ser cada vez menos influenciada pelos outros, esforço-me para ser cada vez mais segura e menos permeável a opiniões externas - e internas, que a nossa voz interior também é chata pra xuxu. É que efetivamente a vossa Mula tem mau feitio e normalmente está-se pouco borrifando para opiniões de pessoas alheias ao círculo bastante fechado da Mula, mas tantas vezes essas pequenas minas e armadilhas - conscientes ou inconscientes - são plantadas por gente que amamos, que confiamos, e basta pensar na quantidade de vezes que os nossos amigos nos fazem reparos sobre o nosso peso, a nossa postura ou cabelo e até sobre aquela malvada espinha que já sabemos que existe na ponta do nosso nariz. Quantas vezes ficamos inseguros quando os outros nos tecem algum comentário aparentemente inofensivo? Se isto também vos acontece, significa que devem encontrar estratégias para trabalharem diariamente a vossa autoestima e amor próprio.
A nossa autoestima pode ser amplificada, se trabalhada. Podemos sempre evoluir positivamente e assim melhorarmos o nosso bom humor - para aqueles que ainda tiverem solução -, a nossa resistência ao stress, e com isso melhorar, obviamente, a nossa saúde mental - que se torna nos dias de hoje cada vez mais importante -, e as nossas relações amorosas e sociais e até mesmo a melhora da produtividade no trabalho.
A vossa Mula é mula, mas gosta de ser uma Mula especial e não uma mula qualquer débil. Quer ser uma Mula cada vez mais plena. Ainda tenho um bom caminho pela frente, mas acredito que o pior também já possa ter passado. É incrível o quanto mudamos em tão pouco tempo, o quanto nos adaptamos em situações de rutura e de drama...
Neste caminho que percorro diariamente conto com muitas meditações diárias- que de tantas insónias me salvam -e com o programa desenhado pela minha terapeuta favorita: Sara Portela*que já me acompanha nesta jornada de desenvolvimento pessoal e de bem estar, há alguns anos.
O Programa Ser + EU ajuda pessoas que tal como a Mula pretendem ser mais confiantes e capazes nos desafios do dia a dia. O programa, que decorre em 8 semanas- mas que podem guardar para a vida - é super dinâmico e para além das sessões online, onde a Sara nos provoca - em bom - com as nossas fragilidades e nos ajuda a ter uma perceção diferente - mais consciente - sobre o que nós somos e o que representamos para nós mesmos - venham a mim senhores e senhoras que abominam pleonasmos -,o programa dá acesso ainda a desafios e a afirmações diárias, bem como meditações que nos permitem reconectar connosco próprios - oh! não me chateiem - para sermos, como o próprio nome indica, mais nós - com e sem pleonasmos!
Confesso que tantas vezes durante o curso me senti estúpida. Estúpida porque sempre acreditei que tinha uma autoestima incrível, que os outros praticamente não me afetavam e não me influenciavam, para de repente perceber que há artimanhas tão matreiras que se alojam no nosso subconsciente - mesmo criadas por nós... somos tantas vezes nossos inimigos! - e que sem darmos conta se tornam tão banais que nem percebemos o quanto somos influenciados. É incrível como tantas vezes achamos que fazemos algo por nós e quando damos conta, quando tomamos a verdadeira consciência, estamos a fazer tantas vezes o que os outros querem que nós façamos, ainda que não nos tenham dito diretamente "faz".
Obviamente que por si só o programa Ser + Eu não faz milagres. Não nos reprograma um qualquer chip interno onde ao fim das 8 semanas dizemos com orgulho e de braço ao peito - qual patriota: Sou uma nova pessoa. Obviamente que parte essencialmente de nós, do nosso esforço diário e no cumprimento verdadeiro das tarefas que a terapeuta propõe. Não adianta assistir às sessões e parecermos muito motivados, mas depois não procedermos à prática, no dia a dia. Não é em 8 semanas que mudamos a nossa autoestima, e muito menos que encontramos a solução profunda para todos os nossos problemas, mas é em 8 semanas que podemos recolher informação preciosa para iniciarmos este longo caminho de nos tornarmos plenos e sermos mais felizes!
Eu já comecei o meu caminho... Se quiseres começar também, a Mula dá-te um empurrãozinho com um desconto de 20% no programa Ser + EU com o código MULA20. A próxima jornada começa já dia 8 de Setembro. Pede mais informações aqui.
*Quem me acompanha sabe que eu já fiz várias terapias com a Sara e nunca desiludem! Podem ver a minha experiência com as Barras de Access aqui e os resultados com os Florais de Bach aqui.