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Desabafos da Mula

Desabafos do quotidiano, por vezes irritados, por vezes enfadonhos, mas sempre desabafos.

Desabafos da Mula

Uma espécie de Review de alguém que não percebe nada disto: Manchester by the Sea

E finalmente vi este tão falado dramalhão. Obrigada Popcorn por me facilitares a vida. O Jackie também já está na mira, durante a próxima semana devo vê-lo, que também estou bastante curiosa.

 

Realmente este ano os candidatos aos Óscars têm histórias bastante pesadas. Depois de Moonlight, Vedações, chegou a vez de Manchester by the Sea e confesso que foi o único dos três que me fez chorar, ainda que não nego, o meu favorito continua a ser o Moonlight e fico feliz por ter sido este o vencedor de melhor filme.

 

Relativamente ao Manchester by the Sea, confesso, as expectativas estavam elevadas, e o filme foi totalmente diferente do que estava à espera e surpreendeu-me bastante, este é, no fundo, uma história dentro de uma história e talvez tenha sido isso que mais me surpreendeu e que me fez gostar deste filme.

 

 

Este filme conta a história de Lee, que após a morte do seu irmão Joe, se vê como guardião e tutor legal do seu sobrinho Patrick, sem estar à espera. Este acontecimento muda totalmente a vida de Lee, que o obriga a regressar à sua terra natal - Manchester - obrigando-o a recordar mais do que desejava. À medida que são retratadas as dificuldades de Lee a educar o adolescente Patrick, vamos tendo conhecimento da vida passada de Lee e das motivações que o levaram a afastar-se da cidade. Lee não quer ficar em Manchester, não consegue ficar em Manchester, mas Patrick não quer ir para Boston com o seu tio. Será que vão chegar a um acordo? Que será de Lee e de Patrick? Vejam o filme, vale muito a pena.

 

Este é um filme acima de tudo que retrata os lutos, e as diferentes formas de se reagir a um luto. É um filme que também foca que há feridas que por mais que o tempo passe que nunca curam, porque são impossíveis de curar porque há acontecimentos que mudam totalmente a vida das pessoas de uma forma irremediável.

 

Este é daqueles filmes que por mais parados que seja - que é, é muuuito parado, ainda que não aborrecido - que é impossível ficarmos indiferentes, é impossível não nos comovermos, porque é um filme que trata tantas questões que nos tocam de alguma forma.

 

Não diria que é um filme complicado de ver, mas exige alguma atenção, uma vez que há constantes flashbacks sem aviso prévio que podem dificultar a compreensão, mas com atenção percebe-se bem quando é atual e quando é pensamento.

 

Não gostei do fim. Que é feito dos finais felizes, hein? Está certo, também não é um final triste ou infeliz, mas... imaginava algo diferente, algo que quebrasse o ciclo de sofrimento e a verdade é que isso não aconteceu.

 

Gostei bastante da personagem de Lee, e o Casey Affleck esteve realmente muito bem mas... Acho que a personagem não exigiu muita interpretação, uma vez que a apatia é dos estados que mais caracterizam Lee e por isso continuo a achar que o Denzel Washington merecia o Óscar de melhor ator pelo seu papel em Vedações, por considerar um papel com outro grau de emoção, com outro grau de exigência, mas isto já se sabe, isto sou eu que não percebe nada disto.

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