Se houve alturas em que estava desgosta com a operação, porque estava com muitas dores, com a cara deformada, com o nariz inchado e com todo o ego e autoestima em baixo, agora, mais de um mês e meio depois, volto a reforçar que foi a melhor opção que tomei.
Ainda não estou a 100%. O nariz ainda está ligeiramente repuxado e anestesiado - tenho de fazer massagens diárias, tipo fisioterapia, para a pele ganhar elasticidade -, ainda não me consigo assoar devidamente e se algo me tocar no nariz, confesso que ainda é desconfortável. No entanto, e do ponto de vista da respiração continua fantástica, continuo a respirar integralmente pelo nariz sem qualquer tipo de auxílio ou medicamento, e esteticamente é como se nada tivesse acontecido. Por isso, tudo perfeito.
Foram semanas bem horríveis, confesso, dias em que me apetecia chorar de manhã à noite, dias e dias em que me arrependi, em que dizia para mim mesma "tomar corticóides a vida toda se calhar não era assim tão mau!", mas agora, mesmo olhando para trás, mesmo me lembrando - ainda é um sofrimento muito presente! - de tudo o que passei, o resultado compensa todo o esforço. Quem me dera ter-me submetido a esta operação mais cedo - agora já teria passado! - porque sinto que ganhei anos de vida. Nada paga as noites mal dormidas, as dores de cabeça com que sempre andava, o cansaço que sempre acusava por não ter uma noite descansada.
Confesso que me meteram ao longo do tempo muito medo da operação: "porque não resulta a 100%", "porque a longo prazo vais voltar a ficar igual", "porque o pós-operatório não compensa o resultado", entre muitas outras. Não sei se vou voltar a ficar igual ou não, ou se me submeti a este sofrimento em vão, só o tempo dirá. Não sei se resulta a 100% ou não, mas comigo se não resultou a 100%, resultou a 99%. Realmente ainda pode ser muito cedo para falar sobre os verdadeiros resultados, mas o que eu sei é que agora durmo uma noite completa sem acordar a meio da noite aflita. Sei que durmo uma noite completa sem me virar e revirar na cama a tentar respirar, 80% do tempo. Sei que os meus dias são melhores, que não ando tão cansada, que consigo sentir muito mais os cheiros - confesso que aqui nem sempre é um ponto positivo - e até aquela sensação de constipação com que sempre andava, desapareceu.
Não sei o dia de amanhã, mas pelo que eu sinto no dia de hoje, já valeu bem a pena todo o sofrimento!
A sério: Quanto pesa um nariz? É que apesar das porcarias todas que eu comi, a balança reduziu os valores... Ainda que se calhar a pergunta mais acertada é: Quanta massa muscular se perde em 15 dias sem qualquer tipo de exercício?
A médica foi bastante clara: Os primeiros sete dias de recuperação implicaram repouso total e absoluto. Sete dias foram passados na cama, os suficientes para ter ficado com o rabo quadrado e com as costas feitas num oito. Para além do repouso, os banhos durante estes dias foram frios - e estamos numa altura ótima para tomarmos banhos frios, não acham? - a comida foi fria, as divisões estavam frias, e tornei-me a melhor amiga do meu edredão. Obviamente ainda não recuperei totalmente da minha constipação, que assim é difícil... Mas agora que aos poucos retomo a minha vida normal, a ver se me livro dela totalmente. Para já, posso é assegurar-vos de que é bom, poder voltar a comer comida quente! É bom, poder voltar a tomar banho de água quente. É bom, poder voltar a ter o meu quarto com uma temperatura confortável.
