Voltar ao burgo e às madrugadas...
... Sim, porque para mim acordar às 6:30h é acordar de madrugada. Ainda não verifiquei mas aposto que ainda é de noite e tudo!
Mas adiante...
Após três semanas de férias e de rotinas tardias, regresso ao trabalho. A um trabalho que desconheço, a um trabalho que me assusta, a todo um conjunto de pessoas e de tarefas que desconheço.
Quem me conhece sabe que sou ansiosa e por isso este pânico inicial faz parte, a verdade é que já me deveria de ter habituado a ele mas ainda não aconteceu. Quando mudo de trabalho, ou quando me envolvo num novo desafio, passo sempre por quatro fases: pela fase do desespero - quando acho que não vou conseguir! -, da aceitação - quando percebo que se os outros conseguem, eu se der tempo ao tempo também irei conseguir -, do orgulho - quando finalmente entendo as tarefas e as executo com o mínimo de auxílio - e finalmente a fase da satisfação - quando me torno autónoma.
Basicamente segunda-feira passei o dia todo na fase do desespero e a achar que se calhar não foi boa ideia mudar de emprego, que tudo era demasiado complexo... Basicamente passei toda a segunda-feira a duvidar das minhas capacidades. Odeio esta fase. Não ajudou o facto de as tarefas serem minuciosas e complexas e vir para casa ter formação online porque o escritório está em obras. Tenho em mente que em regime e-learning não se aprende com tanta velocidade como em regime presencial, a atenção e a dedicação - de parte a parte - não é a mesma. Terça-feira, já em casa, começo a perceber que se calhar vou encaixar as coisas melhor do que estava à espera, fase da aceitação, e já começo a entender o que estava a fazer. Respiro de alívio. Abandono a ideia de que me vão despedir ainda na fase experimental. Quarta-feira, ontem, entrei felizmente na fase do orgulho, em que percebo que a moça tinha mais um ou dois dias previstos para a minha formação e agora anda a encher chouriços porque diz que já não tem mais nada para me ensinar e a próxima pessoa que vai continuar a dar-me formação ainda não está disponível, ou seja, eu que ainda deveria de ver apenas o que faz, já a estou a ajudar no trabalho dela. Tranquilizo o meu ansioso coração. Ansiosa pela fase da satisfação, mas antevejo que não vai tardar.
A equipa parece muito porreira, acessível, as regalias da empresa são muito atrativas, espanta-me até que não as tenham referido na entrevista, mas foi uma excelente surpresa, a chefia também parece super flexível e... Acho, mesmo, que aqui posso ser feliz!
Abraço apertado às novas rotinas, que o entusiasmo está todo cá!
Quem mais desse lado está em fase de mudança?