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Desabafos da Mula

Desabafos do quotidiano, por vezes irritados, por vezes enfadonhos, mas sempre desabafos.

Desabafos da Mula

Uma espécie de Review de alguém que não percebe nada disto: Passageiros

Já estava com saudades de ir ao cinema. Com o problema do Mulo era complicado ir ao cinema por existir tantas escadas para subir e não gostamos de ficar tão à frente. Ficamos uma vez numa ante-estreia nas primeiras filas - por não existirem mais lugares vagos -, e digo-vos, lá bem à frente ou se vê o filme e não se lê as legendas, ou se lê as legendas e não se vê o filme, não há espaço nos olhos para ver os dois em simultâneo. Mas como me ensinaram: Não se pode ter tudo!

 

Desta vez fomos ver os Passageiros que curiosamente é um filme que numa situação normal não despertaria a minha atenção, mas como sou fã da Jennifer Lawrence acabei por ficar curiosa e lá fui.

 

 

Passageiros é um filme de ficção científica que como alguns de vocês sabem, não sou fã, mas talvez por ter suspense e amor à mistura gostei bastante e convenceu-me, apesar de ter algumas situações exageradas que suponho que se tivessem realmente acontecido não seria possível, mas isso já são outros quinhentos, e filme é filme.

 

A terra está sobrelotada e é necessário começar a explorar novos planetas e povoar esses mesmos planetas de forma a poder permitir às pessoas um novo recomeço num mundo melhor. Jim é um desses passageiros que se encontra numa câmara de sono, numa viagem de 120 anos com destino ao planeta Homestead II. Tudo corria bem, e a nave encontrava-se em piloto automático estando apenas programada para que a tripulação e passageiros acordassem 4 meses antes de chegarem ao seu destino, no entanto, há um problema na nave e a cápsula de Jim deixa de funcionar e este acorda antes de tempo, 90 anos antes de chegar ao destino. Jim tenta desesperadamente voltar a dormir, caso contrário morrerá na nave antes de conseguir chegar a Homestead II, mas sem sucesso. Após um ano sozinho, desesperado, decide acordar uma outra passageira por quem se tinha apaixonado alguns meses antes: a escritora Aurora. Estes dois apaixonam-se e vivem um tórrido romance enquanto tentam salvar as suas vidas e a da nave, que começa a dar sinais de que algo não está bem, mas a descoberta de que o acordar de Aurora não foi acidental vai mudar o rumo da vida de Jim e Aurora. Será que conseguem sobreviver? Vejam o filme!

 

Este filme não é um simples filme de ficção científica, ou uma simples história de amor. Neste filme são abordadas questões que podemos transcrever para a nossa vida real. São abordadas diversas temáticas que nos colocam a pensar, e já sabem que eu gosto de ser posta a pensar. Ora se não vejamos, é retratado o egoísmo humano e o peso das decisões. É retratado o chamado sacrifício humano em prol de uma comunidade, na medida em que 5000 vidas valem mais do que uma vida, devido ao número e não à sua importância ou relevância. São tratadas questões de confiança, de respeito, da importância de sermos claros e sinceros com os demais. Mostra ainda a capacidade que o ser humano tem de adaptação e a força enorme que podemos ter no nosso interior mesmo quando não o sabemos. Mostra acima de tudo o peso que o amor tem na nossa vida e do que ele é capaz de movimentar.

 

Relativamente ao filme em si, é um filme que prende desde o início. Não tem um início muito lento, é uma história clara, contrariamente a outros filmes de ficção científica que se podem revelar mais confusos. É um filme com bastante ação desde o início até ao fim, pelo que não é em momento algum aborrecido. Tem um fim um tanto previsível, ainda que por momentos pensei que não o iria ser, no entanto, passa uma mensagem de esperança, de amor, de coragem.

 

Não é o típico filme de ficção científica com homens com orelhas pontiagudas e roupas esquisitas, é um bom filme, se tiverem oportunidade não o percam, é um daqueles filmes que pela imensidão da imagem merece ser visto no cinema. Vale muito a pena! Adorei!

 

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