Quanto ao rosto que estava deformado, como vos contei aqui, aos poucos vai ganhando forma. Estive sem qualquer tipo de cor no rosto - até pensei que me tivessem curado da rosácea, confesso - durante uns 4 dias, mas aos poucos o rosto foi ganhando cor, e aos poucos a boca foi ganhando mais mobilidade e comecei a ficar mais tranquila e mais descansada. Mas aqui, ainda não estou totalmente recuperada. Ainda tenho o nariz anestesiado, o lábio ainda está com fraca mobilidade, e apesar de já conseguir sorrir - sim, era coisa que eu tinha deixado de conseguir, incrivelmente - ainda tenho algumas dificuldades na fala e é aqui que se percebe que ainda não estou totalmente recuperada. A seu tempo... A médica diz que ainda pode levar mais uma semana, semana e pouco.
A parte fantástica é que respiro integralmente pelo nariz desde o primeiro dia em casa. Tenho muito corrimento nasal, essencialmente se estiver muito tempo em pé, mas é normal. Mas a verdade é que é incrível já respirar tão bem, e as noites são fantásticas e tenho adormecido muito mais rápido. Ainda vou descobrir que as minhas insónias se deviam à falta de oxigenação no cérebro...
Ontem fui à consulta de acompanhamento do otorrino e eles dizem que estou a recuperar muito bem. Só apenas um contratempo... Os pontos, que iriam sair naturalmente, precisaram de ser arrancados. Estavam a infeccionar, e antes que piorassem o doutor achou por bem removê-los na consulta de ontem. Eu não estava preparada para sofrer tanto numa consulta de acompanhamento confesso e vim de lá toda moída. Mas hoje já acordei melhor, e com ainda mais mobilidade facial, já que os pontos estavam a repuxar demasiado.
Quanto ao concerto, a médica diz que posso ir à vontade, que estou a recuperar tão bem que posso ir sem me preocupar. E diz que dentro de uma semana - ou assim que deixar de sentir qualquer dor ou desconforto - que posso regressar ao ginásio.
O que aponto de negativo na cirurgia, neste momento, são os efeitos da anestesia. Ontem deveria de ter falado sobre isto mas esqueci-me, mas como tenho nova consulta em Fevereiro, se não melhorar depois eu falo sobre isto: O meu cabelo está a cair em dobro ou em triplo - e ele que já caía pouco... - e a minha pele da cara está toda a descamar, por mais creme que ponha, parece que ele não hidrata de forma alguma, e até já usei cremes da minha mãe que são mais fortes e mais regenerativos.
Tirando tudo isso, confesso que estou mais animada com a cirurgia. Eu que assim que me olhei ao espelho me arrependi amargamente de me ter submetido a tal, hoje estou mais consciente de que não é possível sair ilesa de uma cirurgia, que as coisas demoram o seu tempo e que e preciso saber esperar. O facto de olhar para o espelho e perceber que aos poucos volto a ser eu, faz com que me tranquilize finalmente, e respirar bem tem compensado todos os pontos negativos. A verdade é que sonhei com esta cirurgia anos... Cerca de uns 10 anos. Desde há 10 anos que utilizava inaladores com cortisona para poder dormir. Desde há 10 anos que o meu olfato tem vindo a deteriorar-se. Desde há 10 anos que as minhas noites foram piorando e piorando... Desde há 10 anos que eu procurava uma cura que os medicamentos não traziam. Por isso sim, parece-me que correu tudo muito bem.
Sei que há muita gente que me lê que precisa de se submeter a esta cirurgia - ou outra semelhante, que cada caso é um caso - e que tem medo porque a recuperação é chata... Posso apenas dizer-vos que sim, que é muito chata, e se a minha foi uma operação simples - basicamente foi ressecar mucosas, reduzir os cornetos, reduzir as narinas e corrigir o desvio do septo - e já foi chata, imagino aquelas em que é preciso partir o nariz, e quase refazer o dito... Mas digo-vos que vale a pena. São alguns dias de sacrilégio? São. Dói ao contrário do que vos possam dizer? Dói! Passamos dias e noites que só nos apetece chorar? Passamos! Mas bolas, o que são sete dias, quinze dias e até um mês, quando comparamos com todo o resto da nossa vida? Submeti-me a esta cirurgia para ganhar qualidade de vida. Não foi por uma questão estética - aliás o meu nariz era bem mais bonito antes... - nem por um capricho, foi mesmo para ganhar qualidade de vida.
