É incrível como tudo é tão relativo e como uma determinada situação influencia tanto - ou pode influenciar - a nossa opinião. Depende sempre muito das circunstâncias.
Quem me segue há mais tempo sabe que sou fã acérrima de Zumba e como tal já passei por tantos e tão diferentes instrutores, com características tão distintas e energias mais distintas ainda.
Na quarta-feira fui a uma aula de Zumba às nove da noite lá no ginásio, com uma professora que não conhecia. Numa situação normal não teria gostado. Uma energia demasiado desajustada para a turma, e a própria energia descoordenada em si. O corpo da moçoila parecia não se querer mover - o que até entendo, porque a moçoila veio de propósito ao ginásio às nove da noite para dar a aula, e eu no lugar dela estaria com uma energia ainda mais degradante - mas berrava como se fosse uma animação. Gosto de mais coerência, ainda que não gosto da demonstração de aborrecimento.
Não gosto... Quando não saio de uma aula de body pump direta para uma aula de Zumba. Confesso que ontem era exatamente aquilo que eu precisava: uma aula que me permitisse ser pouco enérgica e onde não precisasse de demonstrar grande motivação, já que as as minhas pernas ainda bambaleavam e os meus braços não levantavam mais do que a altura do peito...
Realmente nem sempre temos o que queremos - já que eu gosto tanto de uma aula de zumba enérgica, animada, onde me permita dar gargalhadas e sair de lá de corpo morto mas de alma cheia - mas é bom quando temos aquilo precisamos - uma aula meia zombie que nos satisfaz pela metade mas que não nos enterra ali no chão frio e suado do edifício e faz-nos na mesma sair da sala com a sensação de dever cumprido. Acho que se fosse com a instrutora de terça-feira - que adoro, e é a personificação da energia inesgotável - que teria inventado uma desculpa qualquer para não zumbar.
A Mula foi a uma aula de AquaZumba. Sim, leram bem. A vossa Mula preguiçosa aspirante a maratonista de sofá foi a uma aula de AquaZumba... No Gerês. Se já era fantástico a Mula sair de casa para praticar um desporto que não seja comer, é ainda mais maravilhoso a Mula ter acordado super cedo para se enfiar num autocarro cheio de gente animada - quem me conhece sabe que não sou muito animada de manhã... - rumo a norte para... Zumbar... na água! E não só, também zumbei fora de água, mas adiante, que Zumba normal todos nós já ouvimos falar e provavelmente muitas de vocês já se atreveram a experimentar. Eu adoro, acho que já vos tinha dito algures, mas na água foi a primeira vez e só vos posso dizer que é... Difícil!
Só para vos sintonizar:
Os passos são simples, bastante mais simples que os da Zumba normal, mas tudo acontece a uma velocidade... incrivelmente lenta. Na nossa cabeça está tudo a acontecer em velocidade normal, mas quando percebemos que a instrutora já está no passo seguinte e nós ainda estamos a terminar o anterior, percebemos que temos de fazer o dobro ou o triplo da força para a coisa fluir de forma mais sincronizada.
Acima de tudo é uma aula super divertida, e apesar de ter achado mais exigente fisicamente do que uma aula de Zumba normal, considerei ainda mais divertida, talvez pela dessincronização tosca que todas tivemos - sim, porque se a Mula já é pouco sincronizada com os dois pés bem assentes no chão, imaginem praticamente submersa. Mas adorei! Até porque quem me conhece sabe: Eu adoro água, adoro nadar, por isso diverti-me mesmo muito. No dia seguinte não vos nego: Parecia que tinha sido atropelada por um camião cisterna... Mas tudo vale a pena se a alma não é pequena.
E só para não dizerem que ah e tal Mula, sonhaste, não foste nada, que eu não te vi...
Eis a prova:
(retirada do Instagram da Mula, que a Mula já não sabe da original)
Só para que não hajam dúvidas sou aquela pessoa ali ao fundo sentada na explanada! Mentira, que o meu super sexy sutiã de desporto, quando toda a gente estava de biquíni, não me trai e não me deixa mentir.
E vocês, contem-me tudo: Quem é que já fez e quem é que gostava de fazer?