O Hospital Pedro Hispano, onde fui operada, não tem grande espaço, então em vez de ficar na ala de otorrino - que até tem quartos individuais - fui para a ala de urologia e partilhei o meu quarto com mais duas pessoas. Uma totalmente acamada em estado vegetal, que até metia dó, e uma senhora que tinha um problema num olho. Era vizinhança simpática mas muito barulhenta. A senhora acamada ressonava de noite e de dia, e a senhora que tinha o problema no olho, também deveria de ser um pouco surda porque via televisão com o som demasiado alto e tinha visitas desde a hora que se levantava até à hora de deitar. E o telemóvel? Nem sabia que era possível um telemóvel tocar tão alto! Sempre que ele tocava parecia a 3ª Guerra Mundial, e eu ficava com vontade de a matar. Por isso, eu que só queria estar sossegada - aliás era a única em pós-operatório, acho que merecia algum descanso -, tive com barulho o tempo todo. Enquanto tive o efeito da anestesia ainda consegui descansar minimamente, depois foi simplesmente uma tarefa impossível. Ansiedade nos píncaros!
Entretanto a anestesia foi passando e eu fui acordando...
Quando acordei, percebi de imediato que a recuperação ia ser mais difícil do que previ. Sempre me disseram que era difícil, mas confesso que não estava preparada para o quão difícil. Disseram-me que sentiria apenas desconforto, que dores não teria muitas, mas dores tive sempre muitas e os analgésicos não aliviavam. Aliás cheguei a ter de implorar às enfermeiras por mais drogas, porque as que me davam não faziam efeito e poucas horas depois eu ficava num estado lastimável. O que ainda me aliviava as dores era o gelo. Mas nem esse era fácil de conseguir, acho que teria conseguido mais depressa morfina do que gelo. Sabemos que estamos num país em crise quando deixam acabar gelo num hospital: "deixaram acabar o gelo... vamos ter de pedir para fazer mais, ainda vai demorar..." E não mentiram. Demorou. Demorou quase 2 horas a darem-me gelo. E quando me trouxeram, lá me trouxeram duas ou três pedrinhas, mas já foi melhor que nada e eu estava com tantas dores, que apesar de me terem dito "fique uns 15 minutos com o gelo" eu fiz gelo para aí durante 1 hora que a auxiliar até brincava comigo: "Nem vai precisar de ir ao ginásio, de tão tonificada que vai ficar nesses braços!" A malta de uma forma geral foi muito simpática comigo, tive muita sorte com a equipa de auxiliares e enfermeiras que me calhou, do mal o menos.
Quando despertei totalmente comecei uma luta interna. E não foi só com a vontade de espirrar. Eu não me podia levantar, isso já me tinham dito. Mas estava desde as 7h da manhã sem ir à casa-de-banho... E já eram umas 15h... e eu já tinha alguns litros de soro em mim... Tem de ser. Decido chamar alguém, basicamente tive que escolher entre a humilhação de fazer xixi nas calças e na cama, ou de pedir ajuda para tal. Chega lá um moço, auxiliar - estagiário pareceu-me - e lá lhe expliquei o que precisava. Senti que o moço ficou mais assustado que eu. Tranquilizou-me tanto isso - #sóquenão - mas lá foi buscar ajuda e veio de imediato uma auxiliar que me resolveu de imediato a situação sem me deixar demasiado nervosa, agiu com a naturalidade expectável, e deixou-me super confortável. Mas digo-vos que depender de terceiros para uma necessidade tão básica é horrível. Mas adiante, jurei para mim própria que iria aguentar-me até conseguir levantar-me e ir pelo meu próprio pé. E assim foi. Ir à casa de banho era sempre um assunto muito tabu "ai não se levante, que ainda não sei se pode! Espere que eu já vou chamar alguém!"; "Foi à casa de banho sozinha? E se se tivesse sentido mal? Para a próxima tem de chamar alguém..." Até que comecei a optar por fazer a coisa quase em segredo, como se tivesse ido roubar a farmácia do hospital, pé ante pé, rapidinho. Estar no hospital é uma aventura.
Quanto às refeições... Não falemos sobre isso! Eu sei que a comida nos hospitais não é boa, mas não era preciso ser tão má, é que vocês sabem, eu não sou esquisita, aqui com a Mula marcha tudo - é esse basicamente um dos meus grandes problemas - mas as duas sopas dos dois dias eu não consegui comer. A segunda era só estranha, mas a primeira posso assegurar-vos que sabia a ferrugem, ao ponto de eu achar que estava com sangue na boca... Mas não estava! Passei tanta fome, mas tanta fome, que dou graças à francesinha que almocei na véspera e que deve ter ajudado a alimentar este meu corpo guloso durante umas boas horas e só por isso não desmaiei de fraqueza.
Confesso que com as horas a passar que comecei a acreditar que se tinham esquecido de mim. Disseram que a médica viria de manhã para me dar alta mas só recebi a alta ao final do dia. Comecei a achar que teria de ali passar mais uma noite... E confesso que comecei a panicar. Felizmente não. No final do dia, lá me foram buscar para ir à médica destamponar e receber as recomendações para me mandarem embora.
A operação pelo que percebi correu melhor do que o esperado, porque me disseram que teria uns tubos no nariz, e que depois viria com a tala para casa, mas só me tamponaram e vim para casa com o nariz já totalmente aberto sem tala, e com apenas um pontinho em cada lado no nariz, mas internamente que saem com o tempo. Disseram-me também que iria ficar congestionada como se estivesse com gripe e isso felizmente também não aconteceu. Assim que me libertaram o nariz tive uma noite tranquila e a respirar melhor que nunca.
Estava a sentir-me bastante alegre e satisfeita com o resultado, já que respirava como nunca, até ter olhado para o espelho a primeira vez...
Ansiedade aos píncaros assim que me olhei ao espelho... Fiquei totalmente sem expressão, parece que me submeti a uma operação estética e que fui toda esticada... E aí o pânico, a ansiedade, a vontade enorme de chorar... Comecei a achar que teria de fazer uma outra operação para pôr a minha cara como estava, e que teria de passar por tudo isto novamente... E disseram-me que não, que estou assim apenas por estar inchada. E pronto, agora tenho de esperar que a cara desinche para ter a certeza que não vou virar a noiva feia do Spock, porque sinceramente, para já, é assim que me sinto... E começa a bater um arrependimento de me ter submetido a isto...
Em breve conto-vos como está a ser a recuperação... Fiquem desse lado.
Fui internada na segunda-feira logo de manhã. Às 7h30 já estava a fazer check in lá no hotel. Aliás, às 7h30 não, porque apesar de dizerem que o internamento era às 7h30, essa é também a hora de abertura do hospital, por isso cheguei atrasada, e ainda tive que discutir com o segurança que me estava a impedir de subir dizendo "não tenho nada a ver com isso! Tem de esperar!". Quanta sensibilidade. Quem é que tem a ver isso? Eu, que fui informada da hora? A malta da secretaria que definiu a hora? Ou o segurança que é só um energúmeno a trabalhar num hospital? Lá consegui entrar. E fiquei à espera na receção para entrar juntamente com um montão de gente que ia submeter-se à mesma operação.
Quem me conhece e me lê há algum tempo, sabe o quanto eu adoro ter pessoas que não conheço de lado algum a falar para mim - #sóquenão - , por isso imaginam o tamanho da minha alegria quando uma senhora com uma excitação que mais parecia que ia de visita à Disneylandia, veio de imediato ter comigo meter conversa dizendo que íamos ser operadas juntas e que a primeira a acordar acordaria a outra. Começou logo a dizer o meu nome a toda a gente, que, a sério, parecia que tínhamos ganho uma viagem e não uma cama no bloco. Imaginei logo a visão do inferno: toda ligada, cheia de dores e uma senhora com o dobro da minha idade mas com o triplo da minha energia a fazer conversa para me animar quando eu só desejaria dormir e desaparecer deste mundo. Sou muito dramática nas recuperações confesso. Acho que tive mais medo da senhora do que da operação em si. E não estou a brincar! Felizmente, e posso já adiantar-vos, nunca mais a vi.
Fui logo a primeira a ser chamada para o quarto e a ser preparada para ir para o bloco e por isso disseram-me que me tinha de despachar, porque já estávamos atrasadas. Vesti aquela roupa fantástica e altamente moderna - já criavam um modelito mais aconchegante e menos humilhante não? - e 'bora lá colocar o cateter. Já fui operada duas vezes, mas já não me lembrava do quão horrível era colocar o dito. E pior do que colocar um cateter... É colocar dois! Porquê dois? Pelos vistos os capilares das minhas veias da mão direita são demasiado finos... O soro não passava. 'Bora lá aplicar o cateter na segunda mão. Já vos disse que estávamos com pressa certo? Pois... Fantástico...! Nada doloroso... Nada!
Cateter aplicado... Lá vou eu na maca para o bloco. Um frio do caraças... Chego ao bloco:" Esta é a paciente da ginecologia?"
Alto lá. Para tudo. Até me levantei! "Otorrino! A minha operação é ao nariz!". Pediram desculpa e lá me esclareceram que estavam à espera de uma paciente que ainda não tinha aparecido, e que era da ginecologia. Comecei a antever chegar do recobro com um penso na barriga em vez de no nariz, confesso. Eu, que já estava pouco nervosa!
Eis que encontro a primeira pessoa altamente preocupada comigo e me põe uma manta aquecida em cima de mim. Que momento fantástico, que levarei para sempre no coração. Senti que podia dormir uma sestinha naquele momento até porque a coisa ainda podia demorar porque o meu cirurgião ainda não tinha chegado. Comecei por fechar um pouquinho os olhos... Mas eis que as pessoas foram chegando, e cada pessoa que chegava me fazia as mesmas perguntas: nome, data de nascimento, o que estava ali a fazer e eventuais alergias a medicamentos. Se vos disser que passaram por ali umas 20 pessoas diferentes não estou a exagerar. Tantas vezes respondi às mesmas perguntas que comecei a duvidar da minha identidade... De quem eu era, do que estava ali a fazer e quase senti uma certa vontade de bem, obrigada por tudo mas eu vou andando... Mas entretanto o cirurgião chegou. Pergunta-me se estou bem disposta - como se fosse possível estar bem disposta à porta de um bloco operatório, com umas cuecas descartáveis e uma bata azul onde se viam as minhas mamocas todas sem dificuldade - respondi que sim - dizer que não implicaria uma conversa que eu não iria querer - e lá fui levada para o bloco.
Já tinha visto nos filmes aquelas máscaras que nos adormecem, mas quando fui operada anteriormente não tinha sido assim. Colocaram-me a máscara, disseram-me para respirar fundo e quando estava quase, quase a perguntar onde é que poderia arranjar aquilo lá para casa... Adormeci!
Acordei umas horas mais tarde graças a uma máquina que me registava as tensões de 15 em 15 minutos e que sempre que estava quase quase a adormecer me acordava. Ainda não tinha percebido muito bem o que me tinha acontecido, mas senti-me violentada por um elefante com excesso de peso... Falaram para mim para ver como estava, e eu que poderia ter mil e uma perguntas, a única que me ocorreu foi: "posso pôr vaselina nos lábios quando for para cima?" e não vos minto, foi a primeira coisa que pedi à minha mãe assim que fui para o quarto, não imaginam a miséria dos meus lábios.
E pronto, é isto, sabem que falar de coisas sérias com a seriedade que os assuntos implicam, não é comigo. Por isso se querem saber como correu o pós-operatório fiquem desse lado, tentarei contar o pós-operatório com a mesma descontração, apesar de neste momento só ter vontade de chorar quando me lembro.